Brasília – Na ressaca das festas pela chegada do novo ano, no dia seguinte à posse, o presidente Jair Bolsonaro levou o general Eduardo Villas Boas às lágrimas.

Depois, emocionou também o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), que, mesmo circunspecto, ouviu emocionado os elogios de Bolsonaro e do futuro ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.

O general Azevedo e Silva, em 1992, era major e foi ajudante-de-ordem do então presidente Fernando Collor. Ficou com Collor até o fim da trama sórdida do tal Fiat Elba.

Já o general Viilas Boas teve papel fundamental no controle do Supremo Tribunal Federal, durante a disputa judicial envolvendo a prisão do ex-presidente Lula, em especial. O processo que condenou Lula é falho, ainda que isso não queira dizer ser o ex-presidente inocente a priori.

Ele e Bolsonaro tiveram conversas reservadas, as quais o próprio presidente disse publicamente que levará com ele ao túmulo.

No discurso na posse do novo ministro da Defesa, Bolsonaro citou Collor em reconhecimento pela edição da Lei Delegada número 12, que concedeu gratificações progressivas para os militares e corrigiu a defasagem nos soldos.

E porque Bolsonaro não citou o governo Fernando Henrique Cardoso?

Porque no governo Fernando Henrique Cardoso os militares passaram necessidade. A instrução militar dos conscritos, que dura em média 1 ano, foi reduzida para a metade porque não havia alimentação nem munição.

Os conscritos treinavam tiros reproduzindo o estampido com a boca.

Mas, não é apenas o general Azevedo e Silva um remanescente do governo Collor; o ministro da Economia, Paulo Guedes, também integrou o governo Collor e vale dizer que, se não fosse a política econômica que implantou, não haveria o Plano Real.

Collor acabou com a farra dos ativos estéreis, que dormitava na poupança reproduzindo-se indefinidamente e arrebentando o país. Em dois ano, o governo Collor acumulou uma reserva de 60 bilhões de dólares, o que lastreou o Plano Real. 

 

 

 

 

 

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