Pilatos presidirá votação que pede a crucificação de Eduardo Cunha
   9 de setembro de 2016   │     1:19  │  5

Brasília – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, avisou que vai presidir a sessão marcada para segunda-feira 12, que pede a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha por quebra do decoro parlamentar, sem interferir na decisão de ninguém.

É o óbvio porque, na condição de presidente, ele tem a obrigação de ser isento.

Mas, é que muita gente anda dizendo que Maia trabalha a favor de Cunha, desde o momento em que aceitou marcar a sessão para uma segunda-feira.

Nas segundas-feiras o quórum na Câmara está no aeroporto, chegando dos seus estados. E num ano eleitoral, ainda que avisados com antecedência, será necessário um esforço hercúleo para juntar o quórum regimental para abrir a sessão.

Maia disse que só abrirá a sessão quando contar mais de 400 deputados presentes. Para cassar Cunha são necessários 257 votos e até agora os que querem a cassação de Cunha somam 216 votos.

Estão faltando 41 votos.

Cunha é um barril de dinamites caso decida fazer a delação premiada, ao mesmo tempo em que tem a reprovação da sociedade, e isso leva os que pensam em salvá-lo a temerem a delação dele.

Esses vivem o dilema de salvá-lo ao mesmo tempo em que refletem sobre a reação da sociedade.

Na segunda-feira a tropa que defende Cunha, entre eles a bancada evangélica com pouco mais de 100 deputados, vai propor o fatiamento do processo, igual ocorreu na votação do impeachment da presidente Dilma.

Se for aprovado, na pior das hipóteses o que pode acontecer com o Cunha é ele ser cassado, mas sem a perda dos direitos políticos, o que permitirá voltar à Câmara em 2018, conforme o que se decidiu para a Dilma.

 Mas, para essa hipótese, é necessária também a garantia do Supremo Tribunal Federal de que não votará os dois processos contra ele antes da eleição de 2018.

A semana vai começar com duas expectativas:

1)Haverá quórum para julgar o Cunha na segunda-feira?

2)Havendo quórum, os 41 deputados que faltam para se atingir o número regimental à cassação votarão contra ele?

Eis a questão. O Cunha continua confiando no Temer, e para lembrar que pode detonar todo mundo, ele ameaça fazer delação premiada caso o governo não lhe salve da cassação.

COMENTÁRIOS
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  1. TOLIVRE(EX-MOSQUITA DA MANDIOCA ALUCINADA)

    Bobinho,essa é mais uma herança que a PTralhada vai deixar impressa na alma do país,e que vai levar algumas gerações para se corrigir.Se antes,tudo podia na política,depois da maldição PTralha,isso se tornou oficial,isso foi assumido,isso virou estratégia política.Tudo pelo poder! Mentiras,assassinatos,corrupção,roubos bilionários.Tudo pode! Você tá estranhando o quê?

  2. Nelson

    Todo mundo é um barril de polvora e dinamites na otica desse velho retardado….execto a quadrilha petista, que só tem anjinhos caidos do ceu.
    Por falar em céu, senhor deus, leve desse mundo essa alma penada, desajustada, desse Véio maluco, ela está sofrendo desassossegada vagando pelo mundo acreditando num Brasil imaginario governado pela esterpe petista, ainda não se deu conta de que Lula, Dilma, são hoje apenas cadaveres politicos.

  3. Roberto Cardoso

    Quando não se tem mais assunto,fica uma coisa sem graça. Tem que procurar mortadela pra encher linguiça.

  4. LEANDRO

    Sinto um forte cheiro de pizza no ar, em relação à votação da cassação do deputado Eduardo Cunha, na próxima segunda. A definição da data (numa segunda-feira) já causou arrepios aos brasileiros de bem. A sensação de que, nos bastidores, poderosas forças se articulam para salvar o mandato do enrolado deputado, não sai da minha cabeça. Pode ser apenas uma impressão minha. Espero que sim.

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