Enquanto na Bahia as chuvas provocavam desastres e vítimas fatais, o presidente Jair Bolsonaro singrava os mares do paradisíaco litoral catarinense a bordo de uma lancha, e se refestelava em “férias”, como ele próprio havia anunciado, no bronzeado do mar.

E por que foi diferente em relação a São Paulo?

Porque é o maior baú de votos e porque há também os asseclas mais empedernidos. Acrescente-se a isso a surpreendente votação que o Guilherme Bolos obteve na disputa pela prefeitura de São Paulo.

Há ainda a preocupação do governo com as pesquisas de intenção de votos para presidente, e que confirmam a dianteira que o Lula mantém, podendo se eleger já no primeiro turno caso mantenha essa folgada dianteira.

Mas, o tratamento diferenciado em relação à Bahia mostra duas coisas que o candidato nunca deve deixar aflorarem em público. São essas: a discriminação e o sinal nítido de que agiu por vingança. Mas vingança de quem? Do povo necessitado ou do prefeito Rui Costa, por pura pirraça?

O Brasil está indo, não sei para onde, mas está porque a natureza o compele a girar com a terra. O que será depois, não se sabe. São tantas as emoções que o governo Bolsonaro proporciona quase que diariamente, que não dá para arriscar o que vem por aí até as eleições – e depois dela, a depender de quem ganhou.

São tantas as emoções…ainda que haja conversas do presidente que não causam emoção nenhum – nem no presidente mesmo -, e ainda assim se repetem até para tentar justificar o injustificável. Na fala sobre a tragédia em São Paulo, Bolsonaro quase que culpou as vítimas – ou será que as culpou pela escolha de irem morar numa encosta?

Bolsonaro também diz que nunca usou o cartão corporativo, mas e o gasto de 29 milhões e 600 mil reais desde a posse até ontem, quem fez se apenas o presidente pode usar o cartão? Esse gasto de Bolsonaro em três anos de governo é maior que o gasto da Dilma e do Temer, juntos, em quatro anos – e que foi de 24 milhões e 700 mil reais.

Nós ainda vamos assistir muitas cenas até as eleições, e depois dela também, a depender do perdedor – que se for miliciano vai promover baderna, porque é da índole; é atávico.

 

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