Alagoas no Fantástico. É Fantásticô…plim!
   10 de março de 2014   │     9:14  │  6

Brasília – Pode ser que agora mude. Ou não, porque tem sido assim em Alagoas desde quando o Mar Morto não tinha ainda morrido e nada mudou.

Ao chegar hoje pela manhã para o trabalho a minha colega jornalista Tatiane Barbosa, do Jornal de Brasília, me indagou:

Você viu seu Estado no Fantástico, Bob?

– Vi, Tati, mas não se surpreenda não porque em Alagoas tem colégios do Estados que sumiram, quanto mais perfeitamente…!

Como é que é?

– Colégios públicos, estaduais, sumiram Tati.

Como assim, sumiram?

– O Colégio Estadual e o Colégio Cônego Machado sumiram. Estão em lugares incertos e não sabidos.

Gente, isso não existe…

Pior é que existe e qualquer um pode comprovar. Eu disse isto para justificar a minha falta de surpresa com a matéria do Fantástico; surpresa haveria – e haverá – se a matéria colocasse Alagoas no topo das excelências na educação.

E fico a matutar como, apesar dos peares, somos a terra de Graciliano Ramos, Ledo Ivo, Aurélio Buarque de Holanda, Otávio Brandão…

COMENTÁRIOS
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  1. jorge

    estudei na escola estadual Cônego Machado, lá pelas décadas de 70, nossa turma, quase toda conseguiu graduar-se em várias áreas.

  2. Danilo

    Quem foi que disse que é somente Alagoas no Fantástico? Maranhão e Pernambuco também, e logo Pernambuco que só vive recebendo elogios de um economista pernambucano na imprensa alagoana, em Pernambuco os alunos e pais de alunos tem de andar dentro do esgoto sujo na porta e dentro da escola, para se chegar as salas de aulas, que estão todas destruídas, e o esgoto imundo chega até a canelas das crianças. No Maranhão outra gravidade, alunos e professores tem de urinar e defecar no mato, porque as escolas não tem sanitários, e escolas feitas com paredes de barro. Só que em Alagoas deveriam também filmar as centenas de escolas públicas que foram reformadas, e estão agora com excelente qualidade.

  3. Valdeck

    Bob, o Estado de Alagoas teve ilustres letrados, esses se foram, quem hoje está aí, inclusive na Academia Alagoana de Letras, não está nem aí para os vergonhosos índices educacionais em nosso Estado. O que vimos no Fantástico, não chega a ser o máximo de descaso com a educação alagoana, pois se nas proximidades da capital alagoana está assim, imagine nos recônditos sertões como nos municípios de Branquinha, Pariconha, Inhapi, regiões inclusive indígenas, que lutam abnegadamente para garantir o futuro de suas crianças, sem qualquer apoio do Estado. São casas (casebres) residenciais de pau a pique que de forma mambembe, com divisórias de TNT,tentam transmitir os conhecimentos científicos e indígenas, tendo a chancela oficializada pelo Estado como Escola Estadual. Há escolas aos escombros que lembram cidades arrasadas durante a Grande Guerra, em Palmeira dos índios, enquanto isso, o governo do Estado letárgica e paquidermicamente vai concluindo seu último ano de mandato.
    Esse ano, políticos e candidatos percorrerão esses rincões, prometerão mundos e fundos para garantir suas vagas na Assembleia Legislativa e no Palácio de Vidro e sua suntuosidade, onde não falta absolutamente nada, contrastando com a falta absoluta de tudo nas escolas de ponta a ponta do Estado. São gerações sem perspectivas, sem auto-estima, sem respeito, sem presente e sem futuro, são vítimas que levam o nome de Alagoas para a vala comum.

  4. Alves

    Não existe novidade nesta informação a educação em Alagoas está em decadência desde os anos 90. Escolas que eram referência no estado como foi citado na materia simplesmente sumiram, como falei outras vezes aqui estamos colhendo hoje os frutos do descaso com a educação, vocês acham que esses indices de violência elevado são ocasionado simplesmente pela invasão das drogas em nosso Estado. Caso semelhante vive a saude vão até Rio Largo verificar postos de saude que se que foram abertos e já foram destruidos literalmente saqueados.

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