O governo autorizou o Banco do Brasil a vender sua “carteira de crédito”, no valor de R$ 2 bilhões e 900 milhões, por apenas R$ 370 milhões.

Vamos por partes:

1)A “carteira de crédito” é composta também por devedores do banco, que não pagaram o empréstimo ou o financiamento, e precisam ser acionados na justiça. O total era de R$ 2 bilhões e 700 milhões arredondados para menos.

2)O BTG Pactual ofereceu R$ 370 milhões e o Banco do Brasil vendeu a carteira. Convém lembrar que o ministro da Economia, Paulo Guedes,é um dos fundadores do BTG Pactual, e o ministro também já sugeriu “vender essa porra”, referindo-se ao Banco do Brasil, que além de exercer o papel de “banco social”, ainda dá lucro de até R$ 16 bilhões/ano, no mínimo!

3)O BTG Pactual pagou R$ 370 milhões e deve lucrar mais de R$ 1 bilhão, renegociando a dívida com os devedores.

Não entendo agora como o Paulo Guedes pede autorização para captar dinheiro com emissão de novos títulos da dívida pública, se admitiu perder dinheiro na operação com o BTG Pactual?

Por dois trimestres seguidos, o PIB ( Produto Interno Bruto ) brasileiro registrou queda e levou o país à recessão técnica. Todas as previsões de Guedes para a economia – todas elas, sem exceção -, não se confirmaram e isso nada tem a ver com a pandemia causada pelo coronavírus, porque datam do início do governo, ou seja, datam de 2019.

De chute em chute, o ministro acredita que um dia vai acertar o alvo. Guedes, agora, quer a reforma administrativa – que não terá impacto imediato, pois se destina aos futuros servidores que vierem a ser contratados -, e quer a volta da CPMF ( Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ), mais um sinal de quem não tem projeto algum para a economia, exceto ampliar o leque de impostos a pagar.

Mas, tem gente na Câmara Federal baixando a guarda e é provável que Guedes consiga colocar o jabuti em cima da árvore numa boa.

 

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