O lendário Jesse James se iniciou no crime por uma causa nobre, digamos assim; em meados do século 19 uma empresa ferroviária no Oeste dos Estados Unidos desapropriou as terras da família e causou a revolta dos James.
Jesse começou matando e depois passou a assaltar bancos, porque precisava de dinheiro para se manter e ao bando.
Fez fama e fortuna e morreu assassinado por um fã que ele havia dispensado do bando por ser muito jovem; quando o jovem se tornou adulto o matou.
E assim, apesar das estripulias que fez e dos crimes que praticou, jamais foi alcançado pela mão da lei; Jesse James nunca foi deputado nem nos Estados Unidos existe impunidade para político, mas teve os afagos da lei que deveria puni-lo.
Jesse James morreu, mas acho que ressuscitou em Alagoas; não é possível tantos assaltos impunes a bancos, e isto não é de agora.
Também não é possível alguém assaltar bancos em Palmeira dos Índios ou em Mata Grande, porque a topografia não favorece – exceto se, como aconteceu no assalto à agência do Banco do Brasil em Palmeira dos Índios, em 2003, houver uma “brecha”.
No assalto à agência do BB em Palmeira dos Índios, em 2003, houve uma “brecha”: a viatura policial que todos os dias ficava estacionada na porta do banco, no dia do assalto, não estava lá. Essa brecha pode ter sido uma colaboração involuntária, pode ser; pode ter sido uma falha, pode ser.
Mas a falha facilitou o assalto.
E também teve o seguinte: todos sabem que, num episódio desses, o mais difícil para a imprensa é conseguir alguém disposta a contar o que viu. A exceção foi no assalto à agência do BB em Palmeira dos Índios, quando uma testemunha muito solícita e cheia de detalhes se ofereceu para reproduzir o que viu à equipe da TV Gazeta.
Estranho…
E veio depois: a autoridade que apareceu de helicóptero sobrevoou Canafístula e por lá se demorou quase 1 hora, embora a rota de fuga dos assaltantes fosse outra; os assaltantes fugiram para Quebrangulo e daí…
Há muito de estranho nesses assaltos a bancos e só pode ser o Jesse James. Recentemente, foi comunicada a prisão de “um bando de assaltantes” de bancos no Sertão e todos lisos. Devem fazer parte do bando do “Eliseu”, pois sequer a borrachinha para prender dinheiro foi apresentada como prova. Nem as armas.
Depois disseram que não eram assaltantes de bancos e sim ladrões de carro e traficantes. E também não apresentaram as provas.
E os assaltos a bancos continuam. Alagoas ensinou ao resto do país que o maçarico e a dinamite podem ser usados para retirar dinheiro dos caixas eletrônico sem o cartão e a senha, e ninguém nunca foi preso por isso.
A agência do Banco do Brasil em Boca da Mata bateu o recorde mundial de assaltos e todos impunes até hoje. Só pode ser obra do Jesse James.
Gente! A Polícia Civil de São Paulo concluiu que os assaltantes de bancos usam tática de guerrilha. De guerrilha não; de guerra. É tática de quem recebeu instrução para tal. E a polícia mineira prendeu dois policiais que, nas horas de folga, assaltavam bancos.
Moral dos assaltos a bancos: o Jesse James pode estar sendo incumbido de combater os crimes que ele mesmo pratica.
Será que é da região sul?