A presidente Dilma cortou relações pessoais e até telefônicas com o presidente da Câmara, Eduardo Alves. A presidente não quer conversa com ele.
Na semana passada, Dilma ligou para o senador Renan Calheiros e pediu pessoalmente o empenho do presidente do Congresso Nacional para colocar um freio no presidente da Câmara.
O motivo é a proposta do deputado federal Eduardo Alves para o “orçamento impositivo”, que impede o governo de contingenciar verbas destinadas às emendas parlamentares.
O lance é o seguinte: nem tudo o que os parlamentares propõem como emendas orçamentárias destinadas a obras nos estados, são de fato liberadas.
Entre aprovar as emendas e liberar o dinheiro tem uma distância enorme, que o presidente da Câmara quer extinguir com o “orçamento impositivo” – que obriga ao governo liberar o dinheiro das emendas.
Dilma ligou para Renan, que tem uma visão intermediária para o problema. O presidente do Congresso Nacional explica que o “orçamento impositivo” tem a vantagem de acabar com o “toma lá da cá” na relação entre o governo e o Congresso.
Se o governo encontrar uma solução para a falta de cumprimento na liberação das verbas das emendas parlamentares, o impasse estará desfeito.
Senão, Henrique Alves promete levar a proposta à votação.
Dilma falou com Renan pelo telefone, mas não quis falar com o presidente da Câmara. Ela pediu ao vice-presidente Michel Temer para fazê-lo.
A questão é que, com a aproximação da eleição, fica mais difícil para o governo se acertar com a Câmara deixando de atender essas demandas que são traduzidas em votos.
O Lula também enfrentou problemas com a Câmara e se saiu com o apoio dos senadores Renan Calheiros e José Sarney, que fizeram a ponte na época.
A presidente Dilma quer repetir Lula, mas pode ter falhado no quesito olho no olho. O Lula chamava para conversar; a presidente Dilma mandou o vice Michel Temer conversar por ela.
Renan com sua liderança vai acabar com esse imbróglio relacionado aos vetos e colocar em pauta as matérias de interesse nosso e se mantém firme em prol dos brasileiros .