Por que é tão fácil assaltar bancos?
   18 de abril de 2013   │     13:40  │  1

O lendário Jesse James se iniciou no crime por uma causa nobre, digamos assim; em meados do século 19 uma empresa ferroviária no Oeste dos Estados Unidos desapropriou as terras da família e causou a revolta dos James.

Jesse começou matando e depois passou a assaltar bancos, porque precisava de dinheiro para  se manter e ao bando.

Fez fama e fortuna e morreu assassinado por um fã que ele havia dispensado do bando por ser muito jovem; quando o jovem se tornou adulto o matou.

E assim, apesar das estripulias que fez e dos crimes que praticou, jamais foi alcançado pela mão da lei; Jesse James nunca foi deputado nem nos Estados Unidos existe impunidade para político, mas teve  os afagos da lei que deveria puni-lo.

Jesse James morreu, mas acho que ressuscitou em Alagoas; não é possível tantos assaltos impunes a bancos, e isto não é de agora.

Também não é possível alguém assaltar bancos em Palmeira dos Índios ou em Mata Grande, porque a topografia não favorece – exceto se, como aconteceu no assalto à agência do Banco do Brasil em Palmeira dos Índios, em 2003, houver uma “brecha”.

No assalto à agência do BB em Palmeira dos Índios, em 2003, houve uma “brecha”: a viatura policial que todos os dias ficava estacionada na porta do banco, no dia do assalto, não estava lá. Essa brecha pode ter sido uma colaboração involuntária, pode ser; pode ter sido uma falha, pode ser.

Mas a falha facilitou o assalto.

E também teve o seguinte: todos sabem que, num episódio desses, o mais difícil para a imprensa é conseguir alguém disposta a contar o que viu. A exceção foi no assalto à agência do BB em Palmeira dos Índios, quando uma testemunha muito solícita e cheia de detalhes se ofereceu para reproduzir o que viu à equipe da TV Gazeta.

Estranho…

E veio depois: a autoridade que apareceu de helicóptero sobrevoou Canafístula e por lá se demorou quase 1 hora, embora a rota de fuga dos assaltantes fosse outra; os assaltantes fugiram para Quebrangulo e daí…

Há muito de estranho nesses assaltos a bancos e só pode ser o Jesse James. Recentemente, foi comunicada a prisão de “um bando de assaltantes” de bancos no Sertão e todos lisos. Devem fazer parte do bando do “Eliseu”, pois sequer a borrachinha para prender dinheiro foi apresentada como prova. Nem as armas.

Depois disseram que não eram assaltantes de bancos e sim ladrões de carro e traficantes. E também não apresentaram as provas.

E os assaltos a bancos continuam. Alagoas ensinou ao resto do país que o maçarico e a dinamite podem ser usados para retirar dinheiro dos caixas eletrônico sem o cartão e a senha, e ninguém nunca foi preso por isso.

A agência do Banco do Brasil em Boca da Mata bateu o recorde mundial de assaltos e todos impunes até hoje. Só pode ser obra do Jesse James.

Gente! A Polícia Civil de São Paulo concluiu que os assaltantes de bancos usam tática de guerrilha. De guerrilha não; de guerra. É tática de quem recebeu instrução para tal. E a polícia mineira prendeu dois policiais que, nas horas de folga, assaltavam bancos.

Moral dos assaltos a bancos: o Jesse James pode estar sendo incumbido de combater os crimes que ele mesmo pratica.

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