por Aprigio Vilanova (texto e fotos)
Acunha, Vaqueiro! Tem boi no jiqui! Alerta o locutor de vaquejada Ciço Baixinho. Jiqui é a saída do curral que o boi atravessa em direção a caatinga, os vaqueiros esperam o momento certo para começar a busca do boi por entre juazeiros, umbuzeiros, facheiros, xique xique e o solo pedregoso do sertão.
Mas antes dos vaqueiros subirem para a pega de boi, que acontece no alto de um monte na caatinga alagoana, centenas de cavaleiros e amazonas se reúnem na praça do Urubu, em Santana do Ipanema para uma cavalgada em direção a fazenda Val Rocha, no povoado Riacho do Bode.
Na fazenda, o padre celebra a missa pedindo benção aos vaqueiros e aos animais, e distribui pequenas porções de rapadura e queijo coalho para os presentes.
Participaram vaqueiros da Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas, no riacho do Bode, em Santana do Ipanema, em memória do empresário e vaqueiro Val Rocha, assassinado a tiros em uma churrascaria, no município de Poço das Trincheiras.
A esposa Cecília e as filhas Rayza Rocha (que foi atingida no atentado), Rayane Vanderlei, Rafaely Vanderlei resolveram organizar a cavalgada e pega de boi em homenagem ao pai, neste sábado (3/3), foi a primeira.
A pega de boi se dá sob o Sol de meio dia do sertão nordestino, algo próximo de 38 graus considerando-se a sensação térmica. Cerveja, conhaque e cachaça faz parte preparação. Vestem as perneiras, que protege da cintura para baixo; colocam o guarda-peito, para proteção do tórax; o gibão, para os braços e tórax; os guantes para proteção das mãos, o chapéu e as botas esporadas.
Os vaqueiros são chamados e se posicionam próximo ao jiqui. Os que se atrasam no posicionamento vão para o rabo da gata, ou seja, para o final da fila. Enquanto o vaqueiro espera o gado ser levado para o jiqui, a ansiedade e a concentração tomam conta do vaqueiro. É o momento desejado.
O gado entra no jiqui e parte para a fuga. Os vaqueiros esperam o momento de partir, o resto acontece dentro caatinga. Eles precisam retornar com uma placa que é amarrada aleatoriamente em uma das patas do animal. Cada animal representa um valor e o locutor Cíço Baixinho avisa: – Olha, olha, boi de oitenta!
O clímax da competição é a volta do vaqueiro com o as placas que identificam o boi, é o ponto máximo do evento. É a pergunta que muito se ouve: “Pegou, pegou?” .Mas nem sempre é possível, muitas vezes o vaqueiro e seu cavalo voltam feridos dos espinhos do sertão. O vaqueiro Arnon disse: “só não foi melhor porque eu tive esse acidente, mas tá bom”, Arnon ficou ferido no olho esquerdo.
HISTÓRIA
Há pelo menos 400 anos os vaqueiros percorrem o sertão brasileiro. Em uma época em que as fazendas não tinham cerca e o gado era criado solto, era comum os animais se misturarem uns aos outros. Daí é que surge a necessidade de pegar esses animais desgarrados, a esta atividade de selecionar cada animal misturado deu-se o nome de apartação. A vaquejada surge da apartação.
ARMADURA
O primeiro registro de um vaqueiro e sua indumentária é de 1816 feita pelo inglês, Henry Koster, que veio morar no Brasil. Koster viaju o nordeste e escreveu o livro: Viagens ao Nordeste do Brasil. Euclides da Cunha, nos Sertões, registrou sua interpretação: “O seu aspecto recorda vagamente, à primeira vista, o de guerreiro antigo exausto da refrega. Às vezes são uma armadura”.
Bota, espora, perneiras, guarda-peito, gibão, guantes, chapéu e chicote compõem a vestimenta do vaqueiro. O couro predomina nos trajes dos vaqueiros nordestinos.
ECONOMIA
O que um dia foi apenas atividade do cotidiano de trabalho do vaqueiro nas fazendas do sertão, se transformou em uma importante atividade econômica, movimentando cerca de 600 milhões de reais e gerando em torno de 700 mil empregos diretos e indiretos por ano.
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Oxe um texto sem defender Lula, Dilma e os larápios do PT. Milagre! Parabéns Bob!
Para os cínicos que fazem parte da corriola dos golpistas, e que são emprenhados pelos ouvidos por meio da Globo, é assim:
Dinheiro pro PT – Propina
Dinheiro pro PMDB – Caixa 2
Dinheiro pro PSDB – Doação
Dinheiro pro pastor Feliciânus/Bolsonaro – Oferta
Porque no lugar de bater com as esporas na barriga dos bichinhos, você não experimenta que os vaqueiros pressionem as esporas contra quem apoia?
Isso deve ser relativizado. Trata-se de uma herança secular e está presente não só em Alagoas, mas no Nordeste como um todo. O vaqueiro deve ser respeitado e considerado em suas tradições.
Então respeitemos a herança secular, e vamos jogar os cristão para os leões nas arenas, ora meu amigo, é chegado o momento da humanidade avançar e saber que os animais são nossos irmãos e merecem todo o respeito, carinho e cuidado e não maltrata-los. Quando muitos cristão eram jogado aos leões nas arenas, era pura diversão e tradição. Vamos fazer uma competição de juntar todos os vaqueiros e sair a procura de animais abandonados, maltratados, jogados nas vias públicas, porque já não servem mais. Somos essencialmente maus,mas felizmente as pessoas boas estão tendo outra visão com relação aos animais,