Após o café da manhã nesta terça-feira, 15, o presidente Jair Bolsonaro se irritou com a sinopse das manchetes dos três principais jornais do país abordando o mesmo tema.
Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo publicaram praticamente a mesma manchete, vazando a conversa de Bolsonaro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que o presidente imaginava ter sido confidencial, mas vazou à imprensa.
Furioso, o presidente mandou chamar Guedes acelerado e na presença do ministro fez o pronunciamento pelas redes sociais repetindo que não iria “tirar nada de quem já é miserável” e, de quebra, anunciou que também não iria mudar nada no programa Bolsa Família – que vai permanecer como Bolsa Família, segundo o presidente, até o último dia do seu mandato, em 2022.
Bolsonaro também ameaçou demitir quem o contrariar e Guedes ouviu tudo calado, depois de negar ter sido ele o autor do vazamento da informação à imprensa. Mas, se não foi o ministro que vazou, foi alguém da sua equipe.
Guedes é o pior ministro da Economia, na Era do Plano Real, porque não tem nenhum plano econômico e tentar enrolar o presidente, e obviamente errolar a nação, com o discurso contundente e vazio, tentando ganhar no grito. Bolsonaro já entendeu isso, mas o mantém no cargo para não inquietar ainda mais o mercado nesse momento de crise causada pela pandemia do coronavírus.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi o primeiro a descobrir que Guedes, na verdade, é uma nota de 3 reais, por isso os dois romperam relações desde o mês passado. Emissários e a turma do “deixa disso” tentam reaproximá-los, mas o presidente da Câmara faz questão de deixar claro que “não vai cair na conversa de Guedes“, ou seja, o ministro da Economia pode até enganar Bolsonaro, mas a ele (Maia) não engana.
De fato, as únicas propostas de Guedes são:
1)A volta da CPMF.
2)Taxação das operações comerciais, ou seja, compra e venda, pela Internet.
3)Privatização dos Correios.
4)A venda do Banco do Brasil, de preferência, para o Bank of América, que pagaria com os chamados “papéis podres” oriundos da crise de 2008, nos Estados Unidos, quando o banco norte-americanos herdou o passivo de empresas e clientes que não pagaram os empréstimos.
5)Privatizar a BR Distribuidora.
6)Congelar salários de servidores públicos, inclusive estaduais e municipais, obrigando estados e municípios a seguirem sua orientação, e congelar por dois anos os reajustes de aposentados e pensionistas do BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Concluindo: o ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem nenhum plano para a economia e não se sabe por quanto tempo ele vai conseguir enganar o presidente Bolsonaro, ou, então, por quanto tempo Bolsonaro se deixará ser enganado.
E a notícia-fato aberta na segunda-feira contra Bolsonaro, e em curso na Procuradoria Geral da República???
E o contrato do advogado do Bolsonaro com com o aeroporto de vira copos 5 milhões.
Vergonha, não tem lógica
Um presidente teve seu impeachment por conta de uma denúncia de uma doação de um carro velho.
Hoje só se fala em milhões e ninguém faz nada