“É Jair ou já era”, diz deputado tentando levantar a moral de bolsonaristas
   14 de fevereiro de 2022   │     15:19  │  7

O clima de “já jogou a toalha” diante da derrota iminente, de acordo com as pesquisas de intenção de votos, baixou o moral da tropa bolsonarista.

Até o presidente parece contaminado pelo desânimo, porque nas suas “lives”, além das mentiras que, de ordinário, ele repete, está reeditando a “facada” ou “fakeada”, como definem os adversários baseados no documentário produzido pelo jornalista Joaquim de Carvalho.

Quem não assistiu ao documentário sugiro que assista, porque está no You Tube.

Para requentar o caso da “facada”, primeiro mandaram o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Moraes Fernandes, para os Estados Unidos e só com passagem de ida até 2024. Ou seja, o delegado só pode voltar ao Brasil em 2024.

O delegado presidiu o inquérito e, por duas vezes, concluiu que não houve mandante para o atentado em Juiz de Fora, e que o Adélio Bispo agiu por conta própria.

Mas, agora lançaram outra versão – a versão eleitoral -, com uma suposta nova confissão do Adélio acusando o PT de ser o mandante. Só três tipos de pessoas acreditam nessa “estória” divulgada no ano eleitoral: o inocente útil, o idiota e o miliciano.

Isso pode ser o “tiro no próprio pé”, principalmente se a “nova versão” não tiver repercussão na mídia tradicional, mais especificamente, na TV Globo. Exatamente por isso o Bolsonaro voltou a ameaçar a renovação da concessão da Globo, como se isso dependesse de uma decisão unilateral dele.

Bolsonaro quer que a Globo reproduza a nova versão da facada ou “fakeada”, senão, o objetivo eleitoral sucumbe; mas, ele não quer dar o braço à torcer. A questão para ele, no entanto, é saber se a nova versão para a facada tem verossimilhança ou se é espécie de versão miliciana digital para o “Plano Cohen” do século 21?

Ao reeditar o caso, para essa nova versão, o marketing bolsonarista está confirmando tudo o que os adversários já previam, ou seja, que no ano eleitoral o caso da facada, ou da “fakeada” seria retomado. Sem ter o que prestar contas de feitos governamentais, Bolsonaro não tem discurso e por isso necessita de uma escora.

Quem disse a frase “é Jair ou já era”, tentando reanimar apoiadores, foi o próprio filho do presidente. Na conversa, o deputado Eduardo Bolsonaro tentava disfarçar, mas havia na sua fala também resquícios de melancolia.

Claro, o governo está se preparando para uma guerra eleitoral, que ele mesmo causará, seja para demonstrar força e tentar ganhar no grito; seja para descarregar a frustração, no caso de derrota, e nesse momento – que Oxalá não aconteça -, é bom não sair à rua porque tem muito miliciano armado.

COMENTÁRIOS
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  1. ZE TOVAO

    Roberto, você acha que vai enganar a quem? Essa é a estratégia da mídia esquerdopatas, pelas pesquisas de 2018 onde o Bolsonaro ganhava as eleições? Existe um complô daqueles que estão em abstinência de roubar, o Lula não sai as ruas para não atrapalhar o esquema, se sair vai levar vaias e nome de ladrão, você sabe disso, até o mês de outubro vão tentar cassar os direitos políticos só Bolsonaro, se não conseguirem vão apelar só Deus sabe pra que. As forças armadas estão presente nos preparativos para as próximas eleições, já pediram algumas informações para o Ministro Barroso e ele não atendeu. Se as urnas eletrônicas são seguras e transparente, porque não atende o pedido de informações.

    Você comentou que aqui que o Tribunal penal de Haia, tinha recebido a denúncia contra o presidente, dando entender que ele poderia ser condenado, mas em seguida o Tribunal informou que o suposto inquérito foge de sua jurisdição. Ou seja, o crime de genocídio não se seresta, já que o Tribunal responsavel para julgar esse tipo de crime, não vê indícios para autuar o presidente com base no relatório produzido pela CPI do Circo.
    Roberto, esse seu mi mi mi só cola com quem é alienado e não enxerga a realidade. Veja como foi a recepção dos nordestinos agora na passagem do presidente Bolsonaro para entregar obras do canal do sertã? Agora mande o Lula fazer o mesmo trajeto.

  2. Só Observo

    As pesquisas estão aí em todas as simulações Lula, está eleito e o terno de posse está pronto. Apesar das vaias onde Lula, tem evitado sair às ruas. Mesmo Bolsonaro, sendo aclamado pelas vozes roucas das ruas e uma multidão gritando o seu nome.

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