Monthly Archives: dezembro 2016

A Folha diz 2001, a chamada do JN diz 2003 e a matéria diz 2002. Pense na confusão!!!
   23 de dezembro de 2016   │     6:44  │  61

por Aprigio Vilanova

A revelação dos documentos relativos ao acordo de leniência firmado entra a Odebrecht e o departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), revelam  pelo menos uma incoerência: as datas do início do esquema nunca batem.

E as versões continuam.

O Jornal da Globo, da quinta (22/12), lança a chamada relacionando a corrupção a 2003. Logo, em seguida, vem a matéria da correspondente em Nova Iorque, contrariando a chamada feita pelo ancora Eraldo Pereira e ela estipula 2002. Não Eraldo!!!

Tá tudo errado! Até a mídia se confundiu com as varias argumentações. Agora uma nova data é divulgada: 2001, 2002, 2003, 2006 até 2014. Como explicar o malabarismo em contorcer os números? Nem eles estão se entendendo.  Resta estar atento!!!

O escritor gaúcho, Luis Fernando Verissimo, afirmou, certa vez, que em muito exemplares de jornais a única verdade é a data. Mas nem a data, no momento em que vivemos,  é mais uma certeza cronológica.

Acordo de leniência da Odebrecht assinado nos EUA revela pagamento de propina desde 2001
   21 de dezembro de 2016   │     22:47  │  90

por Aprigio Vilanova

O grupo Odebrecht assinou, hoje (21/12), acordo de leniência com o departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ). O DOJ tornou públicos os documentos relativos aos acordos firmados com as empresas brasileiras.

O esquema de corrupção revelado hoje registra o funcionamento da negociata entre 2001 e 2016.

Os documentos divulgados revelam o pagamento de mais de US$ 599 milhões, R$ 1,9 bilhão com a correção do câmbio, em propinas destinadas a funcionários públicos e políticos brasileiros e mais R$ 1,4 bilhão pagos em outros 11 países.

(Angola, Argentina, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela).

Segundo os documentos do DOJ a empreiteira foi beneficiada em mais de R$ 12 bilhões em contratos. Os pagamentos de propina serviam como garantia da prioridade do Grupo Odebrecht na realização das obras nestes países.

A documentação divulgada pelo DOJ torna pública boa parte das informações feitas na delação da Odebrecht assinada com a Lava Jato.

Como se vê, o PT herdou a corrupção que se iniciou no governo do PSDB.  Pode ser que agora a  Operação Lava Jato chegue à origem para verdadeiramente se conseguir prevenir o ma – que nasceu em 2001.

O que se fala agora é que o Aécio comanda o golpe no golpe, para abril de 2017
   19 de dezembro de 2016   │     16:35  │  92

Brasília – Ficou para 2017 o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral do processo que pede a cassação da chama Dilma-Temer por abuso de poder econômico.

A denúncia foi feita pelo PSDB.

O principal interessado na cassação da chapa é o senador Aécio Neves, que perdeu a eleição para presidente no voto, mas acredita que pode virar presidente no tapetão, ou seja, dando o golpe no golpe.

Aécio já trabalha como quem acredita que o fato será consumado até abril e vem insistindo para o Temer tirar o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, e nomear o indicado dele – que é o Armínio Fraga.

Presidente nacional do PSDB, Aécio joga todas as cartas nessa nova trama golpista, mas enfrenta a oposição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que também deseja disputar a presidência da República em 2018.

Na República brasileira que contabiliza mais de 22 golpes é assim que funciona. Aécio acredita que pode pacificar o país, mas não tem o aval de todo o PSDB.

Mas, é a jogada do Aécio.

O novo golpe só pode ser dado em 2017 porque, antes, a eleição para presidente seria direta. E o novo golpe tem que ser dado antes de abril de 2017, porque depois disso o Temer vai nomear dois ministros para o TSE o que o levaria a barra a trama.

Caso o novo golpe não tenha êxito, o Aécio tem duas alternativas:

1)Permanecer no PSDB e brigar com o Alckmin para ser indicado candidato a presidente em 2018.

2)Resignar-se e cuidar da renovação do mandato de senador.

Mas, o que dizem à boca miúda é que o Aécio vai tentar chegar à presidência com o golpe no TSE que cassará a chapa DilmaTemer.

Será igreja? Será lavanderia!
   16 de dezembro de 2016   │     16:14  │  68

Por Aprigio Vilanova

Com o desencadeamento da Operação Timóteo, pela Polícia Federal (PF), ontem (16/12), a Igreja Assembleia de Deus é novamente atingida por ter suas contas bancárias sendo utilizadas para o recebimento de recursos oriundos de corrupção.

Ontem, foi o pastor Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, igreja ligada a Assembleia de Deus segundo noticiou o Valor Econômico. Antes, a Assembleia de Deus, apareceu nas investigações das propinas recebidas pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Malafaia é suspeito de receber dinheiro do principal escritório jurídico envolvido no esquema e de utilizar contas ligadas a igreja para lavar o dinheiro do desvio dos royalties da mineração destinados aos municípios.

Na Lava Jato, a igreja foi acusada, pela Procuradoria Geral da República (PGR), de intermediar o recebimento, em 2012, de pelo menos R$250 mil em propinas destinadas ao ex-deputado Eduardo Cunha no esquema de desvio da Petrobras.

Não é de hoje que política e religião se misturam para reproduzirem juntas práticas de deixar deus de cabelo em pé. A história das religiões está repleta de exemplos das relações em que o poder secular e o poder espiritual estabelecem relações nada divinas.

Mas os casos noticiados vêm escancarando uma relação promíscua entre propina, corrupção e contas bancárias ligadas as instituições religiosas servindo para lavagem de dinheiro sujo. Estão elas acima da lei secular? Será que o Dellagnol topa o desafio de uma nova força tarefa?

Quem vai pacificar o país?
     │     15:36  │  15

Brasília – Só uma coisa é certa: os poderes constituídos da República estão todos na berlinda.

A última esperança agora é desesperança. Refiro-me ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República.

A Procuradoria-Geral da República está procurando confusão, quando deveria procurar a harmonia, inclusive, da lei.

O Supremo Tribunal Federal em uma semana protagonizou dois acontecimentos que colocam em xeque a própria finalidade do Supremo.

Afinal, o Supremo Tribunal Federal existe para dirimir dúvidas e garantir a aplicação da lei ou para criar dúvidas, gerar conflitos e desrespeitar a lei?

É um absurdo porque todos estão vendo que o país está à deriva, sem comando e sem rumo.

Tem alguém que pensa que, dando outro golpe, possa resolver o gravíssimo problema nacional fazendo uma eleição indireta para presidente da República.

Ledo engano.

Se todos os três poderes da República estão na berlinda e gravemente feridos, uma decisão dessa magnitude no lugar de pacificar o país vai gerar mais conflitos.

O ano trágico de 2016 é o ano que não vai terminar, exceto no calendário. E 2017, antes mesmo de começar, já traz implícito o carma de ser um ano de muita agitação.

A dúvida é: quem vai pacificar o país?