E assim se fez o aborto do dois Zés!
   26 de novembro de 2013   │     10:37  │  1

Brasília – Os dois Zés, o Genoíno e o Dirceu, têm em comum uma história não muito comum de heróis que escaparam incólumes sem darem um tiro sequer.

Na guerrilha do Araguaia, o grupo do Genoíno pode ter matado alguém, mas ele mesmo não chegou a trocar tiro com as forças do governo.

Pelo menos, foi o que o próprio sargento que o prendeu deixou entender.

O sargento me disse e repetiu na presença do companheiro jornalista Borjão, que o Genoíno estava sentado embaixo de uma árvore na beira da estrada e se entregou sem reação.

– “Nós colocamos ele ( Genoíno ) no helicóptero, e ele ( Genoíno ) entregou todo mundo” – disse-nos o sargento – que hoje é reformado como capitão.

E o Dirceu foi para Cuba, mas entre o treinamento de guerrilha pesada, no mato, ele optou pela burocracia, ou seja, o Serviço de Inteligência Cubana e lá se especializou.

Voltou para o Brasil transformado, inclusive fisicamente, e se instalou como empresário no Paraná. Por lá se casou e viveu por mais de 10 anos com outra identidade, até que, uma noite no Jornal Nacional da Globo ele se viu verdadeiro num folheto com as fotos dos brasileiros exilados – que retornavam com a anistia.

– “Eu sou esse aí” – disse ele à esposa.

– “Como assim, você é esse aí?” – reagiu estupefata a esposa.

Era o próprio. E rapidamente José Dirceu ascendeu ao topo, o que levou a acreditar que poderia chegar também à presidência da República.

Os dois Zés agora agonizam politicamente, tudo indica que finalmente conseguiram fazer o aborto político deles.

Mas, pensando bem, não haveria mesmo de terminar bem essa história comum de dois guerilheiros que não deram tiro algum.

E agora resta só uma bala para cada um. Para Genoíno, tem a aprovação do pedido de aposentadoria da Câmara Federal – que lhe garante a retirada de R$ 26 mil mensais, brutos.

E para Dirceu, o pedido simplório para que a Justiça lhe permita ser administrador do San Peter, um hotel cinco estrelas aqui em Brasília que pertenceu ao falecido deputado federal Sergio Naia.

 

 

COMENTÁRIOS
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  1. Joilson Gouveia Bel&Cel RR

    Os “Zé”róis do Bob – somente The Bob é capaz disso, sabiam?
    Insto aos leitores do arauto uma detida ou mesmo olhadela ou soslaio ao dicionário sobre o termo ou locução ou palavra HERÓI e aqui usada subliminarmente ou equivocadamente ou ludibriada ou escamoteada e sutilmente empregada pelo The Bob – El bobo – o pregoeiro-mor e ferrenho tenaz arauto de carteirinha róseo-comuna e da caterva rubra ou encarnada marxista-leninista, sobretudo, castrista-dilmista-lulista-molusquistas e outros bolivaristasPATAS ou esquerdistasPATAS, a saber:
    he•rói (latim heros, -ois) substantivo masculino
    1. Pessoa de grande coragem ou autora de grandes feitos. = VALENTE ≠ .COVARDE, MEDROSO
    2. [Mitologia] [Mitologia] Personagem nascida de um ser divino e de outro mortal. = SEMIDEUS
    3. Personagem principal. = PROTAGONISTA
    4. Pessoa ou personagem de ficção que tem atributos físicos ou morais muito positivos. ≠ ANTI-HERÓI
    5. Pessoa que provoca admiração. = ÍDOLO
    6. Pessoa que é o centro das atenções (ex.: ele foi o herói do jantar).
    7. [Depreciativo] [Depreciativo] Pessoa que se destaca pelo seu proceder escandaloso ou .incorreto.
    Feminino: heroína.
    “herói”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/herói [consultado em 26-11-2013].
    Olhem, notem e percebam que a locução supra somente seria viável e apropriada ou inerente aos ditos cujos “zés’’ no item 7, esta referência sim, é compatível aos dois “heróis” citados – reitere-se, para convencimento induvidoso, somente e tão-só aos dois “zés” o número sete acima se adequa bastante e suficientemente caindo-lhes como umas luvas, ou não? Leiam e comparem com o próprio texto ditado pelo arauto Bob, The bobo!
    É, pois, mais que cabível aos dois “zés”, sobretudo, no seu significativo depreciativo, degradante e desgastante ou que denigre ou que tem demérito ou despojado de valor algum ou nenhum – que é caso aos zés citados – ou, enfim, tivesse ele usando de sagaz ironia, satírica ou astuta ou de seu lado saturno e sinistro e enigmático enquanto profissional da informação ou induzindo seus leitores aos erros, equívocos ou dúvidas sobre tais “zés” – espertíssimos sagazes mensários condenados que teimam, insistem e não desistem NUNCA em querer driblar as garras da Justiça!
    Leiam e concluam os senhores leitores!
    Abr
    JG

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