por Aprigio Vilanova*
16 de setembro é comemorada a emancipação politica da Comarca de Alagoas da Capitania de Pernambuco. O decreto, assinado por Dom João VI, em 16 de setembro de 1817, oficializou a separação e elevou Alagoas a condição de capitania.
A oficialização do desmembramento se deu no bojo da Revolução Pernambucana de 1817, movimento de cunho separatista e de caráter republicano. Movimento liderado pelas elites locais, mas que contou com grande adesão das camadas populares.
Diferentemente da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, a Revolução Pernambucana foi para além da fase conspiratória, alcançando o poder por mais de dois meses. Pretendeu a independência do Brasil e a implementação de um regime republicano em terras tupiniquins.
A tensão existente entre as oligarquias locais e a Coroa, além das péssimas condições de vida das camadas populares, somando a isso a propagação das ideias iluministas formaram a base para a deflagração do movimento.
O movimento superou os limites da Capitania de Pernambuco conseguindo apoio em outras capitanias da região, inclusive aqui em Alagoas. Em Alagoas, o senhor de engenho Manoel Vieira Dantas e sua esposa Ana Lins, pais do Visconde de Sinimbú, e o comandante das armas de Alagoas, Victorino Borges, defenderam as ideias da revolução.
Mas a comarca de Alagoas permaneceu fiel à Coroa portuguesa, o ouvidor Antônio Ferreira Batalha aproveitou a revolta e desmembrou a comarca de Alagoas da capitania de Pernambuco, criando um governo provisório. Em 16 de setembro de 1817, Dom João VI sanciona por decreto real o desmembramento e cria a Capitania de Alagoas.
O ouvidor Batalha juntamente com o Conde D’arcos, último vice-rei do Brasil, organizaram a resistência para reprimir a revolta. As tropas portuguesas atacaram por terra e por mar, uma esquadra cercou o porto de Recife, o movimento foi sufocado em maio de 1817.
Interpretações históricas
Existem duas interpretações acerca da elevação de Alagoas a condição de capitania. Uma corrente de interpretação defende a tese de que a elevação à capitania se deu, exclusivamente, ao desenvolvimento econômico que a comarca experimentava aquela época.
A outra corrente sustenta a ideia de que o desmembramento e a ascensão a condição de capitania ocorreu como retaliação do governo colonial a Pernambuco. O desmembramento foi uma espécie de punição a Pernambuco e de prêmio à Alagoas por não ter aderido ao movimento revolucionário de março de 1817.
A questão é que a emancipação política de Alagoas pode ter sido uma junção dos dois fatores, tanto o desenvolvimento econômico da região, quanto a punição a Pernambuco. O fato é que Alagoas é desmembrada e o português Sebastião Francisco de Melo e Povoas é nomeado o primeiro governador da Capitania das Alagoas, tomando posse somente em 1819.
*Jornalista formado na Universidade Federal de Ouro Preto – MG
O inominável não vai passar, pois o eleitorado é majoritariamente feminino. O fascismo será barrado por nós com toda certeza.
#MulheresContraOBolsonaro
#ManuNoJaburu
Tic tac tic tac tic tac 16 de setembro de 2018, emancipação política de Alagoas, e a direita golpista ainda não tem um candidato viável. Mas o candidato do Lula, Fernando Haddad, está crescendo 1% ao dia. Abç.