Nordestino é analfabeto e vive de migalhas, por isso vota no Lula?
   6 de outubro de 2022   │     19:38  │  31

Qual a diferença entre a fala do Bolsonaro, associando os nordestinos ao analfabetismo e, por isso, votam no Lula; e da sua apoiadora, a advogada Flávia Moraes, vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, secção de Uberlândia-MG, dizendo que os nordestinos vivem de migalhas?

Nenhuma.

É isso mesmo o que eles pensam sobre os nordestinos e os seus posicionamentos xenófobos encontram eco na esmagadora maioria dos eleitores de Bolsonaro. Aliás, o que os unem é exatamente essa defesa da “supremacia branca e regional”, que divide os brasileiros pela cor e a origem geográfica.

Qual a surpresa sobre esses conceitos nazifascistas? Nenhuma, porque eles sempre existiram – quem nunca ouviu alguém se referir ao “presto de alma branca”? -, ou aos “cabeças chatas e pau-de-arara”, para definirem a procedência nordestina?

E não venham com arrependimentos falsos e pedidos de desculpas, porque só o nordestino covarde e sabujo pode aceitar, pois é preciso entender e diferençar que nem todo nordestino é covarde e sabujo. Há sim os nordestinos que têm vergonha e, além de vergonha, têm o nobre sentimento da gratidão pelos que de fato ajudaram não só a região, mas a eles próprios evoluírem.

O analfabetismo do qual Bolsonaro tratou, para rotular o nordestino, é uma manifestação falsa porque está no Ceará a melhor educação fundamental do país – e o governo sabe disso, mas omite.

Também omite quando trata da transposição das águas do rio São Francisco para irrigar o semiárido nordestino, porque o governo Bolsonaro fez menos do que o governo Temer, que teve apenas dois anos de mandato. Para combater as mentiras que o Bolsonaro alardeia sobre a obra, deve-se dizer que no governo Temer a transposição avançou 20% e no governo Bolsonaro, apenas 5%, enquanto nos governos Lula e Dilma foram concluídos 65%da obra.

Isso é fato. Mas, infelizmente tem nordestino sem caráter que acredita em fake news e adora ser humilhado, ora como analfabeto, ora como alguém que vive de migalhas.

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Ministra manda investigar Bolsonaro, no caso de corrupção no MEC
   5 de outubro de 2022   │     13:28  │  16

Em resposta à manifestação do juiz federal Renato Borelli, de Brasília, a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, determinou à Polícia Federal que investigue o presidente Bolsonaro, no caso da corrupção no Ministério da Educação.

A corrupção no MEC, de acordo com as denúncias feitas por empresários e prefeitos que teriam sido extorquidos e pressionados a pagarem propinas em dinheiro e barra de ouro, envolve o ex-ministro e pastor Milton Ribeiro, e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que foram recebidos várias vezes por Bolsonaro, e agora esses encontros foram colocados sob sigilo de 100 anos.

Os pastores Arilton e Gilmar tinham sala reservada no MEC, o que é ilegal, e participavam de reunião do ministro com prefeitos e empresários, o que também é ilegal. Nessas reuniões, eles negociavam o pagamento de propinas, sob alegação de que o dinheiro serviria para reformar igrejas e imprimir Bíblias.

No despacho encaminhado à Polícia Federal, a ministra escreveu:

-“Evidencia-se, nos autos, que somente após a demonstração de fatos novos, consistentes na conversa do dia 22 de junho de 2022, que confirma a conversa do dia 9 de junho de 2022, pode-se concluir pela possibilidade real e concreta de eventual participação do presidente da República em atos relacionados ao que se apura neste inquérito“.

Procurado pela imprensa, o Palácio do Planalto e a Advocacia Geral da União não se manifestaram, pelo menos até esta terça-feira, 4.

No inquérito que está com a PF, tem as mensagens trocadas por Bolsonaro com o ex-ministro Milton Ribeiro, quando o presidente alerta Ribeiro sobre o “pressentimento” de que ele ( Ribeiro ) será alvo de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal.

Depois do escândalo de corrupção ter sido descoberto, Ribeiro foi demitido e, na última vez que foi visto em Brasília, ele protagonizou a cena inusitada, quando disparou a pistola e por pouco não atingiu a funcionária encarregada do check in no aeroporto. Os pastores Arilton e Gilmar também desapareceram depois

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Bolsonaro manda pastores cooptarem votos “dos paraíbas”
   4 de outubro de 2022   │     20:01  │  15

Logo na segunda-feira, 3, e com os mapas de votos sobre a mesa, Bolsonaro se reuniu com os pastores Magno Malta e a pastora Damares Alves, eleitos senadores, e os pastores Otoniel de Paula e Marco Feliciano, eleitos deputados, pedindo para que eles façam uma peregrinação pelo Nordeste tentando conquistar os votos dos nordestinos.

Ou, como o presidente costuma se referir aos naturais da região Nordeste, conquistar os votos dos “paraíbas.”

Com exceção de Alagoas, onde a diferença para o Lula foi de 57 mil votos, nos demais estados nordestinos o petista derrotou Bolsonaro com uma diferença de votos que chegou a variar, em números arredondados, entre 70 mil – caso do Piauí -, e 60 mil votos.

Bolsonaro fez as contas e, mesmo com o apoio já declarado dos governadores de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro, se a diferença de votos no Nordeste se mantiver no segundo turno, ele não conseguirá derrotar o Lula.

O Tribunal Superior Eleitoral divulgou os números oficiais da eleição presidencial e a diferença de votos do Lula para o Bolsonaro foi de 6 milhões 187 mil e 156 votos. Lula obteve 57 milhões 259 mil e 504 votos, e Bolsonaro somou 51 milhões 72 mil e 348 votos.

Interessante é que os pastores, que se locupletam da religião para fazerem carreira política, com a missão profana recebida do Bolsonaro vão transformar as igrejas em comitês eleitorais.

São os vendilhões dos templos modernos, que enriquecem alguns e elegem outros, em nome de um Jesus que eles sempre traem e manipulam em favor dos seus interesses pecaminosos.

 

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O crescimento da direita no Brasil reflete a tendência mundial
   3 de outubro de 2022   │     20:04  │  26

Basta ver o movimento ocorrido na Alemanha e na Itália, com o recrudescimento do nazismo e do fascismo, ainda que disfarçados, para se concluir que há numa escala mundial a guinada à direita.

Esse movimento se dá – e isso é interessante -, na contramão de tudo o que, até então, caracterizava a disputa política seja em nível nacional ou internacional.

Não há mais o embate patrocinado pela “guerra fria”, caraterizada especialmente pelas disputas entre os Estados Unidos e a então União das Repúblicas Socialistas Soviética, mas já é pública e notória a nova geopolítica que se desenha.

E nesse desenho encaixa-se naturalmente o Brasil, mundialmente reconhecido como o celeiro de alimentos para o mundo, dono de um território gigantesco e no qual cabe vários países ao mesmo tempo, e com um litoral onde emerge petróleo de onde ninguém antes imaginava ser possível prospectar.

Nesse particular, não se trata de acidente de percurso a votação obtida pelo Bolsonaro e a vitória de uma bancada de deputados e senadores na região Sul e Sudeste, e que representam essa guinada mundial rumo à direita.

O crescimento espantoso da China, com a revisão dos princípios marxistas para adequá-los ao “capitalismo social”, tem sido recebido como “ameaça”. Na China combinou-se o socialismo, para manutenção da política de estado, com o cooperativismo e o próprio capitalismo – sim, há empresários e banqueiros chineses atuando livremente no mercado e cultuando a mais valia.

O estado chinês apenas regula as atividades privadas, para impedir a exploração brutal da mão-de-obra.

É dentro desse contexto mundial que se deve analisar o que ocorre no Brasil, seja com a eleição do Bolsonaro em 2018, seja agora com a tentativa de se reeleger e, também, com essa renovação que trará para o Congresso Nacional vários neófitos da política, e todos identificados com essa nova realidade internacional.

Sim, é preciso lembrar que a votação obtida pelo Lula, e que o deixou na dianteira para a disputa no segundo turno, tem a digital do ineditismo, porque o petista nunca atingiu 48 por cento dos votos numa disputa no primeiro turno, sem estar concorrendo à reeleição.

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Voto mais caro para presidente é do Neymar, e vai custar R$ 188 milhões
   30 de setembro de 2022   │     20:31  │  20

O voto mais caro para presidente da República vai custar 188 milhões de reais, e será dado por apenas um eleitor – que já declarou o voto para o Bolsonaro, claro -, e que se chama Neymar.

Isso mesmo, Neymar, o jogador de futebol que, junto com o pai Neymar da Silva Santos, tem uma dívida de 188 milhões de reais com a Receita Federal.

Em 2019, o pai do jogador pediu audiência a Bolsonaro, que o recebeu no Palácio do Planalto, e o encaminhou para conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário-especial da Receita Federal, Marcos Cintra.

Do colóquio em “caráter reservôso” entre o pai do Neymar, o ministro da Economia e o secretário da Receita Federal, o que era 188 milhões de reais em Imposto de Renda não pago, caiu para apenas 8 milhões de reais.

Apesar da brutal redução, com desconto superior a mil por cento, pensa que o Neymar pagou?

Agora pague…

Ele recorreu e o processo está tramitando no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais sem data para ser julgado, enquanto isso o jogador permanece sem pagar o que deve.

A conclusão óbvia ululante é que o voto mais caro no Bolsonaro é o que será dado pelo Neymar, com a diferença de que somos nós que vamos pagar o calote fiscal.

Pensando bem, o Neymar não sabe apenas fazer gol; ele também sabe vender o seu voto e besta somos nós.

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