A figura caricatural do padre que não é padre, foi muito bem definida pela candidata Soraia Thronicke, quando o comparou a padre de quadrilha de festa junina.
O Kelmon, que se apresenta como padre de uma Igreja Ortodoxa que não se sabe onde fica – a verdadeira Igreja Católica Ortodoxa no Brasil nega que pertença à congregação -, não conseguiu disfarçar ser aliado do Bolsonaro e escalado para o bate-bola combinado, e se deram mal – os dois, Bolsonaro e o padre que não é padre.
De quem foi a ideia de colocar o Kelmon na linha auxiliar do Bolsonaro? Seja quem foi que trabalhou nessa direção, deu o tiro no próprio pé do presidente, como ficou escancarado diante da figura caricata do vigário que ninguém conhecia até então.
No último debate entre os candidatos a presidente, promovido pela Rede Globo e que se estendeu pela madrugada desta sexta-feira, 30, a conclusão que se tirou é de que a disputa presidencial sepultou a candidatura do Ciro Gomes, projetou o nome da candidata Simone Tebet, mostrou verdadeiro tamanho do Bolsonaro – que diminuiu em relação a 2018 -, e projetou um Lula, que alguns decidiram que votarão nele porque é o único que pode derrotar o mal maior – e com chance de ser já no primeiro turno.
Depois dessa do vigário tentando alavancar a candidatura do Bolsonaro, acreditando que o eleitor é otário e pode ser manipulado – sim, eu sei, tem quem acredite no que ele diz -, se não fosse os riscos de tragédia causada pela violência por parte de bolsonaristas tresloucados chupando até cano de espingarda, dir-se-ia que a eleição para presidente, este ano, seria apenas cômica.
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