Monthly Archives: dezembro 2016

Sabendo-se que está tudo dominado, então quando será o golpe no golpe?
   15 de dezembro de 2016   │     1:28  │  56

Brasília – Na República brasileira de mais de 20 golpes desde o golpe de 1889, então quando será o golpe no golpe de 2016?

Será mesmo o Fernando Henrique Cardoso que vai ser “ungido” à presidência da República em 2017?

E o Aécio Neves, como fica nessa trama?

Ah, não fica. Sujou…

Se não for o Fernando Henrique será o Nelson Jobim e tudo com aparência de legitimidade, porque no Brasil com “s” é assim: tudo dentro dos conformes, num país com uma Constituição mais remendada que fantasia de palhaço.

Mas, será que o PSDB vai querer assumir o ônus antes da reforma da Previdência Social?

Pois é. Esse é o “xis” da questão…

Quando o procurador faz política, o Congresso tem que fazer justiça
   13 de dezembro de 2016   │     15:58  │  47

Brasília – Simples assim.

Apesar dos absurdos, nada há para se surpreender na República brasileira dos golpes e dos arremedos.

Três procuradores, cujos nomes foram rejeitados pelo Senado para comporem o Conselho Nacional do Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça, foram indicados para comporem a Força Tarefa da Operação Lava Jato.

Quem os indicou?

O procurador-geral Rodrigo Janot.

Mas será que o presidente do Senado, Renan Calheiros, está sendo investigado só e somente só porque o Senado rejeitou as indicações do Janot?

Será que é isso mesmo?

Se for por isso estamos perdidos porque, quando um procurador geral decide fazer política, o Congresso Nacional é convocado a fazer justiça e aí os valores são invertidos.

Ainda se discute o fato de Renan ter desobedecido a uma liminar expedida por um ministro do Supremo Tribunal Federal, mas, sem entrar no mérito da questão – e questão essa gravíssima, porquanto implica em ingerência indevida em poder republicano -, tem o seguinte fato para se analisar:

Não se trata de um simples senador, mas do presidente do Congresso Nacional, o que torna a questão ainda mais grave. Isso porque, se com uma simples liminar se pode afastar o presidente do Congresso Nacional, então também se pode afastar o presidente da República.

Pode?

Não pode.

E quando se imaginava que o episódio tinha servido para alertar contra os excessos, tem-se agora a ação dirigida e rigorosamente centralizada contra o presidente do Senado, numa indisfarçável manifestação de vingança pelo posicionamento anterior.

O Brasil está mesmo à deriva. E não tem um timoneiro qualificado para colocá-lo em águas seguras.

Nelson Jobim ou FHC assumem a presidência em 2017, porque a chapa Dilma-Temer será cassada
   12 de dezembro de 2016   │     20:27  │  54

Brasília – A República brasileira é sui-generis e isso não é novidade.

A República foi proclamada devido a uma dor de cotovelo do marechal Deodoro, do que se aproveitou a Inglaterra para apoiar o golpe que derrubou Pedro II.

Deu-se o seguinte: as filhas do Pedro II estavam se casando com nobres franceses e isso preocupava a Inglaterra, que vivia às turras com a França.

A dor de cotovelo do Deodoro facilitou as coisas. Imagine que duas semanas antes de dar o golpe e derrubar Pedro II, o marechal havia assinado a ordem do dia a todas as unidades militares defendendo a Monarquia e dizendo que “ruim com ela ( Monarquia ), pior sem ela”.

Mas, Pedro II manteve a nomeação do senador gaúcho Silveira Martins para o lugar do Ouro Preto e Deodoro não gostou; o Silveira Martins tomou a namorada do Deodoro, quando este governou o Rio Grande do Sul, e se tornaram desafetos.

Em represália, Deodoro traiu Pedro II e proclamou a República.

De 1889 até 2016 são mais de 20 golpes, que transformam a República brasileira em sui-generis. E em 2017 haverá outro golpe, conforme os comentários à boca miúda no Congresso Nacional.

1)O Tribunal Superior Eleitoral vai cassar a chapa Dilma-Temer, para permitir o golpe da eleição indireta no Congresso Nacional.

2)Dois nomes, todos do PSDB, estão na disputa: o ex-ministro Nelson Jobim e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Fragilizado, o Michel Temer nada pode fazer; a sua missão vai terminar – ainda de acordo com os comentários à boca miúda -, antes do primeiro trimestre de 2017, quando não será necessário se convocar eleição direta para presidente.

Caberá ao Congresso Nacional eleger o novo presidente para o mandato-tampão.

Interessante é que era isso o que o senador Aécio Neves havia armado, na expectativa de que se elegeria presidente-tampão, mas devido as delações que o envolvem em corrupção está desgastado, assim como o José Serra.

Vale ressaltar que, antes, precisava-se do Exército para dar o golpe e agora não é mais necessário. Com toda a aparência de legalidade constitucional, o golpe é dado dentro do próprio Congresso Nacional.

Sendo assim, e considerando-se que as especulações são de fato a antecipação da realidade, a partir de 2017 o Brasil terá novo presidente. Você “votará” em Nelson Jobim ou no Fernando Henrique Cardoso?

Lula lidera pesquisas para presidente em 2018. Pode isso, Arnaldo?
     │     11:28  │  37

Brasília – Como alguém que está sendo perseguido e bombardeado diariamente se mantém na liderança das pesquisas para disputar a presidência da República, em 2018?

O PSDB e a mídia que massacra o Lula estão atônitos.

O Lula tem 25% das intenções de votos, a Marina tem 15% e o Aécio 11%, o que garante o Lula no segundo turno.

Mas, como isso pode acontecer se o Lula é alvo de perseguição sistemática?

Está difícil de derrotar o Lula e a saída – aliás, a única saída -, é arranjar um jeito de o Lula não poder se candidatar em 2018.

Que jeito?

Pois é, que jeito? Não interessa o jeito que se encontre para impedir o Lula de ser candidato, porque o fundamental é impedi-lo de disputar a eleição – senão, ele volta à presidência e marca o feito inédito na história da República.

O feito inédito são os três mandatos presidenciais.

O que mais intriga o PSDB, que trama a volta ao poder depois de patrocinar o golpe que derrubou a presidente Dilma, é a aceitação que eleitorado dispensa ao Lula.

Na pesquisa Datafolha divulgada esta semana, além das intenções de votos manifestada para o Lula, o que chama a atenção é a disposição do eleitor em anular o voto ou votar em branco. São 20% do eleitorado.

É de fato uma situação complicada essa, especialmente para o PSDB, que imaginava ter sepultado o adversário, mas vê-lo mais forte.

Pode isso, Arnaldo?

PSDB escolhe Temer para boi de piranha
   9 de dezembro de 2016   │     10:21  │  79

Brasília – O que antes era suposição, agora é realidade. O PSDB elegeu o presidente Michel Temer para boi de piranha.

O PSDB acredita piamente que retomará o poder em 2018 e quer receber a casa limpa, ou seja, sem o risco de desgaste com as medidas antipopulares – essas ficarão na conta negativa de Temer.

A situação se assemelha a travessia da boiada em rio que tem piranha. O vaqueiro escolhe um boi para ir à frente e atrair as piranhas, enquanto o restante da boiada atravessa o rio incólume.

É esse o papel reservado ao Temer.

É a fatura que o PSDB apresentou por ter deflagrado o golpe que derrubou a presidente Dilma.

Mas, não está sendo fácil. O substituto de Geddel Vieira Lima na secretaria de governo, indicado pelo PSDB, foi rejeitado pelo chamado “centrão” na Câmara, que soma mais de 200 dos 513 deputados.

Temer foi obrigado a recuar e desistiu de nomear o tucano baiano Antônio Imbassahy. Mas não vai resistir à pressão do PSDB, que exige o cargo.

Além de exigir o cargo de secretário de governo, que tem status de ministro, o PSDB impôs mais três atribuições para o secretário.

São elas:

1)Negociar com a base aliada a aprovação dos projetos de interesse do governo.

2)Negociar com os movimentos sociais e sindicatos.

3)Negociar com os estados, leia-se, negociar com os governadores.

O “centrão” também acredita que a indicação de Imbassahy faça parte de um acordo para eleger o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) presidente da Câmara para o biênio 20017/18. E o “centrão” quer negociar.

A função de boi de piranha desempenhada por Temer é incomoda, sobretudo, porque o roteiro imposto pelo PSDB inclui o desmonte social, como a questão da aposentadoria, cuja proposta de contribuição de 48 anos para quem ingressa hoje no mercado de trabalho é a maior média entre todos os países.