Isolado mundialmente e sem o comando interno do paÃs, no combate à pandemia causada pelo coronavÃrus, o presidente Jair Bolsonaro ora mente, quando culpa o Supremo Tribunal Federal, ora ameaça a democracia insinuando que pode dar um golpe e se auto proclamar ditador.
Pois então, que dê o golpe só para sentir a reação interna e, principalmente, externa, com as medidas de bloqueio comercial que levariam o paÃs à bancarrota.
Ele não tem conhecimento, porque não ler nada, e pensa que o golpe de 1964 foi uma decisão exclusiva de um grupo que reuniu civis e militares. Bolsonaro não sabe que, na época, assombrava os Estados Unidos a chamada guerra fria e a revolução cubana bem ali, a menos de 1 mil quilômetros da Flórida.
Quem comandou o golpe de 64 no Brasil foi o embaixador dos Estados Unidos, Lincoln Gordon, e sem ele, nada teria sido feito. Ainda assim, foi necessário se preparar a opinião pública, juntar parte da população contra o que eles denominavam de “ameaça comunista” e, sobretudo, usar as igrejas como biombos para esconderem as maus intenções.
O que na verdade está acontecendo com o presidente é a preocupação dele com a reeleição, devido ao fato de não ter preparo intelectual para participar dos debates, e de ser obrigado a arranjar uma nova desculpa, igual à facada – ainda que haja controvérsias sobre a facada, pois tem quem não acredite no ataque.
Os que não acreditam na facada e acham que foi armação, fiam-se na entrevista do Gustavo Bebiano, que era o responsável pela segurança do então candidato, mas no dia do ataque em Juiz de Fora tinha sido afastado pelo Carlos Bolsonaro, que assumiu o comando da segurança junto com o delegado da PolÃcia Federal, Alexandre Ramage.
O filho do presidente não gostou da entrevista de Bebiano revelando esse detalhe, que deveria ficar em sigilo, e pediu sua demissão, no que foi atendido pelo pai.
O paÃs vive esse momento crucial, como um paÃs que parece desgovernado sendo atacado com o discurso de ódio e de mentiras. Talvez o presidente entenda que é o momento propicio para dar o golpe e virar ditador, mas é bom que antes ele combine com o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, porque sem o apoio norte-americano será um malogro.
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