Apertar o cinto e apagar a luz
   19 de janeiro de 2015   │     21:12  │  12

A repetição do filme só trocou os atores; no primeiro filme o ator principal era o governo Fernando Henrique Cardoso e agora é o governo Dilma.

Mudou os atores, mas o enredo é o mesmo: o apagão nacional. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou as medidas de contenção do consumo e é bom lembrar que ele é um dos autores do programa de governo do Aécio Neves.

Ou seja: não há nada que será feito neste governo, que não seria feito em outro governo.

O consumo de energia elétrica aumenta em Progressão Geométrica e a produção de energia capenga acometida pela inércia e o descaso oficial, e pela histeria ambientalista de interesse duvidoso.

Tem sido assim. A Hidrelétrica de Paulo Afonso, por exemplo, começou a ser estudada no Império e só foi construída quase 100 anos depois com o decreto assinado pelo presidente Getúlio Vargas.

Que as viúvas do Aécio Neves não venham culpar o governo atual.

Concomitantemente com a necessidade de economizar energia elétrica tem o aperto do cinto para conter a inflação pela redução do consumo.

Isto quer dizer que o dinheiro ficará mais caro, com a maior correção do crédito bancário. Há quem defenda outra medida, como, por exemplo, a taxação dos mais ricos, que é o que os Estados Unidos estão fazendo.

Poderia se usar outra medida, mas a tradição nacional é essa mesma de encarecer o crédito. Nada, porém, diferente do que outro governo seria obrigado a fazer.

Não há nada de diferente. O apagão e o aperto do cinto são medidas que estavam na pauta qualquer que fosse o presidente da República, e o que deixa a população mais tranqüila é que, diferentemente do Aécio, a Dilma tem um compromisso social.

Isso é um alívio.

 

COMENTÁRIOS
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  1. Danilo Barros

    Quer dizer que o Ministro da Fazenda iria fazer parte do Governo Aécio Neves, lembro que o Ministro anunciado seria o Arminio Fraga. Mas vamo lá, caso dê errado a culpa é do Aécio e se dê certo, a culpa será de quem?

    lembrando ainda, que o primeiro ministro da Fazendo de Lulla, bem como o presidente do Banco Central, respectivamente, Antônio Palocci e Henrique Meirelles, seguiram a cartilha econômica tucana.

    Por falar em governo Dilma, onde está a Presidente?

  2. Ivan

    As medidas, claro, seriam as mesmas qualquer que fosse o governo. Faltou dizer que a necessidade de tomá-las se deve à forma estúpida e irresponsável, para dizer o menos, com que o setor de energia vem sendo conduzido pelo PT nos últimos 12 anos.

  3. carlos ferro

    Caro repórter quanta babaquice dilma desmontou o país,quebrou literalmente,o que está sendo feito agora é para tapar o rombo criado por ela.se estivesse seguindo corretamente a política economica estaríamos em uma situação confortável.

  4. Bruno Caldas

    Completamente esclerosado esse blogueiro. O ótimo governo de FHC acabou em dezembro de 2002 e os PTralhas desde então vem fazendo um péssimo governo e jogando a culpa no sucessor.

  5. jonas antônio de freitas

    Quem diria , hein !!!! Se em uma construção não uma boa base, uma dia à casa cai…E, é por cima dos otários.

    1. jonas antônio de freitas

      Quem diria , hein !!!! Se em uma construção não tem uma boa base, uma dia à casa cai…E, é por cima dos otários.

  6. EVERTON

    Votei duas vezes em Lula e uma vez na Dilma, claro, diante do resultado de quase doze anos de governo, não seria idiota em permanecer no erro. Não gosto do PSDB, mas diante do alto nível de corrupção de pessoas diretamente ligadas ao governo, contratos secretos com Cuba e cia Ltda., investimento precário em infraestrutura e contra a perpetuação no poder, votaria em qualquer um que fosse para o 2° turno. Pois tinha certeza que essa bomba iria estourar. Isso é que não mexeram ainda no BNDES. Há dois culpados diretos: Dilma e Lula; sobre isso não existe dúvida. Se você é um dos milhares de demitidos da refinaria de Abreu e Lima meus pêsames, pois tenha uma notícia ruim, muitos ficarão sem o seguro desemprego. Apertem os cintos senhores, pois a brincadeira só está começando.

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