O que é que tem embaixo dos caracóis da sua terra, Alagoas?
   8 de junho de 2013   │     13:43  │  7

Em 1982, a finada Companhia de Desenvolvimento de Alagoas, mais conhecida como Codeal, realizou pesquisas geológicas no Agreste e Sertão.

Em 1995 “mataram” a Codeal por asfixia, e a pesquisa que  ela realizou foi parar na Companhia Vale do Rio Doce – que veio no rastro e cheiro comprovar os achados.

E comprovou.

A Vale do Rio Doce criou uma subsidiária, que se chama Vale Verde, e vai explorar o que a finada Codeal descobriu e o governo alagoano não deu valor.

Tem sido assim. Fazer o quê se essa parece ser a sina de Alagoas?!

A pesquisa da finada Codeal que foi parar na Vale do Rio Doce registrou 344 ocorrências minerais no sub-solo do Agreste e Sertão alagoano, entre minerais metálicos e não metálicos

Na região que compreende Arapiraca, Craíbas e Igaci, mais precisamente nas Serra do Minador, Serra do Paraguaçu e Serra das Lajes, e nas localidades de Quixabeira do Mel, estão as maiores e melhores reservas minerais de Alagoas.

É ferro, cobre, alumínio, vanádio e ouro – esse último mineral, associado ao ferro.

Expandindo as descobertas da finada Codeal, a Vale do Rio Doce descobriu que está no agreste alagoano a reserva de ferro com o segundo maior teor de pureza do país.

Para se ter ideia, a jazida de ferro com o maior teor de pureza fica em Belo Vale, em Minas Gerais, com 67,71% de ferro puro; e o teor de pureza da jazida alagoana é 67,45%, mas a Vale alegada que a jazida é pequena, algo em torno de 300 mil toneladas.

Em Minas Gerais passa dos 2,5 milhões!

Ah, mas que falta faz a finada Codeal. Tinha lá bons e dedicados técnicos. Se a Codeal não tivesse sido covardemente “assassinada” em 1995, esses técnicos poderiam no mínimo estar acompanhando a “operação tatu” – que se desenvolve no Agreste alagoano de forma unilateral, ou seja, sem que o Estado saiba ao certo o que tem embaixo dos caracóis das suas terras.

E como na terra de cego não tem luz, fica assim mesmo tudo às escuras em Alagoas.

Eles levam o gás natural nosso de todo dia para Sergipe, Pernambuco e Bahia, o que é mais difícil, quanto mais minério disfarçado em rocha.

COMENTÁRIOS
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  1. Mineração Vale Verde

    Fazendo referência ao artigo “O que é que tem embaixo dos caracóis da sua terra, Alagoas”, de autoria de Roberto Villanova, publicado em 8/6/2013 no gazetaweb.com, a Mineração Vale Verde Ltda. informa que não tem ou teve a Vale S.A. (antiga Companhia Vale do Rio Doce S.A.) como quotista ou investidora, direta ou indireta. Esclarece, ainda, que todos os direitos minerários de sua titularidade no estado de Alagoas foram adquiridos em estrita conformidade com a legislação mineral e ambiental, tendo sido investidos valores significativos, ao longo dos últimos seis anos, em pesquisas geológicas em diversos municípios do estado de Alagoas, permitindo considerável aumento no conhecimento dos recursos minerais na região, e viabilizando o desenvolvimento do Projeto da Laje, nos municípios de Craíbas e Arapiraca, com a potencial criação de centenas de empregos diretos e outros tantos indiretos.

  2. Sylvio De Bonis Almeida Simões

    Êta Alagoas! E ainda encontramos defensores perpétuos das barbaridades que aqui vemos acontecer dia após dia. Você tem razão ao dizer sobre “terra de cego…”.

  3. Marcelo Amorim

    Você está equivocado companheiro e acredito que lhe faltou se informar mais. A Mineração Vale Verde é subsidiária da canadense Aura Minerals e todo o processo de aprovação, instalação é de conhecimento do governo, da comunidade local através de estudantes de universidades, grupos da sociedade civil como o Fórum de Desenvolvimento Sustentável (FDLIS) de Arapiraca, entre outros. Desta vez você foi infeliz em seu post.

  4. Francisco

    Antes de escrever, procure estudar a realidade. A Vale Verde não é subsidiária da Vale do Rio Doce. É de um grupo Canadense que exerce atividade de mineração no Brasil. Viva o jornalismo “sério” deste Estado!!!

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