por Aprigio Vilanova*

FHC entrou de vez na campanha, é o tucano responsável para convencer Marina a apoiar Aécio Neves. A corrida tucana para o apoio de Marina foi tão logo se confirmou o segundo turno. Mal terminou a apuração dos votos, os tucanos já se movimentavam para compor com Marina Silva.

Apesar de Marina já ter deixado nas entrelinhas que o apoio a Aécio se concretizará, falta esclarecer como se dará na prática a aliança.

Para conquistar a ex-ministra, os tucanos incluíram, no seu programa de governo, pautas relacionadas a educação, ao meio ambiente e a reforma política.  Mas o fato é que o discurso da nova política de Marina é uma ilusão e as propostas dependem da aprovação do Congresso Nacional.

Tanto o comitê petista quanto o de Aécio se arrependem pelos ataques deferidos a candidata no primeiro turno. Marina Silva, na sinuca que se encontra, também se arrepende de acusar os tucanos de responsáveis pela velha política, no fundo ficou extasiada pelo oba oba da mídia que a garantiam no segundo turno, não esperava a derrota.

Outra questão é o próprio discurso orquestrado por Marina como a baluarte da política que os brasileiros esperam e merecem. Como será o apoio de Marina? Ela subirá no palanque, aparecerá no guia eleitoral? E como será?

A Rede já deu aval e o PSB já declarou apoio a Aécio Neves.

Algumas perguntas serão definidas na quinta feira quando Marina Silva anunciar como será o apoio no segundo turno, até lá as especulações serão muitas. Principalmente a da esperança ingênua da migração automática dos votos de Marina para Aécio Neves.

Programa eleitoral

O programa político eleitoral de rádio e TV retorna nesta quinta (09/10) e o tom que irá nortear as campanhas é o do confronto. O candidato tucano Aécio Neves insiste na retórica da propositura de idéias, mas na prática a ideia é criticar Dilma, a política econômica e os escândalos de corrupção durante o governo petista.

O fato é que existem também vários escândalos de corrupção envolvendo os tucanos. E claro, a campanha petista irá trazer para o programa eleitoral e para os debates. Assim como também, a política econômica ortodoxa de Armínio Fraga, no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

Os institutos de pesquisas, mesmos combalidos devido ao primeiro turno, começarão a propagar pesquisas esta semana. Os analistas começarão a especular os números divulgados, assim como foi feito no primeiro turno. Mas, na verdade, tudo não passa de especulação.

* é estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto – MG

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