O Mar Morto nem tinha adoecido ainda e já existiam servidores fantasmas na Assembleia Legislativa.
A notícia em forma de estardalhaço sobre irregularidades no Legislativo estadual é a mesma coisa de se propagar a “novidade” de que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
Mas não pensem que é somente no Legislativo alagoano – municipal e estadual; essa é uma mania nacional, e digo mania porque está no gene dessa geração espontânea.
Começamos assim; é assim o nosso Gênesis.
Tudo começou errado na administração pública brasileira, ou começou como deveria começar para formar a nossa peculiar idiossincrasia – que vem dando certo; afinal, somos os pais do “jeitinho”.
Gênesis:
No começo, lá pelos idos de 1549, a Coroa portuguesa despachou para o Brasil um general que estava desempregado em Lisboa, depois da malograda tentativa de dominar a Índia. Chamava-se Tomé de Souza – que desembarcou em Salvador com o título de primeiro governador-geral.
Trouxe com ele um Regimento de 48 itens, que os juristas apontam como a primeira Constituição do país.
E pasmem! Nessa “Constituição” de 1549 que o rei de Portugal outorgou para Tomé de Souza gerir a colônia constava o modelo do serviço público que vigora até hoje.
É que o Brasil teve funcionário público antes de ter repartição. Com Tomé de Souza vieram 600 servidores públicos recrutados em Lisboa, a maioria deles judeus que tiveram de optar entre a perseguição em Lisboa e a liberdade no Brasil. Vieram sem saber o que realmente iriam fazer.
E quem foi designado para recepcionar a comitiva comandada por Tomé de Souza?
Foi o Diogo Álvares Correia, primo do Pedro Álvares Cabral, e que ficou conhecido como “Caramuru” por contar uma “estória” atravessada da sobrevivência de um naufrágio.
O “Caramuru” se casou com a filha do cacique e reinava na Bahia até a chegada de Tomé de Souza. Dizem que até se assustou com a carta da Coroa; “Caramuru” pensava que era uma ordem de prisão por nunca ter prestado contas ao Fisco real.
Aliviou-se com o pedido do rei para ajudar Tomé de Souza e organizou uma recepção no porto baiano para receber o primeiro governador-geral, 600 funcionários públicos, 300 militares, gado e religiosos.
E assim nasceu o serviço público brasileiro. E assim se disseminou pelos poderes a prática do nepotismo, da sinecura e da dilapidação daquilo que “não é meu nem é teu”, então existe para que todos se locupletem.
Todos, vírgula. Só os que tem “QI” de peso.
PODEMOS CHAMAR FERNANDO TOLEDO DE TOMÉ DE SOUZA? OU DIOGO ÁLVARES? NÃO? ACHO ATÉ, QUE EXISTE UMA SEMELHANÇA NO COMPORTAMENTO DOS DOIS, POIS COLOCARAM O NEPOTISMO EM PRIMEIRO LUGAR, SEM CRITÉRIO NENHUM, DEIXA QUE O GOVERNO PAGA, E HAJA COLOCAR COZINHEIRA, VAQUEIRO, MOTORISTA E AGREGADOS, CRITÉRIO? NENHUM,EU TENHO O OLHO E SOU O REI,, “DAQUI NÃO SAIO , DAQUI NINGUÉM ME TIRA”, E É ASSIM AO LOGO DO TEMPO, ESSES VERMES QUE HABITAM NA ASSEMBLÉIA, TEM QUE , UNTAR COM CREOLINA COLOCAR GASOLINA E TOCAR FOGO . TALVEZ ACABE , QUANTO AOS BEZERROS DA VACA PÚBLICA, PROCUREM UM LAVADO DE ROUPA