O banho-maria de Mourão
   30 de outubro de 2018   │     17:25  │  3

por Aprigio Vilanova (texto e fotomontagem)*

Fotomontagem: Aprigio Vilanova

Desde a confirmação da eleição de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à presidência da República, um personagem que chamou a atenção durante a campanha presidencial anda sumido das aparições do novo presidente. 

Estou falando do vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), que, segundo informações do jornal  Correio Brasiliense, teve seu voo agendado para às 15h30 do domingo remarcado para às 19h15, portanto não chegaria a tempo do anúncio oficial em um pool de emissoras.

No anúncio oficial, após a confirmação da vitória, o vice Mourão não foi visto ao lado de Bolsonaro. A dúvida que surge é se não estava presente ou se não estava posicionado ao lado entre os primeiros da fila de integrantes do núcleo de campanha. O que já é bem incomum.

Mourão concedeu entrevistas a alguns jornais nestes dois últimos dias. Para o Estado de São Paulo, Mourão afirmou que é gêmeo siamês de Bolsonaro e que não é um assessor que pode ser desescalado.  

Ao jornal O Globo, Mourão disse que não terá tarefa na equipe de transição do governo e que ficará em banho-maria esta semana. Mourão afirmou ainda que, após a vitória, Bolsonaro está em um retiro espiritual.  

Ainda não está clara a ausência de Mourão e a imprensa não questionou o motivo da distância do vice em um momento simbólico e representativo da democracia. Muito se questiona acerca da ausência, desde as declarações polêmicas, por vezes preconceituosas, por vezes até anti-dmocráticas.

Bolsonaro já veio a público para desautorizar as declarações de Mourão durante a campanha. Por ocasião Mourão afirmou que tem pensamento próprio, que não cumprirá o papel de vice decorativo e que quer uma sala ao lado do gabinete presidencial.

O filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal reeleito por São Paulo, chegou a afirmar que o vice deve ser alguém que não compense um pedido de impeachment.  

Polêmicas

Mourão protagonizou declarações que acenderam o sina vermelho e geraram grande repercussão na mídia, no meio político e jurídico do país. Em entrevista a Globo News, o vice de Bolsonaro, afirmou que, a depender da agitação social, um autogolpe não estava descartado. 

Afirmou também que uma nova Constituição poderia ser feita sem a necessidade da participação de representantes eleitos pela população e sim por uma equipe de notáveis. Não explicitou quem seriam esses notáveis.

*Jornalista formado na Universidade Federal de Ouro Preto – MG

COMENTÁRIOS
3

A área de comentários visa promover um debate sobre o assunto tratado na matéria. Comentários com tons ofensivos, preconceituosos e que que firam a ética e a moral não serão liberados.

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do blogueiro.

  1. sol

    Bobao, so o fato de voce e sua trup, desejar o fracasso do nosso novo presidente, mostra o egoismo e o egao que voces tem. Antes o ego, que o bem do Brasil, nao e meu caro??
    Vai viver na Venezuela, conviva com as sovaco cabeludo, e crias da mesma especie

  2. Maurício Tenório

    Vamos ver se esse racista safado vai ter coragem de passar o rodo no 13. salário dos empregados brasileiros.

Comments are closed.