Formado em Química, inclusive com mestrado, e também em Filosofia, até 1966 ele era o professor de Literatura e Psicologia, em Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio. E com apenas um pulmão, pois quando criança contraiu uma pneumonia que comprometeu um dos órgãos – que ele foi obrigado a extrair.
O professor Jorge Mario Bergoglio virou o papa Francisco, que não teve acrescido no nome o numeral porque é o único na milenar história da Igreja Católica com este nome. Só após ele, e se houver outro Francisco, é que se acrescenta o numeral.
Primeiro lhe sugeriram que adotasse o nome Clemente XV, numa espécie de “vingança debochada”, porquanto foi o papa Clemente XIV quem acabou com a Companhia de Jesus, da qual o papa atual é originário e quebrou outro tabu – é o primeiro papa jesuíta da história.
Mas ele optou por Francisco.
Os jesuítas, sem dúvida, foram os soldados mais avançados da Igreja Católica, para levar a fé cristã onde nenhum outro missionário havia chegado.
E a expectativa que os católicos, especialmente os latinos, têm em relação ao papa Francisco mostra que essa missão do jesuíta ainda se mantém firme apesar de toda a transformação ao longo desses anos.
No Brasil, foi o jesuíta Fernão Cardim o primeiro homem a registrar a seca no sertão nordestino. Em 1573, ele estava na caatinga na região onde hoje ficam as divisas dos Estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas quando localizou cerca de 2 mil índios que fugiam da seca.
Imagine que, se ainda hoje essa região só raramente é visitada pelas autoridades da República, como não seria em apenas 73 anos do descobrimento?
Só poderia ser mesmo os jesuítas com a missão desbravadora, igual a que o papa atual tenta empreender para dar uma guinada na igreja Católica.
E uma coisa é certa: o papa Francisco pode não conseguir trazer de volta o rebanho que se desgarrou; mas, com certeza, já impediu novos estouros da boiada insatisfeita. O que é o seu primeiro “milagre”.
Aí bob, tá legal o cometário, mas o título: alegra e rebaixa-o como pessoa.
Edimilton Junio Vagalume