O PT alagoano está para o PT nacional assim como a pulga está para o elefante.
O ex-presidente Lula já deixou o partido de lado e a presidente Dilma parece desconfiar que o partido existe mesmo de fato.
Contem os cargos federais que o PT ocupa em Alagoas e conclua por alusão matemática que é proporcional ao prestígio que o partido alagoano tem em Brasília.
Os petistas já chegaram à Prefeitura de Fortaleza e Recife; já chegaram ao governo do Piauí, de Sergipe e da Bahia, mas em Alagoas essa possibilidade é igual se a pulga derrotar o elefante no ringue.
E é essa incapacidade de disputar uma eleição majoritária que faz o PT alagoanos ser discriminado.
E parece que se dissipou a dúvida: o PT alagoano não tem quadro para disputar uma eleição majoritária porque não tem o apoio federal, ou o PT não tem o apoio federal porque não tem quadro para disputar uma eleição majoritária?
Com a aproximação da eleição de 2014, quando o partido luta para manter o mínimo que conquistou, os petistas começam a se ouriçar. Afinal, eles não estão sendo convidados para o banquete dos signos.
As decisões estão com os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor, e as estrelas maiores vêm pela ordem: o ex-governador Ronaldo Lessa e o ex-prefeito Cícero Almeida.
O que tem chegado ao PT são as decisões; o partido não tem sido chamado para discutir absolutamente nada.
Sentindo-se igual ao cachorro na mudança do dono, os dirigentes petistas começam a espernear e ameaçam romper com o PMDB.
Mas pode ser apenas bravata; sem uma aliança com o PMDB vai ficar muito difícil de o PT manter as vagas na Assembleia Legislativa e, pior ainda, eleger finalmente o Paulão, assim, de primeira, para a Câmara Federal.
O PT alagoano se debate para não ser reboque, mas não tem cacife para puxar o carro.