Se a sabotagem for verdadeira, então é coisa da máfia de branco
   18 de julho de 2013   │     11:03  │  94

É muito grave para ser verdade, mas o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi informado de que os médicos estão sabotando o programa para levar médicos estrangeiros para os locais onde os médicos brasileiros não querem ir porque é longe.

Se for verdade, trata-se de atos de gangster que só justifica o conceito hediondo de “máfia de branco”.

A desculpa de que faltam condições de trabalho é só desculpa; na verdade, eles não querem trabalhar na periferia nem no interior do país porque lá a clientela é pobre. Nas capitais ou cidades de grande porte é onde circula o dinheiro.

Com exceção do anestesista e do cirurgião, os demais profissionais médicos não precisam de hospital para trabalhar. A consulta pode ser feita embaixo de uma árvore ou no banco da praça.

Se o caso é grave, o médico encaminha o paciente para o hospital e o deslocamento não é da conta do médico. O papel dele termina com o diagnóstico.

Nessa luta das entidades médicas contra o projeto do governo é preciso deixar claro à população que se trata de mais um golpe contra os que mais precisam de assistência médica. E tem também, como não poderia faltar, muita hipocrisia.

Por exemplo: as entidades médicas alegam que os médicos estrangeiros não vão ser submetidos ao exame de revalidação do diploma. Sim, mas essas mesmas entidades médicas não exigem que o médico faça residência médica.

E nessa luta contra o povo, já apareceu até um imbecil afirmando que os médicos cubanos são guerrilheiros que vão fazer no Brasil o que fizeram em Angola. Ou seja: vão fazer a cabeça do povo para a revolução.

O pior é que o autor dessa ideia é um médico. Um médico urbano, pois não, porque existe dois tipos de profissional: o que vive da saúde e o que vive da doença.

E o que vive da doença ganha mais dinheiro. É igual ao mecânico de automóvel que vive do defeito e não do conserto do carro.

COMENTÁRIOS
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  1. S.F.ALMEIDA.

    BEL JOILSON, VOCÊ É UMA DAS POUCAS PESSOAS QUE NÃO ATACA NINGUÉM ATRAVÉS DO BLOG DO BOB,ISSO FAZ PARTE DE SUA BRILHANTE INTELIGÊNCIA.OBRIGADO POR TER MANDADO UM ABRAÇO.
    LAMENTAVÉLMENTE VEMOS PESSOAS COM FORMAÇÃO ACADÊMICA OU JÁ FORMADOS EM MEDICINA,ABSORVEDORES DE UMA FALTA DE EDUCAÇÃO SEM LIMITE E QUE BOTA ATÉ EM DÚVIDA A ÉTICA PROFISSIONAL.

  2. S.F.ALMEIDA.

    PARABÉNS A TODOS QUE ESCREVERAM MENSAGENS NO BLOG DO BOB,MAS O PESSOAL DA ÁREA MEDICA QUE ENFURECIDOS DERAM SUAS RESPOSTA , NOTAMOS QUE PELOS TEXTOS PUBLICADOS FICARAM MESMO ENFURECIDOS E NATURALMENTE SE COMPORTARAM COMO VERDADEIROS A-S-I-N-I-NOS.

  3. S.F.ALMEIDA.

    ESTOU FAZENDO MINHA DESPEDIDA DESSE BLOG E DIGO AO MEU AMIGO BOB,VOCÊ É E SEMPRE SERÁ UM GENIAL JORNALISTA E DE ALTA INTELIGÊNCIA.PARABÉNS POR ESSA BRILHANTE REDAÇÃO.

  4. S.F.ALMEIDA.

    VOLTO A DIZER A PHD FLÁVIA QUE OS APARELHOS SOFISTICADOS QUE O GOVERNO COMPRAR PARA EQUIPAR OS HOSPITAIS,GERALMENTE FICAM EM DESUSO OU OS MÉDICOS QUEBRAM QUANDO ENTRAM EM GREVE.

    1. perola

      Nenhum aparelho fica em desuso. No HGE o tomógrafo (que tem mais de 8 anos) está quebrado há mais de 2 meses, obrigando pacientes a serem transferidos a outros serviços e atrasando o tratamento, e são mais de 20 exames/dia (isto é desuso?). Outra informação importante: com exceção de aparelhos de ultrassonografia e endoscopia NÃO SÃO OS MÉDICOS QUE OPERAM OS APARELHOS, são os técnicos. Para constar: a ultrassonografia e a endoscopia do HGE estão funcionando perfeitamente. Por favor, se informe dos detalhes das acusações que faz.

      1. Suzana

        Lugares muito pequenos não vai haver aparelhos muito caros… tomógrafo é uma fortuna! e ultrassonografia, só o médico pode fazer! daí o problema de se fazer a ultrassom em interiores muito pequenos… Quem vai???? e aí está a importância do médico local para receitar e encaminhá o paciente para a cidade mais próxima onde faz o exame que precisar. O sistema está sendo esse.. bom ou ruim… é o que temos para agora! embora lutar e cobrar por melhorarias deva ser a meta de todos.

    2. tania

      Isso mesmo…..trabalho numa unidade que tem aparelhos oftalmicos e os proprios medicos quebram o aparelho para não trabalhar…..ai ficam dizendo q não trabalham porque o aparelho está quebrado, a direção manda consertar e não dá 1 mes quebra de novo…. todos já sabem quem faz tal atrocidade!!!!!!

      1. Suzana

        Isso é crime ao patrimônio publico e deveria ser tratado como tal! O Cúmulo do absurdo!! isso só me causa ainda mais revolta… Aí está UM vândalo! quem é mais vândalo? o governo ou pessoas desse nipe? sinceramente… mas ainda prefiro ser otimista e ainda acredito no ser humano e não me envenenar por conta de um ou dois maloqueiros.

        1. Suzana

          Se todos sabem, pq não expulsam essa criatura?! porque não descontam de seu salário? pq não punem? a falta de médico acaba fazendo isso… ficamos reféns de uns fdp desses.

  5. Suzana

    Eu não acredito que tanta gente inteligente aqui não conseguem entender o que é uma força de expressão! incrível como a frase: “atender até debaixo de uma árvore” pôde chocar tanto!! Ele não falou em hospital debaixo de uma árvore.. ele falou em atender.. consultar! ouvir, receitar, prescrever, encaminhar, etc. Lógico que ninguém está desejando que isso seja o ideal, mas apenas uma forma de demostrar a essência do atendimento médico. Pessoas aqui chegam a imaginar e criam cenários complexos de “como vai examinar a uma pessoa seminua na frente das outras”!? calma gente! Porque tanta agressão, tanto choque!? será que faltam argumentos? não se fixem no secundário… vocês estão sempre desviando o foco da falta de médicos para para outras questões, como sempre problematizando o SUS e o governo… rss todos somos autores do nosso sistema de saúde: governo, médicos, não médicos, população! Cabe a cada um se questionar: QUAL A MINHA PARTE?! Nenhum desses é santo nem é demônio, mas cada um tem a sua responsabilidade, as suas glórias e as suas culpas.

  6. Evandro

    Na boa, os médicos sentiram que vão perder espaço, ser médico já não vai mais ser uma coisa fantástica, vai ter clínica em toda esquina, os preços vão baixar, os filhos dos médicos que também serão médicos vão enfrentar outro mundo, onde ser médico vai ser como ser advogado, tem um em toda esquina.
    Se a justificativa são meios de trabalho eu discordo, que o diga a Unimed, é o HGE com piso de porcelanato, os médicos te atendem com uma cara tão feia, com raiva, e olha que eles têm meios. Os ruins, que existem sim em toda profissão, se escondem atrás dessa desculpa de meios, não que não seja justificada, claro, o jornalista abusou. Boa sorte a eles e a nós pacientes.

    1. Suzana

      Olha só o terror: vão aumentar a quantidade de médicos e o valor das consultas particulares vão ter que ser menores que R$ 250,00 (rs)

      1. Evandro

        É verdade rs, agora uma neurocirurgiã não vai cobrar R$ 400,00 na consulta, vai ter que baixar para concorrer, inclusive falam em médicos cubanos mas até onde procurei saber, os espanhóis também querem vir e outros de demais países, será que só tem médico bom no Brasil? E por incrível que pareça tem a pior saúde do planeta.

        1. perola

          No dia que se aumentar o número de médicos bem formados, eu comemorarei junto com o povo. Aumentar o número de profissionais sem qualidade, com intenção de somente baratear o serviço custa a vida de pessoas inocentes. Quando chegar num ponto desses, me convencerei de vez que este não é um país sério e vou preferir emigrar para algum país que valorize o profissional. E não estou falando de salário. No Brasil convencionou-se ninguém respeitar ninguém, generalizar os defeitos (isso em todas as áreas). Cada profissional tem um valor altíssimo para a sociedade, na sua função. E todos devem ser respeitados de início. O que se vê em todos os lugares (não só na saúde) é que a gentileza, a educação, o respeito se perdeu. As pessoas tentam ofender profissionais que nunca viram. Como você reage a quem chega pra você, não te dá nem bom dia e já começa a te atacar. Por que tudo isso? COBREM DOS SEUS GESTORES SAÚDE DE QUALIDADE, é obrigação deles. Se não houvesse se precarizado tanto a relação trabalhista, os profissionais valorizariam seus empregos (não existe concurso na saúde em Alagoas há 11 anos, todo mundo é clandestino, sem contrato) e todos os maus profissionais seriam naturalmente eliminados. Simples, mas mais difícil de acreditar que essa tal “máfia”. Basta comparar o patrimônio de um médico mediano (com 10, 20 anos de formado) com o de um político, pra se perceber claramente onde está a tal “máfia”

          1. Evandro

            É mesmo, se comparar vai ter político que vai ficar com muita inveja, mais uma vez pergunto, só no Brasil se forma médico bom, não generalizo não, vou em casos pontuais, como a própria unimed que é o hge com piso de porcelanato, levei minha filha de 1 ano com muita febre e a médica que estava INICIANDO o plantão me atendeu com a cara mais feia e indagou por que eu a estava levando ao pediatra por causa de uma febrezinha, disse que era bobagem, e mandou voltar pra casa, descrente nessa profissão como sou, de lá fui na pediatria, que por sorte tinha um médico especialista em gente pequena que detectou que ela estava prestes a entrar em convunção e adotou procedimentos imediatos, pergunto: e a doutorazinha do ABC que atendeu minha filha na unimed ? COM TODOS OS MEIOS DISPONÍVEIS, incompetência tem limite, o povo tá de saco cheio de vocês médicos incompetentes, o troco vem daqui a pouco, ruim já está e muito, nem com dinheiro se tem saúde, e ainda dizer que falta respeito, concordo, falta respeito com o paciente, por parte de vocês, não se trata de baratear a saúde, não mexa com as palavras tentando se vitimizar, se trata de humanizar uma porcaria de serviço, onde um mastologista nem recebe o paciente, apenas olha o exame e pede pra atendente informar sobre o que concluiu, a saúde já está uma desgraça pagando caro, o pior que pode acontecer é ela piorar se pagando mais barato, o troco vai chegar.

        2. Suzana

          Fico indignada quando vejo o CRM denegrindo como pode a medicina cubana, pois sempre foi bem vista no mundo todo! sem falar que é muito anti ético fazer isso. Eles fazem uma medicina um pouco diferente, mais voltada à prevenção na ASSISTÊNCIA BÁSICA (a proposta do governo), que lá é de primeira! eles arregaçam o jaleco e colocam a mão na massa mesmo igual aos médicos de antigamente (por isso falam que são praticamente enfermeiros). Lá eles não são tão dependentes de tecnologia de ponta. Mas também concordo que se devem criar critérios para que venham pra cá… um revalida não é má idéia… só resta saber se os médicos formados no BR também passariam no revalida ou se seria de um nível tão absurdo que ninguém conseguiria responder.

          1. Suzana

            Sem falar, Evandro, em situações corriqueiras que acontecem todos os dias… pessoas entram passando mal, com dores… e como o caso que vi aqui no face onde uma mulher entrou em trabalho de parto e ficou esperando a médica que estava DORMINDO no plantão!!!! resultado: a criança acabou morrendo. Agora com tanta demagogia por parte dos médicos, e falando que “quem vai querer atender em local sem condições de trabalho e blablabla para depois uma pessoa morrer a acabar recebendo um processo por exercício e blablabla” Vou ser bem sincera: Nuncda vi médico ser penalizado por nada! então fiquem tranquilos… e façam bem feito ao menos o que podem e coordenem o serviço como podem.
            Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=509945875745115&set=a.148362101903496.36811.100001891221427&type=1&theater

          2. Suzana

            … e não vou nem ousar falar quanto custa UM PLANTÃO de um neurocirurgião!!! poque é pecado e tenho medo de ir pro inferno!! muito comum falar e as pessoas dizem que é mentira e não acreditam, mas quem tiver acesso, façam uma pesquisa… por isso que é tão comum pessoas morrerem por falta de neurocirurgião de plantão. São essas coisas que inviabilizam o sistema de saúde.

  7. Flávia

    Algumas considerações sobre o maior amontoado de asneiras que já li nos últimos tempos.

    “É muito grave para ser verdade, mas o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi informado de que os médicos estão sabotando o programa para levar médicos estrangeiros para os locais onde os médicos brasileiros não querem ir porque é longe.
    Se for verdade, trata-se de atos de gangster que só justifica o conceito hediondo de “máfia de branco”.

    A desculpa de que faltam condições de trabalho é só desculpa; na verdade, eles não querem trabalhar na periferia nem no interior do país porque lá a clientela é pobre. Nas capitais ou cidades de grande porte é onde circula o dinheiro.”

    Sobre isso:

    Digamos que você fosse enviado como correspondente de um grande jornal para uma cidade distante 500 km de outra cidade qualquer. Lá não tivesse sem caneta, sem papel, máquina de escrever, computador, telefone fixo ou móvel, fax, telex, rádio amador, internet e nem correios. Enfim, nenhum recurso que lhe permitisse realizar o seu trabalho. Então, qual a sua desculpa para não enviar informes sobre o recorde de morte de gado, devido à seca histórica? Não seria seu dever reportar para o resto do país o sofrimento da população, que clama por ajuda? Você não é um jornalista? Por que não faz nada, seu imbecil?

    Aí, você, finalmente não suportando mais sintomas que lhe incomodam há muito tempo, resolve usar seu tempo ocioso para fazer uma consulta com o único médico da cidade…

    “Com exceção do anestesista e do cirurgião, os demais profissionais médicos não precisam de hospital para trabalhar. A consulta pode ser feita embaixo de uma árvore ou no banco da praça.”

    Sobre consulta embaixo de árvore:

    Digamos que esse médico, por falta de um posto de saúde decente para trabalhar, atendesse você debaixo de uma árvore, numa praça, na frente de quem passasse. Ele faria a anamnese e teria necessidade de fazer um exame físico. Afinal, você relatou, entre outros sintomas, “jato de urina muito fraco ou reduzido, necessidade freqüente de urinar, especialmente à noite, sensação de que sua bexiga não se esvaziou completamente e ainda persiste a vontade de urinar, dificuldade de iniciar a passagem da urina, dificuldade de interromper o ato de urinar, urinar em gotas ou jatos sucessivos, necessidade de fazer força para manter o jato de urina, necessidade premente de correr ao banheiro – acontecendo algumas vezes de a urina vazar antes de que você chegue ao banheiro… Não sendo anestesista nem cirurgião, o médico, então, para terminar de cumprir seu papel determinando o diagnóstico, precisa fazer o exame do toque. Manda então que você tire a roupa e deite no chão, ali mesmo embaixo da árvore, para que ele faça o exame físico, que consiste no toque retal. Constatado o tumor, o médico encaminha você para o hospital.

    “Se o caso é grave, o médico encaminha o paciente para o hospital e o deslocamento não é da conta do médico. O papel dele termina com o diagnóstico.”

    Sobre quem se mete a falar do que não conhece:

    O caso é grave, mas a cidade não tem hospital. A única ambulância da Secretaria Municipal de Saúde, uma velha Fiorino adaptada, está quebrada há 3 anos. Você tem exames para fazer, que o médico solicitou para adiantar sua vida. Mas, você sabe como é, no SUS, daqui que você faça esses exames… Você vai morrer de câncer de próstata.

    A partir do que você, Bob Vilanova, escreve na sequencia, não tenho mais nada a rebater. É tanta sandice, que me enoja. Muitos colegas já escreveram bem mais do que você merecia como resposta. Não sei quem você é, nem qual a sua origem. Mas certamente não tem, nunca teve e nunca via ter um médico na família. Desconhece o tanto de sacrifício e de esforço que esse profissional despende desde que se prepara para ingressar no curso médico, até o fim da carreira.

    O que eu desejo para você? Médicos cubanos, no dia em que você adoecer gravemente. Aliás, vamos estender isso a sua família – se é que você tem uma. Você não merece os médicos do SUS. No interior ou na cidade, eles são bons demais para você.

    Mesmo assim… com eu gostaria que você fosse dar com os costados no meu consultório um dia desses…

  8. S.F.MENDONÇA

    NÃO ENTENDO PORQUE TANTA PREOCUPAÇÃO DA CLASSE MÉDICA EM BARRAR A VINDA DE MÉDICOS DO EXTERIOR PARA TRABALHAR NO INTERIOR DO BRASIL,MUITO BEM ,NÃO ACEITAR FAZER TRABALHOS DE MEDICINA LONGE DAS GRANDES CIDADES É UM DIREITO DE CADA UM,MAS FICAR FAZENDO POLITICAGEM PARA O GOVERNO DILMA NÃO IMPORTAR MÉDICOS É NATURALMENTE A MAIOR BURRICE DA CLASSE MEDICA POR VER SEUS BOLSOS SEREM PREJUDICADOS.

  9. Cesar

    Olha Bob

    Nao sei quem o senhor é …

    Nao sou seu leitor …

    Mas faço um sugestao …. Saia do Mundo de Bob

  10. Marcos

    “Com exceção do anestesista e do cirurgião, os demais profissionais médicos não precisam de hospital para trabalhar. A consulta pode ser feita embaixo de uma árvore ou no banco da praça.”
    Sério isso???? Exagero desnecessario, nao ??
    Durante toda essa cruzada contra os medicos nao consigo nao lembrar nos dois (ou seriam 3?) minutos de ódio de Orwell… e tb de […]”despojou de sua auréola todas as atividades até então reputadas veneráveis e encaradas com piedoso respeito. Do médico, do jurista, do sacerdote, do poeta, do sábio[…]” . Trabalhar na saude, como trabalhar na segurança, é trabalho muito duro! Só sabe quem faz… E merece respeito! Nao se deve proceder assim, vilipendiando toda uma classe injustamente (mesmo q agora todos sejam doutores em saude publica e lembrem-se que existem “rincoes”…). E por falar em rincoes, a maior parte dos projetos que levam a medicina a esses rincoes sao justamente iniciativas individuais de médicos, e nao do governo e nem de outros paladinos e defensores da saude, e isso ninguem lembra. Outra curiosidade é q essa profissao por sinal sempre esteve entre as mais confiaveis do país em todas as pesquisas, normalmente disputando com professores, carteiros e bombeiros o topo da confiaça da populacao. Como diria Riobaldo, eu quase nada nao sei, mas desconfio de muita coisa…

  11. S,F.ALMEIDA

    É PRECISO QUE ESTA CATEGORIA ELITISTA DA MEDICINA ENTENDA QUE SEUS ESTUDOS FORAM BANCADOS POR TRABALHADORES PAGANDO IMPOSTOS E SUANDO NO DIA A DIA PARA TORNAR PUBLICA AS UNIVERSIDADES AONDE ESTUDAM OS FILHOS DOS BURGUESES.A VERDADE É QUE MÉDICOS NÃO ACEITAM DE MANEIRA ALGUMA TRABALHAR EM INTERIORES DISTANTES,ENTÃO SE PERGUNTA PORQUE ESTÁ BRIGA COM O GOVERNO PARA NÃO TRAZER PROFISSIONAIS DE OUTROS PAÍSES.POUCO IMPORTA PARA ESSA CATEGORIA SE O POVO TEM SAÚDE OU NÃO, ELES ESTÃO MESMO INTERESSADOS EM DI DIN NO BOLSO E VER UM MERCADO DE TRABALHO CADA VEZ MENOS COMPETITIVO.

    1. Cesar

      Cara onde vc acha que vc mora ???
      Vc tá no Brasil fera …
      Só nessa sua cabeça ignorante que acha que só existe medico de escola publica
      nao dá nem pra começar um diálogo contigo

      Vc deve tá bem preocupado com o interior ai no seu computador usando WIFI que alguma operadora forneceu aí na sua humilde residencia né “Companheiro” demagogo ???.

    2. Flávia

      Deve ser assim para os engenheiros, que também tiveram os estudos bancados pelos impostos de trabalhadores. Para eles, pouco deve importar se as pessoas morrem em acidentes causados por rodovias mal planejadas, mal executadas e sem sinalização. Talvez seja bem começar a importar engenheiros de Cuba. S, F.Almeida, onde você fez o primeiro grau?

  12. Matheus

    Nossa como você é desinformado… Para não dizer ignorante e ter o comentário censurado. Talvez, no mundo de bob…

  13. perola

    para todos que escrevem sem conhecer nada da nossa vida: EU trabalho no interior de Sergipe a 180km da minha casa e meu salário é 6000 reais por mês. Foi o único concurso que apareceu em 9 anos que me formei. Esse hospital que eu sei que não existe porque conheço todos esses do interior de AL provavelmente não paga esse valor porque LUGAR NENHUM EM ALAGOAS PAGA ESSE VALOR! Se tem médico desonesto e que faz esquema? claro que sim. Isto é defeito de pessoas, não da classe. E toda a generalização é burra. dê-nos as condições trabalhistas previstas na Constituição e condições de trabalho, o que não existe em canto nenhum (tudo emprego de boca, sem nenhum direito trabalhista) e, se não houver médico, aí vocês terão o direito de achar todos estes conceitos que vocês foram doutrinados pela mídia a pensar. Médico é apenas mais um funcionário, a situação do SUS nem de longe é culpa dele, não é ele quem compra, quem arrecada, quem planeja. Agora fazer um programa pra você levar sua família ao interior sem estabilidade, sem plano de carreira, com dia pra começar e terminar, sem férias, décimo terceiro, sem FGTS, sem INSS, sem todos estes direitos que as empregadas domésticas com toda a razão conseguiram e acusar o médico de ser mercenário??? Somos todos seres humanos, ninguém vira monstro porque fez um vestibular e cursou uma faculdade. Só queremos ser tratados como qualquer cidadão brasileiro, com nossas obrigações e (por que não) direitos como manda a Lei vigente.

    1. Suzana

      Você está dizendo que não existe o hospital que falei? então procure ver quanto ganha um plantonista do hospital São Vicente de Paula (União dos Palmares). Não gostaria de ter mencionado o nome, mas você me forçou ao tentar me desmentir.

      1. perola

        Eu já trabalhei lá. Quando querem te pagar (atrasam muito) NÃO É ESSE VALOR! Não tem contrato, férias, décimo terceiro. Não disse que você mentiu, alguém mentiu pra você.

        1. Suzana

          Atrasos infelizmente podem acontecer e não é só para os médicos, tenha a certeza disso! A pessoa que me falou é de la de dentro, não acredito que tenha mentido não. Eu não sei quando foi que vc atuou la, mas isso é recente (não sei nem se a tal vaga ja foi preenchida). Ah! a gestão la mudou tem pelo menos uns 3 anos.

          1. Suzana

            Ah… as vezes pode atrasar um pouco, mas pagam! na gestão anterior foi que houve um perrengue, mas agora não estão demorando muito não.

  14. tania

    Bob, seu texto causou frisson na classe médica……eles não aceitam serem contrariados, temos muito que fazer para que os postos e hospitais possam dá ao médico poder de resolutividade….mas por outro lado a formação médica é altamente direcionada para ganhar dinheiro nas capitais e fazer especialidades cada vez mais atraentes para o ganho ser maior….o que vemos nos postos são médicos que atendem sem um pingo de humanização, não ouvem o paciente, não orientam o tratamento e correm para seus consultórios e hospitais onde ganham bem…. por esses dias eu soube que um médico do PSF de Maceió, ganha 14.000 por mes, para atender os dois horários mas não tem nenhum que cumpra a carga horária….será que 14.000 não é um bom salário, visto que ele ainda pode dá plantão a noite e final de semana …. olhe, é complexo!!!! Convivo com essa realidade e me frusta muito o atendimento médico na unidade que trabalho….

    1. Suzana

      Geralmente nunca cumprem a carga horária e olha que nos municípios, os concursados são o que tem o maior salário da folha e a menor carga horaria (geralmente 20h) que se resolvem em uma manhã por semana. Triste realidade…

  15. Tamires Vaz

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    Se isso vale para os comentários, deveria valer para o texto, Sr. Roberto Villanova. Imagino que o senhor tenha família. Pois então, médicos tb tem. São povo antes de serem médicos. Medicina nada mais é do que uma profissão. Generalizar algo tão grave é falta de ética, calúnia e ofensa. Chega a ser criminoso! Fico imaginando o que o senhor faz quando precisa de um médico? Vc fez uma análise mesquinha, vazia e partidária do assunto. Imagina agora se eu começo a dizer que todos os jornalistas são assim? Graças a Deus existem jornalistas que trabalham com seriedade.

  16. William Rafael

    Tenho uma mistura de pena e nojo, de pessoas q ficam escrevendo aqlo q nem passam perto de entender! Se eu fosse jornalista, teria vergonha em te-lo como colega.

  17. Suzana

    Concordo plenamente que todas as pessoas tem o direito de escolher o que for melhor para si! A questão é: FALTAM MÉDICOS SIM! se estão “todos” nas maiores cidades é porque está sobrando mercado! lógico que todo ser humano inteligente vai escolher o que lhe for melhor! só que a partir do momento que as vagas nas cidades grandes fossem preenchidas, naturalmente os médicos iriam atrás de outros horizontes, assim como todos os outros profissionais fazem. Isso é natural da Lei de Oferta e Procura. Tem uma cidade de interior aqui do meu estado (AL) que fica há mais ou menos 1h e meia da capital, tem um hospital de base que está à procura de um médico plantonista há mais ou menos 2 meses e não aparece nenhum!! (pagando 2.500,00 por plantão… isso, por plantão!!) Agora me diga… o mercado da capital deve estar muito bom!!

      1. Flávia

        Tem um hospital… Mas qual a estrutura desse hospital? Tem equipamentos de diagnóstico que funcionem? Ou o raio-x vive quebrado, não existe tomógrafo, não tem laboratório para exames básicos?

        Tem um hospital: mas tem pessoal de apoio? auxiliares/técnicos de enfermagem, enfermeiros, técnicos de radiologia? Ah, mas para quê técnicos de radiologia, se o aparelho de raio-x ão funciona?

        Tem hospital… Mas está sempre faltando água e falta material como luvas, seringas, esparadrapo, gesso… Ah, mas o hospital fica a 1h da capital. Se tiver algum caso complicado, a gente manda de ambulância para Maceió… Sim, mas… E tem ambulância? Tem. Mas ela está no pátio, com os quatro pneus, carecas, arriados…

        Tem hospital que quer plantonistas e não consegue contratar. Ah, mas quanto eles oferecem de remuneração ao médico? E é CLT e com carteira assinada? É concursado? Tem férias, FGTS, recolhe INSS, paga 13º, o médico tem direito a férias? Ah, não. O acerto é para plantão. É informal.

        Tem hospital, mas se o médico se acidentar a caminho do trabalho a vai ter direito nem a um benefício do INSS. E se, dentro do hospital, levar um tiro de um paciente que culpa o profissional pela falta de condições do hospital? Azar o dele, quem mandou ir trabalhar num muquifo fantasiado de hospital.

        Vai você para lá, receber 2.500 por plantão, se expondo a pegar um processo ético pela morte de um paciente pela qual você não tem culpa. Aliás, não vá não. Porque seria exercício ilegal da medicina. Pois se você fosse médica, não teria escrito essas bobagens.

        1. Suzana

          Desde que me entendo por gente, a saúde publica no BR é bastante precária e quem não queria encarar esses desafios, devia ter desistido de ser médico (pelo menos do SUS). O hospital é de União dos Palmares (cede regional do SUS), que atende municípios vizinhos. É um hospital equipado, tem serviço de laboratório sim! Quanto a variedade de equipamentos, eu não sei dizer (e não devem ser muitos pq infelizmente no SUS é assim), mas não importa… a emergência do paciente é emergência e se não consegue atender, encaminha pra Maceió! mas precisa ter alguém que coordene e só os médicos podem fazer isso.

  18. Agenor

    Ah, e Bob, ligue não para eles, são assim mesmo: são agressivos e desrespeitosos quando lhe ferem os brios. Se acham as pessoas mais importantes do universo.

  19. Agenor

    Só é ir no HGE. O que mais tem é médico fazendo esquema, ganhando sem dar plantão. E quando vai, não todos claro, mas boa parte, presta um serviço porco à população. Quando faz greve utiliza um mote: “por melhores condições de trabalho”. Mas é só aumentar o “dindin” que o camarada volta a trabalhar nas mesmas condições. Agora se arvoram de preocupados com a população. Vocês não estão nem aí pro povo!

    1. Suzana

      Com um conselho tão forte, dentro até mesmo do governo, poderiam ja ter lutado por melhores condições ha muito tempo! São tão fortes que no dia seguinte ao veto da presidente sobre algumas pontos do Ato Médico, eles conseguiram “não sei como” fazer com que fossem aprovadas novas regras para os vetos presidenciais!! e os pontos vetados pela presidente Dilma, que são tão polêmicos por impossibilitar a autonomia das outras categorias da saúde ainda poderão ser revistos até agosto. Infelizmente, tanta influência e poder dentro do governo, mas só para situações e$peciais, corporativistas… que visam o monopólio e a re$erva de mercado. Confesso que eu em minha inocência sempre estranhei a falta de empenho do CRM em exigir melhorias para o SUS (rs)… Só agora com as “ameaças” de perda de espaço para médicos estrangeiros, estão “vestindo o jaleco”! Claro que não vou generalizar nunca, pois sei que existem médicos sérios.

  20. perola

    É fácil e cruel culpar o médico pela deficiência no atendimento quando o gestor precariza a estrutura e coloca somente um médico pra atender todo mundo pra economizar salário. Pergunto honestamente: quem de nós todos (pessoas em geral) tendo oportunidade de trabalhar em um serviço organizado, com salario justo e em dia e com volume de atendimento dentro do dimensionamento ao invés deste escolhe trabalhar num ambiente caótico como o SUS? Isso é corporativismo ou sobrevivência? O estresse mata lentamente, todo ser humano procura por qualidade de vida. Admire os médicos que trabalham no SUS, eles fizeram uma escolha que desafia a lógica!

  21. perola

    Essa teoria é muito simples de comprovar: mande o governo equipar e estruturar bem as unidades, montar uma rede eficiente de exames e referencia, fazer concurso como manda a Constituição, com salários dignos (não esse absurdo ofensivo de Limoeiro de Anadia)e plano de carreira. Se, mesmo assim, não tiver médico, aí essa teoria de corporativismo, máfia, corpo mole, arrogância se confirmaria. Você leva sua família inteira pra morar numa cidade distante sem estrutura, sem estabilidade do emprego, com salario a depender do humor do prefeito ou se ele ganhou a eleição? Acho que não. Esse programa mais médicos já tem mais de 9000 brasileiros inscritos, o Governo inventa que é sabotagem. Isso é mais que o dobro que os PSFs de Alagoas pagam ao médico, esses salários de 13 mil, 20 mil e 30 mil só existem na Globo. Eu mesma me inscrevi e não foi sabotagem, tendo vaga eu vou garantir um emprego por pelo menos três anos, nessa gambiarra ilegal do ponto de vista trabalhista, mas que é mil vezes melhor que a situação dos PSFs do Brasil

  22. Dr. Ronaldo

    É, Robertão, depois de comentários brilhantes como estes acima é melhor você começar a escrever sobre outros assuntos, como a história da imprensa alagoana…

  23. Joilson Gouveia Bel&Cel RR

    Complementando o post anterior!
    Amigos, desde quando médico é mágico ou curandeiro?
    Sessenta e seis médicos-mágicos distribuídos, espalhados e pulverizados pelos nossos intestinos sertanejos, semiáridos e agrestes desassistidos e sem ambulatórios ou unidades-de-pronto-atendimento, sem medicamentos e instrumentos ou equipamentos, o que eles farão eles no nosso INTERIOR? MAGIAS? Curandeirismos?
    Mais de SEIS MIL MÉDICOS (ou seriam guerrilheiros escamoteados) egressos de Cuba, somados aos aliados e seus protegidos integrantes das FARCs, que, também, estão infiltrados nesses inocentes, ingênuos e puros movimentos de cidadania – mas que estes infiltrados usam-nos para depredarem, agredirem e assaltarem e saquearem bancos e lojas; notaram? – a massa cidadã não pode se deixar levar por esses anonymus!
    Abr
    JG
    Abrolhos, meu povo!

        1. Cesar

          Aliás … Bem típico a colocação “BURGUÊS” no discurso da demagogia Stalinista autoritária e assassina

      1. Joilson Gouveia Bel&Cel RR

        O que entendes por BURGUÊS, explica-me, por favor, sim!?
        Não quero que anuas e nem divirjas até por que não postei para te agradar ou ao leitor ou ao bloguista, apenas expressei o meu pensamento com fulcro num direito que ainda é-me garantido, assegurado e prescrito em uma Lei Maior chamada de Constituição Cidadã, pelo nosso inolvidável UG. Só isso!
        Abr
        JG

  24. pontes

    Não acredito que seu patrão permita que vc escreva tanta besteira junta.
    Se vc acha que consultar debaixo de árvores é normal, é porque vc es-
    creve numa mesa de bar…

  25. Rogério Santos

    Sinceramente, eu não consigo acreditar que a pessoa que redigiu um texto deste se intitula jornalista. Assim é desmoralizar sua classe. Pois bem, senhor Villanova, vamos aos fatos: Atender pacientes embaixo de árvores, em colchões no chão de hospital, em ambulatórios em que o teto ameaça desabar são situações que devem participar do mesmo mundo ideal onde se ingere carne oriunda de matadouros imundos, onde os animais são abatidos no chão; em escolas que oferecem merenda vencida ou que as aulas são dadas com alunos no chão por falta de cadeiras. Eu, meus colegas médicos e toda a população do Brasil com certeza não querem isto. Nós fugimos da periferia para não ser assaltados ou agredidos como acontece com a população destas localidades também têm vontade de não estar lá (só que a condição econômica não deixa). Essa fala é própria dos hipócritas, e mais parece uma aproximação política. Querer trabalhar em condições ideais deveria ser o objetivo a se procurar. E não se encarar como lampejo de elitismo. O sr. deveria ler mais profundamente… Este é o papel de um bom jornalista e não achincalhar uma categoria. Bons e péssimos profissionais existem no mundo todo. A classe médica não quer impedir a vinda de médicos estrangeiros. Nós queremos apenas que para ele atuar no país ele passe pela avaliação de currículo e conhecimento necessário e evitar a burla que o governo quer empregar.

    1. Roberto Villanova Post author

      Caro Rogério: no regime comunista o profissional vai trabalhar onde o governo mandar. No regime capitalista, nós temos esse direito inalienável de escolher onde, quando, como e com quem queremos trabalhar. O médico tem todo esse direito de escolher onde trabalhar, mas não tem o direito de impedir a população de ter assistência médica. Essa é a questão. Ninguém briga por melhores condições de trabalho – isso é um blefe. Briga-se é por dinheiro. Aliás, o grande médico Adib Jatene já disse que o Brasil precisa de médico especialista em gente. E é a pura verdade. Grato pela participação.

      1. Leopoldo

        O senhor realmente acha que a briga é só por dinheiro? O que a classe médica briga, é pela melhoria do ambiente de trabalho. E essa melhoria do ambiente, reflete em como o paciente é atendido. O senhor realmente acha que seria bom que Unidades Básicas de Saúde fossem em uma árvore? O que nós brigamos, é para que o paciente possa ter um acolhimento de qualidade, facilidade em realizar exames, e facilidade de encaminhamento para outras especialidades, quando necessário. Vocês pensam que o médico só pensa no dinheiro, realmente tempos que pensar no dinheiro pois temos contas a pagar e não somos nenhum discípulos de Francisco de Assis, o senhor trabalha de graça? Para o senhor trabalhar, provavelmente precisa de, pelo menos, um acesso a internet, um computador, conseguiria ter esse seu blog sem isso? Então, antes de jogar pensamentos em uma rede, se informe com quem realmente passa pelo problema.
        Att.

      2. Guilherme Napp

        Prezado Roberto, permita-me respeitosamente (ao contrário do articulista) discordar do senhor, na posição de médico que atuou por muitos anos no SUS. A questão central desta discussão é que o governo está tentando jogar no colo dos médicos anos de falta de investimento em políticas de estruturação do SUS e das carreiras da área da saúde. O objetivo não é melhorar a situação da população que não é atendida, o que seria possível com um plano de carreira e investimentos em infra-estrutura e organização do SUS. É apenas ajudar o Padilha a se tornar governador de São Paulo e a Dilma a sair do buraco em que ela se meteu.
        Se os médicos fossem mercenários como o senhor dá a entender, aceitariam remunerações altas para fingir que estão fazendo alguma coisa e iriam para lugares sem estrutura. Mas quem consegue superar todas as dificuldades e se graduar em Medicina, valoriza muito seu diploma e quer fazer o melhor para seus pacientes – o que nos dias de hoje requer meios.
        Só para ajudá-lo a entender nossa profissão, baseado em um parágrafo do seu texto: um médico que constata uma situação grave, ao contrário do que o senhor afirma, tem obrigação legal de acompanhá-lo até a transferência ou garantir que a transferência seja acompanhada por outro médico, até o destino do paciente. Essa exigência explica a proliferação de serviços de remoção médica, um dos subempregos que mais contrata médicos que não conseguem uma vaga em programas de residência médica ou que não conseguiram posições melhores no mercado. Caso o médico julgue que não necessita de acompanhamento médico na remoção, pode ser acompanhada por outro profissional de saúde. E isso, quando ele consegue vaga para transferir, que também é uma obrigação do médico que atendeu o paciente. Tem que passar o caso para o colega da outra ponta antes da transferência ou para uma Central de Regulação. Tudo muito complexo. E invariavelmente, ao contrário do que o senhor imagina, estas vagas são raras no sistema público, e o paciente fica sendo atendido fora do ambiente ideal por horas, dias, semanas – muitas vezes morrem sem ter conseguido a vaga. O médico pode até ser inocentado em eventual processo, mas terá que se defender na justiça, gastar com advogados (pois na maioria das vezes estes processos têm Assistência Judiciária Gratuita, e quem paga as custas da defesa são os réus) e se desgastar… Para solucionar as transferências, o que os gênios inventaram? Já ouviu falar em vaga zero? Mais um absurdo que os gestores criaram para acabar com um problema sem atacar as causas. Procure informações a respeito…
        Acredito que seu problema não seja má-intenção, apenas falta de informação.
        Cordial abraço.

      3. Gabriel

        Nossa, quanta ignorância em tão poucas palavras:
        “Com exceção do anestesista e do cirurgião, os demais profissionais médicos não precisam de hospital para trabalhar. A consulta pode ser feita embaixo de uma árvore ou no banco da praça.”
        Já pensou em um exame ginecológico ou proctológico em plena praça pública?
        Meu querido, não julgue uma classe profissional que, assim como todos as outras, tem o seu respeito, dignidade e suas “frutas podres” também.
        A verdade é que, a classe médica questiona de maneira geral porque que esses “profissionais” não serão submetidos ao REVALIDA, que serve para TODAS AS PROFISSÕES que tiveram seu diploma obtido no exterior, independente do país, e pedem também melhores condições de trabalho, a algum absurdo nessa exigência?

        Muito se critica os médicos, mas poucos sabem que é uma classe que NÃO POSSUI DIREITOS TRABALHISTAS, sofre CALOTE por inúmeras prefeituras, operam uma PROFISSÃO DE RISCO diariamente e, acima de tudo, são profissionais como qualquer outro, são pessoas como qualquer outra.
        Amigo, leia! Seja primeiro imparcial, estude, saiba de esta acontecendo; frequente hospitais, postos de saúde; conheça médicos, pacientes; para que em seguida, formule sua opinião.
        Abraço, te desejo muita leitura e que tenha mais respeito!

  26. marcilio barros

    O texto do bloguista não me surpreende , junta a falta de conhecimento da matéria com a necessidade de agradar seus empregadores , pois como ele mesmo disse em postagem anterior ¨não existe jornalista independente ¨.Que Deus lhe dê juízo .

  27. Paulo

    Caro bloguista, respeitarei sua idade, pois pela sua foto sei que já passas dos 65 e muito. Como médico que sou, pergunto se o senhor fosse examinado embaixo de uma árvore deixaria o médico fazer um simples exame local, o exame de próstata? É um exame bem simples, ou fazer um exame físico de nódulo de mama em sua esposa, filha ou nora, na frente de todos que estariam ali para serem consultados? Falar é fácil, principalmente para quem trabalha com uma caneta ou computador. Na frente de batalha é que os problemas aparecem. De que adianta atender se não pode-se fazer um simples exame de laboratório (fezes, sumário de urina). O tempo que se fazia medicina só com caneta e papel acabou, porque quando o médico erra o diagnostico o paciente é quem sofre. Quando o jornalista fala ou escreve uma inverdade o injuriado vai a justiça e é dado o direito de resposta, que não será lido por quem leu a inverdade. O paciente com o diagnóstico errado, perde tempo no seu tratamento.

    1. Roberto Villanova Post author

      Caro Paulo: isso mesmo. Sou sexy. Sexagenário, claro. E jogo futebol todas as segunda-feiras. Me cuido, claro. Como pimenta desbragadamente e tudo o que for cítrico, que é para afinar o sangue, queimar gordura e prevenir a gastrite. Sério! Alho, cebola, tomate e pimentão são deuses para mim. Mas não sou natureba não: adoro feijoada ( todo sábado), rabada, buchada, cerveja e pinga. Não bebo uisque porque, ao contrário do que dizem, não é bom para o coração não. É destilado. São sabedorias de velho, entende?

      1. Bruno Lisot

        ficou sem resposta e desviou o assunto, não esperava menos do autor ao ler o texto que escreveu…

        1. Roberto Villanova Post author

          Gente! Eu não discuto o direito de escolha. O profissional, seja médico, engenheiro, jornalista, o que for, tem o direito de escolher onde, quando, como e com quem trabalhar. Isso é um direito que eu não discuto, porque até hoje eu só trabalho onde eu quis. O que está em discussão é o movimento para impedir que outros vão trabalhar onde eu não quero ir. Aí, não.
          Aí é desonestidade.
          E sabotar o projeto, aí já é crime.
          Ninguém quer saber se a população está sendo assistida; se a população está sendo atendida; se a população tem médico. E por que não se discute isso?
          Ah, já sei. Falta condições de trabalho…
          Condições de trabalho falta para todo mundo e isso, ó, desde quando o Mar Morto ainda não tinha morrido.
          É isso.

          1. Marcos

            Mas que prova há no momento que há sobotagem? Quem, em sã consciencia, em um pais como o Brasil, perderia a chance de ganhar um salario de R$10.000 ? Garantido por 3 anos pelo governo federal, nao essas gambiarras de prefeitura… Td mundo esta se inscrevendo para garantir a possibilidade de escolher, é logico! Agora se os medicos nao se inscrevessem eram playboys, se se inscrevem é boicote… aí é dificil… Os salarios de 30.000 nao existem! Ou melhor, até existem, mas para esses medicos q vc ve na TV e tratam celebridades, nao para a grande massa de medicos!

          2. Cesar

            Repito o comentario abaixo … que o Blog nao deu opçao de resposta

            Qual é a condicao que o senhor presume que houve sabotagem ???

            O senhor é cabo eleitoral do Padilha ???

            Deve ser … pois acredita e DIVULGA o que ele fala

            Nunca ouvi falar do senhor …

            E se nao ouviu falar de mim … ainda bem

            Pois ao contrário de vc nao faço esforço pra isso

  28. Ana Carolina

    Se um neto seu, meu caro, entrar em insuficiência respiratória, você vai querer que o médico diagnostique embaixo de uma árvore ou em um local com estrutura para prestar socorro à ele? Não sou médica, mas fiquei extremamente indignada com a sua matéria. A função do jornalista não é MENTIR pra população falando que os médicos se recusam a atender os pobres. Quem faz medicina faz por amor à vida, e como preza pela vida quer que TODOS tenham o mínimo de assistência. Médicos não são super-heróis, e é frustrante não salvar uma vida por falta do básico. Quer entender como funciona a saúde no interior? Pergunta pra um médico de lá quantas vidas já foram perdidas por falta de RECURSO. Quantas crianças morreram por DESIDRATAÇÃO. Repense seus conceitos.

  29. tania

    Concordo em parte com vc…..mas é preciso equipar hospitais e postos de saude, não podemos ter medicos sem o minimo necessario, no posto de saude ele precisa de medicamentos, balanças, maca, material como luvas, mascaras e etc…e daí ele avalia e ou resolve aquele caso ou encaminha para o hospital mais proximo e é isso que não temos….vem tudo para o HGE!!!!!Ser medico em municipios pobres exige sacrificio e isso os medicos brasileiros não querem…..levar sua familia, seus filhos para estudarem nas escolas publicas do municipio, jamais…..então eles só querem ficar na capital, pegar um plantão aqui e ali, sem garantia nenhuma mas ganham dinheiro e estão na cidade…. é complexo, desde a formação o estudante de medicina é direcionado a fazer uma residencia que na volta ele já tenha o local garantido para ganhar dinheiro…. e as equipes vendem o lugar pra quando ele chegar, é uma verdadeira máfia…..vi “in loco”!!!!

  30. Valdeck

    Desde que o Brasil tornou-se República, que a elite domina e predomina no poder e na política brasileira, onde apesar de deixarmos a monarquia de lado, ainda temos entranhado nos meandros políticos os privilégios. E quem participou das armações e arrumações que destinaram o Brasil ao que somos hoje? A elite brasileira e profissionais liberais, leia-se advogados, médicos, engenheiros, administradores que tinham em suas mãos o destino desse país.
    Arvorado nesse princípio, continua até hoje, e olhe que estamos no século XXI, as categorias profissionais que estão estratificadas nos patamares mais altos. Isso é algum demérito? Deveria ser o contrário? Não. Só não deveria haver estratificação, porque quando fica como está, só algumas categorias tem acesso, portas abertas, e todos os privilégios que o jaleco ou a toga confere. Pois bem, estamos falando de séculos, portanto, para quebrar um paradigma precisará de forças e estratégias hercúleas para mudar o hábito que a classe médica carrega até hoje. Por exemplo, Qual o médico servidor das três esferas públicas que cumprem sua carga horária integralmente? Qual médico, servidor público que tenha um atendimento humanizado e preventivo nos postos de saúde, ambulatórios, PSF? A carga de trabalho é excessiva? Concordo. Não há material e recurso? Concordo. Há sucateamento de hospitais, PA´s? Concordo. Só não concordo que haja muito médico no serviço público concentrado nas capitais e que mal completam suas cargas horárias. E qual a solução? Ou enfrenta-se o controle de ponto da categoria, ou de fato, chama quem está disposto a trabalhar e atender a população que é o alvo do serviço público tanto nas capitais quanto no interior do país e se nenhum médico nacional quiser, que venham estudantes ou estrangeiros. Todo mundo reclama que o Brasil tem de mudar, mas quando se quer mudar de fato, ninguém quer largar a confortabilidade de seus privilégios trabalhistas.

  31. Joilson Gouveia Bel&Cel RR

    Posto aqui o que postei noutro Blog semelhante!
    O blog do amigo parece ser ou seria ou é mesmo uma “sucursal” daquilo que chamas de “governo da Dilma”? É dilMAIS da conta, como fala um mineirinho que conheci!
    Amigo, há quanto tempo vocês exercem o poder e somente agora é que resolveram cuidar da Saúde e, ainda assim, somente irão INVESTIR até 2015 no anunciado e tal Programa “mais médico mais saúde”? Tudo está ainda por fazer; nada concluído? Salvo os desvios e saques ao Erário e as DOAÇÕES GEENROSAS como o nosso Erário para a caterva socialistas latina e africana?
    Até lá, ela, a “nossa mãe” e o seu antecessor – que anda mais escondidinho que “O Sombra” e ninguém ver sua sombra -, serão atendidos e tratados nos “Sírios-Libanês”, “destipaís (como vociferava o “molusco”) e, também, os demais integrantes de seus TRINTA E NOVE ministérios. Isso sim! Pode dizer aberta, clara e positivamente: NUNCA ANTES NA HISTÓRIA MUNDIAL, E NÃO SÓ “destipaís”, TIVEMOS TANTOS MINISTROS, SECRETARIAS E AGÊNCIAS REGULADORAS e para nada, pois nada ou quase nada funciona (Ah! Quanto o Padilha DOOU para a construção de um Hospital na Faixa de Gaza? Sabes? Se sim, informe aos seus leitores)
    Amigo, desde quando médico é mágico ou curandeiro?
    Abr
    JG

  32. Agenor

    Parabéns pela atitude. Será que todos estão errados e só os médicos certos? Não querem ir para o interior, não querem que os fora vão, não querem que os outros profissionais atendam onde não tem médico. Eles estão pouco se lixando pro povo, só querem saber de dinheiro e vaidade!

  33. Kaio Tosta

    O excelentíssimo jornalista perdeu uma bela chance de se calar. Matéria extremamente parcial, possivelmente comprada… Vá você fazer jornalismo no fim do mundo com um bloquinho de papel e uma caneta na mão. Espero que quando tenha um infarto seja atendido por um ótimo médico estrangeiro embaixo de uma arvore sentado num banquinho. Antes de falar besteira vá o senhor ao interior do país conversar com os médicos que lá estão e saber se as coisas são como nesse seu comentário preconceituoso, pra não dizer que foi no mínimo idiota.

  34. Maria Laura

    “Se o caso é grave, o médico encaminha o paciente para o hospital e o deslocamento não é da conta do médico. O papel dele termina com o diagnóstico”

    Primeiro, nem todos os diagnósticos são possíveis de ser elucidados numa consulta em baixo de uma árvore.
    Segundo, de que tipo de médico estamos precisando mesmo? Desse que faz o diagnóstico, e depois diz “nao é problema meu”? Por favor, estamos precisando de atenção básica, atenção integral, uma rede articulada, e não dessa coisa fragmentada que não vai levar a lugar algum!

    Médico que é médico quer fazer as consultas e diagnósticos, e fornecer aos seus paciente um mínimo de condições para a instituição de uma terapêutica adequada.

    Seja médico e me diga a sensação de fazer um diagnóstico e saber que daí pra frente não há nada a ser feito (nas situações em que a medicina já contempla avanços para a solução, mas as condições não permitem)

  35. Hugo Rodrigues Almeida

    Caro Roberto Villanova,

    antes da falar essas atrocidades como: atender embaixo de uma árvore ou em uma praça pesquise a realidade. O paciente que chega grave de ser submetido à um exame clínico e laboratorial direcionado a anamnese feita sobre aquele paciente. você precisa estabilizar um paciente antes de encaminhá-lo e isso não funciona do jeito que você acha que é. se um paciente morrer a caminho de outro hospital por falta de atenção é o médico que o atendeu que será o primeiro a ser processado. Precisamos de estrutura para internar pacientes, precisamos de medicação pra curar ou palear alguém. Não é você que está todo dia lá ouvindo mais de 100 pacientes reclamando do calor, por estar no corredor, por faltar medicamento, por uma cirurgia demorar tanto por falta de equipamento.

    Você por EXEMPLO não sairia de sua cidade onde você ganha 8 mil, onde tem conhecidos, casa própria, família, os hospitais tem o que é preciso para a população, para ir para um lugar onde você ganha a mesma coisa, não conhece ninguém, os hospitais são um lixo e ainda terá que pagar aluguel e que você não sabe quando o prefeito ou secretário de saúde te demitirá. Você sairia? O que o ser humano quer é estabilidade e não é isso que ocorre hoje para os médicos.

    Imagine você saindo com sua família, de sua cidade, onde tem pediatra e vai trabalhar em um interior onde falta tudo. Teu filho passa mal. Você poderia tratar dele, mas é algo que falta no hospital daquela cidade. Você tem pouco dinheiro para levar seu filho para outra cidade. Porque comprou uma casa para morar nesse novo lugar. Digamos que leve para fora, quando você chegar já não tem mais emprego por que faltou ao serviço. Nós médicos pensamos no nosso futuro também.

    Não diga asneiras para todos sem ter pelo menos ouvido o outro lado da história. Sem conhecer a realidade médica, sem conhecer o fundamento em que somos formados onde o principal é a vida. Quero, pelo menos, exercer minha profissão com dignidade.

    Você não tem noção o tanto que é ruim perder alguém sobre seus cuidados e ter que avisar os familiares sobre isso. Ainda mais se possuíssemos o material e a estrutura necessária para salvar aquela vida.

  36. José Eurides Liberalino

    Só de uma mente brilhante como a sua, poderia imaginar que é só olhar para o paciente embaixo de uma árvore, e com o “olhometro” dar um diagnóstico de qualquer doença e encaminhá-lo para o hospital, fazendo a famosa “empurroterapia”, Dessa forma só um diagnóstico a ser dado, que é o anatômico de um pequeníssimo cérebro que teve tal pensamento utópico.
    Por que não oferecer essas mesmas condições de trabalho aos juízes, promotores, delegados, presidentes, senadores, etc. Uma vez, que, no seu pequeníssimo raciocínio, necessitam apenas de canetas?

  37. Ticiano Sindeaux

    “Se o caso é grave, o médico encaminha o paciente para o hospital e o deslocamento não é da conta do médico. O papel dele termina com o diagnóstico.”

    Ve-se daí um enorme desconhecimento quanto àsresponsabilidades mmédicas. TTeoricamente todos os pacientes graves que precisem ser encaminhados para um hospital, precisam do médico para o transporte.
    Outro fator que mostra total parcialidade na opinião desse falso moralista está no fato de achar que para exercer a medicina não é preciso de um mínimo de estrutura. Aposto o quanto quiser que pra ter conseguido escrever um texto tão ruim, preconceituoso e falacioso, deve ter escrito em uma prancheta, no meio do sol, ao lado de um carro de som com o leiteiro gritando e a feira livre acontecendo na sua frente.
    Então já sabe como nós nos sentimos.

    Att

    Dr. Ticiano Sindeaux

  38. Leonardo Savassi

    Citando o texto: “Com exceção do anestesista e do cirurgião, os demais profissionais médicos não precisam de hospital para trabalhar. A consulta pode ser feita embaixo de uma árvore ou no banco da praça.”

    Infelizmente todo mundo acha que entende de medicina, inclusive o google e o balconista da farmácia. Para uma boa anamnese o MÍNIMO que o Código de Ética Médica exige é confidencialidade e privacidade. Além disso, para um exame completo, precisamos expor o corpo do paciente ao nosso olhar, incluindo uma iluminação adequada.

    Quando falamos que atendemos sem pia, sem janela, sem iluminação, as pessoas não entendem que isso é insalubre e que o serviço de saúde pode transmitir doenças. Porque por pior que seja, as condições da unidade são piores que as condições de vida de grande parte da população.

    E, por fim, sejamos sensatos: uma parcela considerável das pessoas precisará de exames laboratoriais, mesmo que de rotina, outra grande parcela precisará de especialistas (a título de exemplo, todo hipertenso e todo diabético deve ser submetido a um exame oftalmológico). E o médico não cura por xamanismo ou vodu. Ele cura com medicamentos, alguns comuns outros não, que se não estiverem disponíveis, tornam a consulta médica inóqua.

    Não, o papel do médico não termina com o diagnóstico. Deveria existir longitudinalidade, ou seja, cuidado ao longo do tempo, para que esse médico (de preferência um Médico de Família) veja a pessoa que ele conhece e saiba reconhecer mudanças importantes. O caminho escolhido é o inverso: pega-se um médico recém-formado (Provab), ou um estudante do oitavo ano de medicina, ou um estrangeiro – todos temporários – que verão o paciente uma ou duas vezes e irão embora.

    É preciso discutir a atenção primária com seriedade. Não há Residências Médicas suficientes para todos – em especial de Medicina de Família – e quem é responsável por isto não são as entidades médicas e sim o MEC.

  39. Frederico

    MEU DEUS DO CÉU!
    TEM QUE TER ALGUM FILTRO NA INTERNET! NÃO É POSSIVEL QUE ESSE CARA É JORNALISTA!
    FEZ FACULDADE FILHO? OU SIMPLESMENTE SE INTiTULA “JORNALISTA”?
    ATENDER DEBAIXO DE ÁRVORE?
    IGNORÂNCIA! IGNORÂNCIA! IGNORÂNCIA!

  40. Raymundo Fagner

    Nunca li tanta asneira em um só texto. Inacreditável como pessoas “instruídas” conseguem tentar manipular com argumentos tão pífios. Me tomas como um tolo?

    “Com exceção do anestesista e do cirurgião, os demais profissionais médicos não precisam de hospital para trabalhar. A consulta pode ser feita embaixo de uma árvore ou no banco da praça.”

  41. Antonio de Padua Cavalcante

    Lamento a matéria.Preconceituosa e desrespeitosa com os profissionais que, com responsabilidade e dedicação, fazem da medicina seu labor.Nenhuma entidade médica endossa a conduta reportada.Máfia, bem sabe o autor são outras, que saqueiam o erário.Atender debaixo de uma árvore, só pode ser piada.Temos nosso valores morais e não aceitamos estas medidas autoritárias.Coloque um cozinheiro e não lhe forneça alimentos para o preparo das refeições.Nada será feito.Precisamos de hospitais, um sistema estrutura de atenção básica e com unidades que taendam a população.Necessitamos de salários dignos e de uma carreira estabelecida em lei.

    1. Leonardo Savassi

      Citando o texto: “Com exceção do anestesista e do cirurgião, os demais profissionais médicos não precisam de hospital para trabalhar. A consulta pode ser feita embaixo de uma árvore ou no banco da praça.”
      Infelizmente todo mundo acha que entende de medicina, inclusive o google e o balconista da farmácia. Para uma boa anamnese o MÍNIMO que o Código de Ética Médica exige é confidencialidade e privacidade. Além disso, para um exame completo, precisamos expor o corpo do paciente ao nosso olhar, incluindo uma iluminação adequada.
      Quando falamos que atendemos sem pia, sem janela, sem iluminação, as pessoas não entendem que isso é insalubre e que o serviço de saúde pode transmitir doenças. Porque por pior que seja, as condições da unidade são piores que as condições de vida de grande parte da população.
      E, por fim, sejamos sensatos: uma parcela considerável das pessoas precisará de exames laboratoriais, mesmo que de rotina, outra grande parcela precisará de especialistas (a título de exemplo, todo hipertenso e todo diabético deve ser submetido a um exame oftalmológico). E o médico não cura por xamanismo ou vodu. Ele cura com medicamentos, alguns comuns outros não, que se não estiverem disponíveis, tornam a consulta médica inóqua.
      Não, o papel do médico não termina com o diagnóstico. Deveria existir longitudinalidade, ou seja, cuidado ao longo do tempo, para que esse médico (de preferência um Médico de Família) veja a pessoa que ele conhece e saiba reconhecer mudanças importantes. O caminho escolhido é o inverso: pega-se um médico recém-formado (Provab), ou um estudante do oitavo ano de medicina, ou um estrangeiro – todos temporários – que verão o paciente uma ou duas vezes e irão embora.
      É preciso discutir a atenção primária com seriedade. Não há Residências Médicas suficientes para todos – em especial de Medicina de Família – e quem é responsável por isto não são as entidades médicas e sim o MEC.

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