Assembleia tem servidores fantasmas? Cadê a novidade?
   11 de abril de 2013   │     8:35  │  1

O Mar Morto nem tinha adoecido ainda e já existiam servidores fantasmas na Assembleia Legislativa.

A notícia em forma de estardalhaço sobre irregularidades no Legislativo estadual é a mesma coisa de se propagar a “novidade” de que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.

Mas não pensem que é somente no Legislativo alagoano – municipal e estadual; essa é uma mania nacional, e digo mania porque está no gene dessa geração espontânea.

Começamos assim; é assim o nosso Gênesis.

Tudo começou errado na administração pública brasileira, ou começou como deveria começar para formar a nossa peculiar idiossincrasia – que vem dando certo; afinal, somos os pais do “jeitinho”.

Gênesis:

No começo, lá pelos idos de 1549, a Coroa portuguesa despachou para o Brasil um general que estava desempregado em Lisboa, depois da malograda tentativa de dominar a Índia. Chamava-se Tomé de Souza – que desembarcou em Salvador com o título de primeiro governador-geral.

Trouxe com ele um Regimento de 48 itens, que os juristas apontam como a primeira Constituição do país.

E pasmem! Nessa “Constituição” de 1549 que o rei de Portugal outorgou para Tomé de Souza gerir a colônia constava o modelo do serviço público que vigora até hoje.

É que o Brasil teve funcionário público antes de ter repartição. Com Tomé de Souza vieram 600 servidores públicos recrutados em Lisboa, a maioria deles judeus que tiveram de optar entre a perseguição em Lisboa e a liberdade no Brasil. Vieram sem saber o que realmente iriam fazer.

E quem foi designado para recepcionar a comitiva comandada por Tomé de Souza?

Foi o Diogo Álvares Correia, primo do Pedro Álvares Cabral, e que ficou conhecido como “Caramuru” por contar uma “estória” atravessada da sobrevivência de um naufrágio.

O “Caramuru” se casou com a filha do cacique e reinava na Bahia até a chegada de Tomé de Souza. Dizem que até se assustou com a carta da Coroa; “Caramuru” pensava que era uma ordem de prisão por nunca ter prestado contas ao Fisco real.

Aliviou-se com o pedido do rei para ajudar Tomé de Souza e organizou uma recepção no porto baiano para receber o primeiro governador-geral, 600 funcionários públicos, 300 militares, gado e religiosos.

E assim nasceu o serviço público brasileiro. E assim se disseminou pelos poderes a prática do nepotismo, da sinecura e da dilapidação daquilo que “não é meu nem é teu”, então existe para que todos se locupletem.

Todos, vírgula. Só os que tem “QI” de peso.

COMENTÁRIOS
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  1. ALAGOANO

    PODEMOS CHAMAR FERNANDO TOLEDO DE TOMÉ DE SOUZA? OU DIOGO ÁLVARES? NÃO? ACHO ATÉ, QUE EXISTE UMA SEMELHANÇA NO COMPORTAMENTO DOS DOIS, POIS COLOCARAM O NEPOTISMO EM PRIMEIRO LUGAR, SEM CRITÉRIO NENHUM, DEIXA QUE O GOVERNO PAGA, E HAJA COLOCAR COZINHEIRA, VAQUEIRO, MOTORISTA E AGREGADOS, CRITÉRIO? NENHUM,EU TENHO O OLHO E SOU O REI,, “DAQUI NÃO SAIO , DAQUI NINGUÉM ME TIRA”, E É ASSIM AO LOGO DO TEMPO, ESSES VERMES QUE HABITAM NA ASSEMBLÉIA, TEM QUE , UNTAR COM CREOLINA COLOCAR GASOLINA E TOCAR FOGO . TALVEZ ACABE , QUANTO AOS BEZERROS DA VACA PÚBLICA, PROCUREM UM LAVADO DE ROUPA

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