A presidente Dilma deve encaminhar nesta terça-feira 2 a proposta dela para a solução da crise que veio das ruas e assustou as autoridades.
Trata-se de uma solução bolivariana, ou seja, rigorosamente no estilo Hugo Chavez.
Não é uma solução 100% dela, mas ela aprovou. Na verdade, a solução saiu da reunião com o ex-presidente Lula e o ministro sem-pasta João Santana, o 40º ministro do governo.
Quando eclodiram as agitações de rua, a presidente viajou para São Paulo e se reuniu com o Lula e o João Santana – que é na verdade marqueteiro.
Mas, igual à maioria dos marqueteiros que não se reciclaram, Santana se tornou obsoleto porque desdenhou da Internet – e quem desdenha da Internet é deletado.
O plebiscito nada mais é que a solução bolivariana. No caso do governo brasileiro é mais complicada, porque não se trata de decidir sobre o sim ou o não.
E o governo não sabe direito o que vai perguntar mesmo à população.
Outro detalhe que torna a solução bolivariana mais complicada é que, de acordo com a Constituição brasileira, qualquer alteração na regra do jogo só pode ser aplicada 1 ano antes da eleição.
Ou seja: o prazo que se tem é até o final de setembro para realizar o plebiscito e tornar o resultado em lei, a fim de que possa vigorar já na eleição de 2014.
Senão…
A presidente Dilma parece perdida. Ela se cercou de uma assessoria chinfrim e imagine que o ministro da Educação é o porta-voz político do governo.
E enquanto o ministro da Educação está fazendo o papel de porta-voz político do governo, a sociedade nas ruas está pedindo educação pública de qualidade.
A solução bolivariana que a presidente Dilma vai apresentar dividiu o Congresso Nacional; a oposição fala abertamente e a base aliada resmunga contra pelos corredores.
Interessante é que, muitas das reivindicações que o povo faz nas ruas, estão com as soluções de pronto atendimento em banho-maria no Congresso Nacional. E sabe por quê?
Porque o próprio governo não tem interesse em atendê-las.
Essa turma, infelizmente para os brasileiros, é o “C_ _ _ do cavalo que o bandido roubou do índio…” Não há como esperar atos em benefício.