por Aprigio Vilanova
O deputado federal, Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma trabalhista, na Câmara dos Deputados, é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta relação com empresa terceirizada acusada de coagir funcionários demitidos.
A empresa Preservice Recursos Humanos é acusada de se apropriar das indenizações trabalhistas e dos recursos relativos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT) a empresa teria se apropriado de R$ 338 mil de funcionários demitidos.
O STF investiga qual a relação do deputado com a empresa, há indícios que Marinho mantenha sociedade com o empresário Francisco das Chagas de Souza Ribeiro, gestor da terceirizada.
No relatório da reforma da previdência, Marinho incluiu no texto a redução do pagamento de FGTS e de verbas rescisórias. São justamente estes dois pontos que a empresa é processada.
Os auditores fiscais do Ministério do Trabalho flagraram as fraudes e a empresa já foi condenada, em primeira instância, a pagar multa de meio milhão de reais. Em 2016, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a decisão da primeira instância.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a quebra do sigilo bancário do deputado por suspeita de favorecer a empresa em licitações na Secretaria Municipal de Educação de Natal.
O deputado divulgou nota onde nega envolvimento com Francisco Chagas.