Ministro se licencia e PP pede para não ligá-lo a Bolsonaro
   26 de setembro de 2022   │     15:52  │  2

O ministro do Gabinete Civil, Ciro Nogueira, pediu licença de uma semana na reta final da campanha eleitoral, e o seu partido, o PP, entrou com ação na justiça pedindo para os adversários não citarem que pertence à base do governo Bolsonaro.

Os estranhos pedidos – o ministro do Gabinete Civil é o principal articulador político do governo -, assemelha-se a “jogar a toalha” em meio à luta. O pedido do PP para não ser citado como da base de Bolsonaro foi feito à justiça no Piauí, reduto de Ciro Nogueira.

O ministro nega “ter jogado a toalha” e diz que vai trabalhar para reverter os números desfavoráveis a Bolsonaro no seu estado, mas a verdade é que a campanha do presidente à reeleição tem rejeição alta no Piauí – e, por extensão, em todo o Nordeste -, e não há chance de se reverter os números.

Ciro Nogueira, na verdade, está preocupado com a sua reeleição em 2026, e tenta evitar que o ex-governador Welington Dias (PT), que deve se eleger senador, eleja também o governador e se consolide como a maior liderança do estado.

O ministro, agora licenciado, não comentou sobre o pedido do seu partido para não ser citado como pertencente à base do governo Bolsonaro. O pedido foi feito ao Tribunal Superior Eleitoral, mas é impossível dissociar o PP do governo, e a campanha segue no estado mostrando essa ligação.

 

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Do que Bolsonaro se orgulha, nas digitais das mortes por Covid?
   25 de setembro de 2022   │     0:00  │  15

Não sei do que o Bolsonaro se orgulha no combate à pandemia causada pelo Coronavírus, se nos 685 mil atestados de óbitos até agora, têm as digitais indeléveis do seu governo, em pelo menos 200 mil mortes que poderiam ter sido evitadas, conforme já estimaram especialistas em gestão de saúde.

O presidente disse que se orgulha, só não se sabe do quê ele se orgulha.

É só recordar o comportamento do presidente sabotando as medidas preventivas, promovendo a contaminação, fazendo campanha contra a vacina, atrasando deliberadamente a compra de vacinas, e fazendo chacotas com os que se infectavam.

Basta consultar no Google o vídeo do Bolsonaro imitando com trejeitos afeminados, quem  contraiu a doença.

Se o presidente se orgulha desse número macabro, e não fez a mea-culpa, é um grave sinal de falta de compaixão e de solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos, e não há um só brasileiro que não tenha perdido um parente ou, pelo menos, conhecido alguém que perdeu.

Não, não há do que se orgulhar, exceto pelo prazer mórbido diante da dor e de luto alheio. Ainda ecoam as frases do presidente dizendo que não era coveiro, para contar mortos, e “consolando” os órfãos lembrando desnecessariamente que todos vamos morrer um dia.

Tudo isso está ainda muito claro e presente na memória nacional, e somente os estúpidos podem concordar com um governo que defendeu a contaminação para se chegar à imunidade coletiva – um crime contra a humanidade -, e receitou, o próprio Bolsonaro, medicamentos comprovadamente ineficazes e, pior, com graves efeitos colaterais tipo hidroxicloroquina e cloroquina.

Sim, eu sei que na verdade o presidente está preocupado com a imagem que ficou, não só de negacionista e sabotador das medidas preventivas contra a pandemia, mas também das digitais do governo em grande parte dos atestados de óbitos.

Mortes que poderiam ter sido evitadas se não houvesse sabotagem à vacinação e às medidas de prevenção.

 

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Lula aumenta vantagem e pode vencer no 1º turno, diz Datafolha
   22 de setembro de 2022   │     20:30  │  23

– “Você acredita em pesquisa?” -, pergunta Bolsonaro, o candidato que mais gasta com pesquisa de intenção de votos para presidente; até agora, o governo e o PL, o partido de Bolsonaro, já gastaram perto de 3 milhões de reais com pesquisas.

No coral dos idiotas, replica-se a idiotice segundo a qual “o que vale é o data povo”. Também replicam a mentira de que o Datafolha errou nas pesquisas na eleição em 2018, apesar dessa mentira poder ser desmascarada facilmente.

Não por acaso, os pesquisadores do Datafolha estão sendo atacados e até espancados por bolsonaristas desesperados.

Vamos aos números da pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 22, e registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 04180/2022. O Datafolha ouviu 6 mil 754 eleitores em 345 cidades, a maioria no Sul e Sudeste, redutos considerados bolsonaristas.

Lembrando ainda o detalhe: o Datafolha e o Ipec são dois institutos de pesquisas que não trabalham para políticos, e, por isso, estão sendo atacados por bolsonaristas.

O candidato Luiz Inácio Lula da Silva ampliou a sua vantagem e marcou 47 por cento dos votos, seguido de Bolsonaro, estagnado nos 33 por cento, Ciro Gomes com 7 e Simone Tebet, em quarto lugar, com 5 por cento dos votos.

Se a eleição fosse hoje, Lula estaria eleito no primeiro turno porque obteve 50% dos votos válidos.

O resultado dessa pesquisa traz dois detalhes importantes: o primeiro diz respeito à rejeição de Bolsonaro, que permanece alta, principalmente entre as mulheres, e o segundo detalhe é que a campanha pelo voto útil começa a surtir efeito, principalmente diante da violência promovida por bolsonaristasl.

Mas, há também de se acrescentar os posicionamentos de nomes como o jurista Miguel Realle Júnior, e mais Aloísio Nunes e Fernando Henrique Cardoso, que direta e indiretamente declararam voto no Lula, e Cidinha Campos, ícone do brizolismo no Rio de Janeiro, que embora pertença ao diretório do PDT, já declarou que não votará em Ciro Gomes, e que vai votar no Lula.

Se os bolsonaristas dizem que só “vale o data povo”, e que não acreditam em pesquisa, então por que os bolsonaristas espancam pesquisador do Datafolha?

Alguém pode responder? Aguardo…

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Desesperado, eleitor de Bolsonaro agride pesquisador do Datafolha
   21 de setembro de 2022   │     20:19  │  11

Primeiro eles tentaram desacreditar as pesquisas de intenção de votos para presidente da República, afirmando “o que vale é o data povo”.

Balela.

A candidatura de Bolsonaro é que mais investe em pesquisa, com quase 3 milhões de reais já investidos, e, com exceção dos institutos cooptados, os números reais indicam a derrota do presidente e com a possibilidade de perder já no primeiro turno.

Diante dessa realidade incontestável, os bolsonaristas passaram a agredir os pesquisadores do Datafolha, e dizem que o motivo foi a recusa do instituto de trabalhar para o governo.

O Datafolha tem por princípio realizar pesquisas independentes, ou seja, não aceita contratos com candidatos.

Desesperados, os bolsonaristas passaram a agredir os pesquisadores do Datafolha; com a agressão registrada na terça-feira, 20, na cidade paulista de Ariranha, já são nove pesquisadores agredidos.

Dois pesquisadores foram agredidos em São Paulo e os sete restantes em Minas Gerais, Goiás, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e até em Alagoas.

Os bolsonaristas insanos acreditam nas mentiras que o presidente Bolsonaro diz, especialmente de que vai ganhar a eleição no primeiro turno – riam se quiser, mas o presidente repete essa sandice -, com o objetivo de estimular tipos como o Rafael Bianchini, que agrediu o pesquisador em Ariranha-SP.

Imagine o grau de insanidade, além da covardia, desses bolsonaristas ao agredirem uma pessoa que apenas está fazendo o seu trabalho. É igual agredir o coveiro, porque ele enterrou o morto querido.

Mas, faz parte desse Brasil que o Diabo fez emergir do inferno abissal nos últimos anos, e que Deus – o Deus verdadeiro, que abomina as armas e a violência -, vai devolver aos homens e mulheres de bem – que são a maioria.

 

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Lula se reúne com representante do governo dos Estados Unidos
     │     0:14  │  12

Dois sinais vindos do governo norte-americano podem ser interpretados como reveladores em relação ao processo sucessório presidencial no Brasil.

O primeiro sinal diz respeito à ausência do presidente Joe Biden, na sessão de abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, ocorrida nesta terça-feira, 20, em Nova Iorque.

O presidente dos Estados Unidos sucede ao presidente brasileiro no discurso de abertura dos trabalhos, mas Biden alegou que estava em Londres para acompanhar o funeral da rainha Elizabeth II, e por isso não poderia cumprir com o protocolo histórico.

Ou seja, não poderia estar presente e suceder a Bolsonaro, quebrando a praxe histórica já que foi o brasileiro Osvaldo Aranha o primeiro dirigente da ONU e, ainda, ter sido o Brasil o país baluarte da sua criação.

Recado dado, recado entendido, é o que se espera, até porque a desculpa de Biden pela ausência deixa a interrogação. Bolsonaro e outros presidentes presentes à abertura da assembleia também estiveram no funeral da rainha, e ainda assim compareceram à ONU.

Aí veio o segundo sinal, nesta quarta-feira, 21, quando o ex-presidente Lula, líder de todas as pesquisas sérias para a eleição presidencial do próximo dia 2 de outubro, vai se encontrar com o encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Douglas Koneff, para conversar sobre a eleição.

Os Estados Unidos não tem embaixador no Brasil desde março, e esse é um detalhe, e o outro detalhe é que o governo norte-americano não costuma se reunir com candidato a presidente, exceto quando sabe que será eleito.

Lula vai ao encontro com o representante de Biden acompanhado do ex-ministro de Relações Exteriores de seu governo, Celso Amorim, e de Jaques Wagner, que deve assumir o ministério caso se eleja presidente.

Celso e Wagner falam fluentemente o inglês, logo, não haverá nenhum problema de comunicação. Cabe lembrar também que o governo dos Estados Unidos já mandou três recados para Bolsonaro, sobre o processo eleitoral brasileiro, cujo resultado soberano das urnas deve ser respeitado.

Traduzindo: o governo Biden não aprovará o golpe tão ansiado pelos bolsonaristas.

 

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