por Aprigio Vilanova*
Há 129 anos era realizado o Baile da Ilha Fiscal, um verdadeiro banquete suntuoso oferecido pela Família Real para milhares de convidados, na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Para muitos historiadores, o Baile, representou o suspiro final da agonizante Monarquia brasileira, a última nas Américas.
O Brasil e o Chile sempre mantiveram boas relações diplomáticas, a época eram considerados os países mais estáveis da região. No início de 1889, o cruzador brasileiro Almirante Barroso esteve ancorado no porto chileno de Valparaiso e levava a bordo o Príncipe Pedro Augusto, neto de Pedro II e tenente da Marinha brasileira, sendo alvo de grande reverência por parte do governo chileno.
Em novembro, ancora na baía de Guanabara, o cruzado chileno Almirante Cochrane, embarcação que vinha de reparos na Inglaterra. Thomas Alexander Cochrane foi um Almirante escocês, foi um mercenário contratado para comandar as marinhas, tanto do Chile, em 1817, como do Brasil, em 1824, nas respectivas lutas pela Independência.
Pedro II resolveu oferecer um rega-bofe sob o pretexto de homenagear os oficiais chilenos, mas havia, também, outras intenções no baile ofertado. Uma delas era a comemoração das bodas de prata de casamento da Princesa Isabel, filha do Imperador, com o marido Conde D’eu. A outra intenção foi, após sugestão do Visconde de Ouro Preto, chefe do gabinete de ministros do Império, demonstrar força do poder monárquico.
Banquete na Escola Militar
Os militares chilenos foram convidados, duas semana antes do Baile da Ilha Fiscal, para um banquete ofertado pela Escola Militar da Praia Vermelha. Entre os militares presentes estava Benjamin Constant. O que era para ser um cerimônia de caráter diplomático se transformou em um evento político de celebração à República.
Constant fez um discurso duro contra a monarquia e reclamou do tratamento dispensado pelo Império aos militares brasileiros. O ministro interino da Guerra, Cândido de Oliveira, retirou-se da celebração durante o pronunciamento de Constant. Ouro Preto tomou conhecimento do ocorrido na Escola MIlitar e repreendeu Candido Oliveira dizendo que o ministro deveria ter dado voz de prisão de Constant na frente dos alunos e oficiais chilenos.
O baile
A festa contou com a presença de mais de 4 mil pessoas, entre Ministros, Senadores, Deputados, Barões, Viscondes, Marquesas, Diplomatas, altos funcionários públicos e membros do primeiro escalão do oficialato militar. Calcula-se que o Baile custou cerca de 10% do orçamento da província do Rio de Janeiro, então capital do Império. Tudo bancado com recursos oriundos do ministério de Viação e Obras Públicas.
A lista de compras foi extensa: 800 kg de camarão, 300 frangos, 500 perus, 64 faisões, 1.200 latas de aspargos, 100 latas de salmão, 800 latas de lagosta, 50 caixas de peixes grandes, 3.500 peças de caça miúda, 1.500 costeletas de carneiro, 1.200 frangos, 250 galinhas, 2.900 pratos doces, 14 mil sorvetes, 50 mil quilos de gelo, 10 mil litros de cerveja, 80 caixas de champanhe, 20 Caixas de vinho branco, 78 de tinto, 90 vinhos, além de 26 de conhaque, vermutes e licores.
Segundo historiador, José Murilo de Carvalho, em seu livro D. Pedro II: Ser ou não Ser, relata a passagem que D. Pedro, ao desembarcar, tropeça e após o tropeço diz: ” a monarquia balança, mas não cai”. Enquanto o Baile acontecia, muitos militares se reuniam na Escola MIlitar da Praia Vermelha, do outro lado da baía, para articular a conspiração golpista que, uma semana depois, daria o golpe republicano e derrubaria o poder imperial.
*Jornalista formado na Universidade Federal de Ouro Preto – MG
O filhote da ditadura vai montar um ministério de derrotados com o derrotado Magno Malta à frente?
kkkkkk falou golpe, lembrou de temer kkkkkkkkkkk lembrou do apoiador de temer: jair messias bostonaro também kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Por que Jair Bolsonaro era muito conhecido nos meios militares como BUNDA SUJA?
Bolsonaro é Temer. Temer é Bolsonaro.