A oposição achou o monstro para assustar a presidente Dilma
   28 de março de 2013   │     11:03  │  1

O pragmatismo do PT, inclusive na economia, deixou a presidente Dilma no dilema: crescer ou não crescer, eis a questão!

E como manter o crescimento econômico com o monstro da inflação despertando?

O dilema da presidente Dilma me remete à Universidade Federal de Alagoas, em meados da década de 1970, com as aulas do saudoso professor de Economia I e II Luiz Fernando Oiticica Lima – que ensinava:

-“Para combater a inflação é necessário restringir a liquidez, os meios de pagamento”.

Por liquidez entenda-se o poder de compra e por meios de pagamento o somatório de todo o dinheiro depositado nos bancos, mais o dinheiro no bolso da população – ou embaixo do colchão.

A tônica do PT foi o crescimento econômico, a geração de empregos, a expansão do crédito. E o crédito expandiu tanto, que é possível comprar um carro como quem compra fubá fiado na bodega do bairro.

E assim, pelas aulas sábias do Luiz Fernando, não dá para manter o monstro dormindo. A inflação é igual ao crime – que ninguém acaba e sim controla. Qualquer vacilo e o monstro da inflação desperta do seu sono que não é letárgico.

A oposição aguça o despertar do monstro, ora atacando a Petrobras, ora espalhando que o governo não vai mexer na taxa de juros – que seria, no ensinamento do saudoso Luiz Fernando, restringir a liquidez.

De fato, para quem quer se reeleger em 2014 trata-se de uma medida antipática. Além de antipática, vai de encontro à política econômica e ao pragmatismo econômico do PT; seria a mesma coisa que reconhecer ter seguido o caminho errado.

Ou seja: no lugar de expandir o crédito terá agora de restringi-lo; dificultá-lo ao máximo para evitar que a oferta de dinheiro pressione a alta dos preços, como trata a Lei da Oferta e da Procura.

E por falar na sucessão em 2014, a oposição encontrou o mote para fustigar a presidente Dilma; basta fazer ilações sobre as palavras dela e a Bolsa de Valores reage negativamente.

E o pior é que a presidente Dilma, com o pavio curto, engole a corda.

COMENTÁRIOS
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  1. Carlos

    NÃO SOU SIMPATIZANTE DE PARTIDO ALGUM e observei que uma coisa essencial no governo do ex-presidente Lula foi que ele inteligentemente, manteve a política econômica do ex-presidente Fernando Henrique. Com isso e mais a adoção de outras medidas populares (bolsa escola – criado pela falecida D. Rute Cardoso e transformado em bolsa família, vale disso, vale daquilo, etc.) fez um bom governo. E aí, a presidenta Dilma também querendo ser populista, cria Brasil Carinhoso, etc. e esquece que a moeda tem 2 lados. O problema não é só agradar a pobreza. Tem que saber gerir o outro lado que é a pollítica econômica a qual dar suporte a todos os projetos do governo. Como Lula e Dilma nos governos só viveram a “fase boa”, quando “a coisa” dar um sinal de alerta, ela não tem estrutura emocional e aí, já começa a mostrar o outro lado da Dilma. Tem um ditado que diz : “NÃO HÁ BEM QUE SEMPRE DURE E NÃO HÁ MAL QUE NUNCA ACABE”. Te cuida PT.

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