Monthly Archives: abril 2017

Moro coloca Lula de castigo 87 vezes
   18 de abril de 2017   │     2:42  │  127

Brasília – A defesa do ex-presidente Lula entendeu a decisão do juiz Sérgio Moro, de obrigar Lula a participar de todas as 87 audiências para as oitivas das testemunhas indicadas, como absurda.

A acusação considera o número de testemunhas apresentado pela defesa de Lula como exagerado e, ainda que concorde, Moro se viu obrigado a aceitá-las para evitar o recurso por cerceamento de defesa.

Se o juiz ouvir uma testemunha por vez e alternadamente, isso significa que Lula terá de se deslocar a Curitiba 87 vezes. As oitivas estão marcadas para a primeira semana do mês que vem, mas se Moro quiser apressar os trabalhos pode ouvir mais de uma testemunha por audiência.

A provável condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro – a surpresa será se o Lula não for condenado -, não o impedirá de disputar a presidência da República; para impedi-lo é necessária a condenação em 2ª Instância, ou seja, pelo Tribunal Federal no Paraná.

O que muitos também têm como certa e esses alimentam a tese de que o objetivo é impedir o Lula de se candidatar e não, necessariamente, puni-lo.

No conturbado momento político, alguém pode estar acreditando que o foco exclusivo no Lula ameniza os estragos causados pelos 78 delatores da empreiteira Odebrecht. Todos estão citados, do Lula ao Fernando Henrique Cardoso, incluídos os senadores Aécio Neves e José Serra, dois dos caciques do PSDB.

A reforma no sítio, que o Lula nega ser o proprietário, é o balão de ensaio para o desfecho já aguardado, ainda que não tenham encontrado as provas. A base da acusação permanece a “convicção” dos investigadores, que vai eliminar a obrigatoriedade das provas, num absurdo judicial inominável.

Absurdo judicial inominável porque abre precedente perigoso para se condenar alguém sem as provas do crime, bastando a convicção do investigador. Isso ocorreu após o golpe de 1964, quando se suprimiu o Estado de Direito, e está sendo retomado agora com a Operação Lava Jato de forma disfarçada.

Nem parece que estão todos na mesma delação; não parece que se ouviu quando o empresário Emílio Odebrecht declarou que o esquema vigora “há vinte, trinta anos…”

Odebrecht opera com caixa 2 há vinte, trinta anos
   16 de abril de 2017   │     0:58  │  135

Brasília – Para refletir: “Não quero eximir nossa culpa nessa história, mas por que isso tudo não veio à luz vinte, trinta anos atrás?” – indagou o empresário Emílio Odebrecht.

A pergunta continua sem resposta em meio à tempestade de cinismo, hipocrisia, demagogia e tramas.

As “descobertas” da Operação Lava Jato são iguais ao que todos sabiam e fingiam não saber; iguais ao que todos viam e fingiam não ver.

O sistema sempre funcionou assim e não há quem possa afirmar que não sabia de nada, porque estará faltando com a verdade. Todos sabiam de tudo.

Assiste-se no momento o desenrolar de uma novela conhecida e que, de repente, transformou o enredo em crime. Quanto custa a eleição? Não se sabe; mas, sabe-se quem paga – na verdade, antecipa o que recupera com o superfaturamento das obras.

E isso só agora virou crime.

Tudo indica que se trata do atalho para prender o ex-presidente Lula. Se for assim, então se explica a indignação tardia com o modelo que vigora há décadas e que todos sabiam – afinal, os fins justificam os meios.

O problema é que todos estão citados e é preciso encontrar o jeito de disfarçar a parcialidade.

 

 

Governo compra apoio à Reforma da Previdência por R$ 1,8 bilhão
   12 de abril de 2017   │     12:12  │  258

Brasília – O governo antecipou para este mês a liberação de R$ 1 bilhão e mais R$ 800 milhões no mês que vem, para comprar os votos dos parlamentares a aprovar a Reforma da Previdência.

O dinheiro somente seria liberado em três parcelas a partir de outubro, mas diante da dificuldade de aprovar a reforma o presidente Michel Temer autorizou o ministro da Faze, a antecipar a liberação do dinheiro.

Para aprovar a Reforma da Previdência, que aumenta o tempo de contribuição para as mulheres, o governo precisa de 306 votos na Câmara. No levantamento feito, o governo dispunha de apenas 100 deputados contra 273 deputados que se posicionaram contrários.

A barganha vai se intensificar porque o governo tem pressa para aprovar a reforma, que precisa de duas votações na Câmara e mais duas no Senado, por se tratar de Emenda Constituição.

Está aberta a temporada de compra de votos.

A merda que o Deodoro fez devido a uma dor de cotovelo
   11 de abril de 2017   │     23:04  │  48

Brasília – Vocês conhecem o derivativo “eiro” para definir a nacionalidade de alguém?

Quem nasce na França é francês: quem nasce na Argentina é argentino, que nasce na China é chinês, no Japão é japonês e na Coreia é coreano.

Só quem nasce no Brasil, que erroneamente se escreve com “s”, mas o correto é BRAZIL, tem a nacionalidade terminada em “eiró”.

Deve ser porque nascemos num puteiro.

A culpa é do Deodoro da Fonseca, que inventou esta bosta, num gesto de covardia inominável. Ou seja: a dor de cotovelo misturada com a pressão da Inglaterra.

Alguém, alguma vez na vida, ouviu falar de um candidato a presidente chamado Michel Temer? Eu já ouvi falara do Aécio Neves  ( Ave-Maria! Ave-Maria!) e até o Levy Fidelix! Mas, Michel Temer?! E me explique como alguém pode ser presidente sem nunca ter sido candidato?

Acho que deve ser tudo culpa da Maria Batalhão, que é igual a Geni, que dá pra qualquer um.

Mas, uma vez no puteiro, relaxemos! Não há nenhum risco de as coisas melhorarem.

Moro não quer caçar fantasmas e Carmem Lúcia vai aos EUA
   10 de abril de 2017   │     19:01  │  45

Por Aprigio Vilanova

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lúcia, está nos Estados Unidos da América(EUA). Hoje (10/04), a ministra proferiu palestra na Wilson Center e na Faculdade de Direito da American University.

Carmem Lúcia falou sobre o processo de impeachment, reforma da previdência, vazamentos de delações na Lava Jato, sistema judiciário brasileiro.

Amanhã tem visita agendada à Suprema Corte dos EUA e reunião na Biblioteca do Congresso americano, em Washington.

A presidente criticou os vazamentos das delações e disse que era preciso investigar de onde estão partindo os vazamentos para não correr o risco da anulação dos acordos de delação premiada.

O juiz Sérgio Moro declarou dias atrás que investigar os vazamentos é o mesmo que caçar fantasmas. A fala da ministra Carmem Lúcia serve como um alerta, se comprovado que o vazamento partiu de agentes do Estado as delações podem ser declaradas nulas.