Brasília – O protesto domingo na Avenida Paulista, contra o governo Michel Temer e em favor de nova eleição para presidente da República, colocou o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, e o Temer em lados opostos.
Meireles desmentiu o Temer, que disse ter sido o protesto insignificante, com 30 ou 40 pessoas, quando na verdade haviam mais de 70 mil pessoas – os organizadores contaram 100 mil, mas ficamos com 70 mil.
– “Número bastante substancial de pessoas” – avaliou Meireles.
Embora tenha afirmado que o número significativo de pessoas que saíram às ruas para protestar contra o governo Temer não vai influenciar nas decisões sobre os cortes de despesas para o ajuste da economia, o ministro da Fazenda tem se mostrando cauteloso.
Meireles sabe que é fundamental que o governo tenha respaldo popular e os protestos negam esse respaldo porque tiveram – e tem -, dois significados que intrigam o governo:
1) Acentuam a divisão da Nação, com uma parte substancial defendendo nova eleição presidencial porque somente assim se poderá pacificar o País.
2) Os protestos foram realizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, o que contrariou a expectativa de que o grosso dos protestos seriam no Norte e no Nordeste.
É tão complicada a situação, que o Temer chegará da viagem à China nesta terça-feira 7 e ainda não decidiu se vai presidir o desfile militar de 7 de setembro ou se deixará para o presidente em exercício, Rodrigo Maia.
O serviço de informações do governo já alertou que haverá protestos. Esta semana, as arquibancadas erguidas na Esplanada dos Ministérios foram pichadas com o “Fora Temer” e, por isso, estão sendo vigiadas 24 horas por dia até o dia do desfile.
Mas, isto não vai impedir os protestos no dia do desfile.
Há sugestão para que Temer transferia o desfile para o Setor Militar Urbano, onde só terão acesso os convidados rigorosamente selecionados, e assim evitar o constrangimento de ser vaiado na presença de várias autoridades estrangeiras.
O dilema histórico vivido por Temer deve-se ao fato de que nenhum governo começa vaiada. Um governo pode terminar vaiado, ou nem terminar o mandato, mas jamais começou com vaia.
Nesta segunda-feira 5, o site o Senado “e-Cidadania” divulgou o resultado da consulta feita pela Interne em todo País sobre a saída para o impasse que a República vivencia e 93% dos eleitores-internautas que responderam defendem nova eleição para presidente já agora em outubro.
Ou seja: dos 189 mil brasileiros que responderam a pergunta, 175 mil querem nova eleição para presidente, já.
Como se vê, não vai ser fácil pacificar o País e muito menos adotar as medidas duras que serão propostas sem o respaldo popular.
Quando eu digo que vc tira onda com a cara da gente,eu não to falando a toa,não.Ou vc tira onda ou então voce é doido!! Quando uma manifestação contra a quadrilha do MULA,reunia 300 mil,vc dizia insignificante.Agora,com essa manifestação que reuniu sindicalistas e blogueiros que perderam a boquinha e mortos de fome que são usados como massa manipulada por interesse dos “líderes” da “esquerda”,sem dó ou piedade,vc diz que é uma grande manifestação.Deixa de bancar o ridículo,Bobinho…