Collor previu ataques contra a Petrobras
   9 de setembro de 2013   │     17:31  │  6

No ano passado, quando ainda era o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Segurança Nacional, o senador Fernando Collor propôs estender ao exército os royalties do petróleo que é pago só à marinha no percentual de 7%.

E pediu para o governo investir nas forças armadas, citando como justificativa os projetos de expansão da produção de petróleo, inclusive, em águas profundas – que é o caso do pré-Sal.

Não é, pois, de se estranhar as notícias sobre a espionagem dos Estados Unidos sobre a Petrobras. As revelações que estão aparecendo agora apenas reforçam a desconfiança e confirmam a  certeza de muitos que não tinham como comprová-la.

Sabe-se muito bem que o mundo foi gerido pelas chamadas “sete irmãs” – a Stand Oil, a Shell, a Esso, a Texaco, etc. – que promoveram guerras na disputa pelo controle do petróleo. E sabe-se do poder do cartel petrolífero, que é capaz  de promover crises internacionais. Basta querer.

Em Alagoas mesmo, a história do petróleo está manchada de sangue humano. O genial Monteiro Lobato, outro que lutou para provar que o Brasil tinha petróleo, ao ver o primeiro poço jorrando na Bahia desabafou:

– “Sinto vontade de afogar nesse óleo todos aqueles que negavam a existência de petróleo no Brasil”.

E não podemos esquecer que a lei 2004, que instituiu o controle do petróleo brasileiro, foi fruta de uma manifestação das ruas.

O problema não é os Estados Unidos bisbilhotarem a Petrobras, porque só os muitos ingênuos podem imaginar que isso não acontece; o problema é a advertência do Collor para se garantir a posse desse bem nacional.

-“O Brasil é um país de índole pacífica, mas temos de mostrar que estamos preparados para defender os nosso território e as nossas riquezas” – alertou Collor, ainda no ano passado.

E o problema é que não está. O exército, a marinha e a aeronáutica estão sucateadas e ainda tem os “rosas-choques” acometidos de faniquitos contra o projeto do submarino nuclear brasileiro.

COMENTÁRIOS
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  1. Maíra Jaspe

    Acho que o senador estava certíssimo em querer investir nas forças armadas. Elas foram esquecidas pelos atuais governos, estão sucateadas mesmo. Se o Brasil entrar numa guerra, seremos destruídos por que não temos nada. E precisamos dela para a nossa segurança.

  2. Fabiane Lunde

    Concordo com o que Collor falou. Temos que defender nossas riquezas. Que história é essa de espionar a Petrobrás? Por um acaso os EUA querem o nosso petróleo? Pois vão ficar querendo. Bem que o senador avisou.

  3. Humberto Oliveira Cavalcante

    São nesses detalhes que observamos como os nossos parlamentares trabalham. Collor sem dúvida merece, pois está lutando por causas nobres.

  4. jonas antonio de freitas

    Grande novidade essa de espionagem, entre Brasil e os Americanos,ou, entre os Latinos…Têm que mais espionar essa turmas dos Petralhas..Quem têm que acordar é os Brasileiros e as Forças Armadas…

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