Brasília – A independência do Brasil custou 2 milhões de libras esterlinas e com ela ( a independência) deu-se início a divida externa.
O negócio se deu assim: Portugal ameaçou reagir e até reagiu contra o gesto simbólico de Pedro I, mas a Inglaterra entrou em ação e resolveu a querela.
Portugal devia tudo, inclusive dinheiro, à Inglaterra e foi forçado a aceitar o que os ingleses propuseram.
Seguinte: Portugal devia 2 milhões de libras esterlinas à Inglaterra, e esta propôs que o Brasil independente assumisse a dívida – em troca, Portugal aceitaria a independência brasileira.
Mas isso somente se deu depois de alguma luta e confronto bélico; a batalha de Jenipapo, no Piauí, foi definitiva para Portugal ensarilhar as armas e aceitar a proposta da Inglaterra.
O custo da independência brasileira, além das mortes nos confrontos bélicos, somou no total 4 milhões de libras esterlinas assim distribuídos:
2 milhões de libras esterlinas ao assumir o débito de Portugal.
Mais 2 milhões de libras esterlinas para tocar a vida dali em diante, na condição de “país independente”.
É irônico, mas foi assim: no dia 7 de setembro de 1822 o Brasil ficou independente politicamente de Portugal e passou a dependente financeiramente da Inglaterra.
E após a II Guerra Mundial, quando o resto do mundo quebrado aceitou a proposta dos Estados Unidos e adotou o dólar como moeda internacional de curso forçado, o “papagaio brasileiro” que era medido em libra esterlina passou a ser medido em dólares.
O grito de Pedro I foi simbólico e só ecoa nos livros escolares. Na ponta do lápis, a independência teve o preço em vidas – no Piauí tem o cemitério dos heróis que morreram combatendo os portugueses; e tem o preço financeiro – com a independência começou a nossa dívida externa.
E pasmem, pois nunca na história deste país houve o período de estabilidade política tão longo igual ao que estamos vivendo desde 1989 até agora.
Parece que, finalmente, o Brasil virou uma nação.
Um pouco de História sempre é bom…
Tudo como dantes no quartel Abrantes
A frase surgiu no início do século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica. Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês. Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo. Lá instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.
O general encontrou o país praticamente sem governo, já que o príncipe-regente dom João VI e toda a corte portuguesa haviam fugido para o Brasil. Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao duque. A tranqüilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito irônico. A quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”. Até hoje se usa a frase para indicar que nada mudou.
Como já se falava naquela época , quando Napoleão, mandou invadir Portugal e, D. João VI fugiu em disparada carregando de malas e trouxas para o Brasil com medo de Napoleão. Portugal ficou abandonada…
A frase era a seguinte: continua como dantes no quartel e Abrantes.
Virou sim! A Nação dos corruptos e dos descarados.Nunca se roubou tanto!é um escândalo atrás do outro.