Maceió foi uma invenção dos ingleses, que optaram pela enseada de Jaraguá onde viram o “porto seguro” para exportar algodão, açúcar e couros – ao contrário do porto do Francês.

Os ingleses não gostaram da então capital, a hoje cidade de Marechal Deodoro, e se instalaram no entorno de Jaraguá atraindo os nativos que queriam imitá-los, de modo que logo a então capital foi perdendo importância.

A ocupação se deu a partir das margens da Lagoa Mundaú, que era um verdadeiro charco, daí os nomes geográficos dos bairros: Bebedouro, Levada, Vergel do Lago, Coreia, Ponta Grossa, Trapiche da Barra, Ponta da Barra  – e, para o Norte, a Ponta da Terra, a Ponta Verde, a Pajuçara e o Poço.

Na parte alta, que se expandiu a partir do Farol da Marinha, a maioria morava em sítios.

A influência da Lagoa Mundaú foi alem da economia e chegou às tragédias, devido a proximidade do encontro da lagoa com o mar – que é conhecido como barra – e o charco sobre os quais surgiram os bairros.

No inverno eram comuns as inundações no Vergel, na Ponta Grossa, na Levada…e por aí.

Havia o impasse: abrir a barra e se sujeitar às inundações anuais, ou mantê-la fechada e ajudar a matar a já moribunda Lagoa Mundaú?

E a solução, foi sim, do então governador Fernando Collor de Mello – que mandou abrir um canal de 12 metros de profundidade, sem o qual não existiria hoje o passeios às 9 ilhas.

Isto foi em 1988 e o canal já não tem mais 12 metros. Se não tomarem providências, já, já o passeio às 9 ilhas será reduzido.

Mas surgiu a proposta e novamente com o apoio e o empenho do senador Collor, que adotou a ideia do deputado federal João Lyra e já está cuidando de pô-la em prática.

Foi sim, o Collor, quem salvou a Lagoa Mundaú no primeiro derrame.

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