A pergunta é: até quando o senador Renan Calheiros vai deixar tanta gente esperando pela decisão dele sobre a candidatura a governador?
Mas não está sendo fácil para Renan responder.
Vamos por partes: o senador Renan foi retirado da presidência do Senado num processo onde se misturou trama ardilosa com a oportunidade inadvertidamente dada por ele mesmo.
E a trama ardilosa teve o dedo do “fogo amigo”, mais precisamente do PT, que não aceita a submissão ao PMDB e quando se fala de PMDB fala-se de Renan.
Voltar à presidência do Senado era questão de honra e Renan voltou embalado por mais votos do que ele mesmo contava obter.
E olha que o PT tentou evitar e fez de tudo, até apelar para a presidente Dilma. Forçada pelo PT, Dilma propôs ao ministro Edison Lobão, que é senador licenciado, voltar ao Senado e disputar a presidência com o apoio dela.
E ouviu de Lobão o seguinte:
– Eu volto para o Senado, Dilma. Mas pra votar no Renan pra presidente.
Dilma entendeu finalmente que era besteira pelejar e reconheceu que a estratégia de alternância no Congresso Nacional entre o PMDB e o PT só valeu mesmo para a Câmara.
Ela demorou a entender isso, mas não foi por falta de aviso. O próprio Renan, reiteradas vezes, quando os jornalistas lhe perguntavam sobre o acordo para o PT e o PMDB se revezarem na presidência, alertava que ( o acordo ) só valeria para a Câmara pois não foi fechado com a anuência dos senadores.
Cabe lembrar também, nessa verdadeira odisseia de Renan para voltar à presidência do Senado, que ele desmontou com habilidade o “grupo dos 8” senadores intitulados de independentes e dos quais só restam hoje dois, e ambos com questões pessoais pendentes.
O senador Pedro Simon está com a vida complicada no Rio Grande do Sul e o senador Jarbas Vasconcelos, que sequer conseguiu eleger o filho vereador em Recife, sabe que sua volta ao Senado é difícil.
E ainda tem a Prefeitura de Olinda, cujo prefeito é o irmão do senador Renan, que derrotou o candidato de Jarbas.
A questão de Simon e Jarbas em relação a Renan não é e nunca foi filosófica. É apenas pessoal.
Renan articulou com habilidade essas defecções dentro do PMDB e obteve mais votos para a presidência do Senado do que havia contado previamente.
Assumindo essa postura e relacionado entre os 15 homens mais influentes da República, Renan tem atraído a ira dos adversários, mas eles sabem que o presidente do Congresso Nacional assumiu uma posição que para o governo não tem alternativa – ou se alia a ele ou fica difícil de governar.
A presidente Dilma pressentiu isso. Mas ela também sabe que precisa do Renan numa campanha e talvez por isso, por duas vezes e a primeira vez foi em 2011, a Dilma tenha sugerido a Renan que dispute o governo de Alagoas.
O deputado federal Renan Filho tem repetido que o candidato a governador é o pai dele. Mas agora já são três os indecisos: o pai, o filho e a própria presidente Dilma, que precisa do Renan numa campanha majoritária, e precisa do Renan em Brasília.
A presidente Dilma escolheu o senador Renan para interlocutor no Congresso Nacional, e não tem hoje na praça quem saiba fazer melhor esse papel do que o Renan.
Esse é o dilema.
O senador Renan tem que ser governador de Alagoas para dá jeito e por em ordem o estado e fazer o jogo de cintura que só ele sabe fazer, porque esse governador mentiroso que esta agora vai deixar o estado mais falido que nunca e só DEUS para ter misericórdia dos alagoanos.
Na minha opinião nem Renan pai nem Renan filho,deixe essa turma do PT e do PMDB longe de Alagoas! Lugar de cobra é lá em Brasília!