Monthly Archives: novembro 2016

Garotinho amava o Cabral, que amava o Lula, mas foi amar o Aécio…
   20 de novembro de 2016   │     16:42  │  51

Brasília – A prisão dos ex-governadores do Rio de Janeiro abafou o “pixuleco” de 21 milhões de reais para o José Serra (PSDB-SP).

Se antes o noticiário da delação da Odebrecht sobre o “pixuleco” para o Serra (PSDB-SP) já era minguado, agora se escafedeu de vez.

Não se fala mais nisso.

A sorte de um vem mesmo é com a desgraça do outro e, nesse caso, a sorte do Serra (PSDB-SP) é a desgraça dos ex-governadores Antony Garotinho e Sergio Cabral, apesar da mídia esconder que ambos apoiaram o Aécio Neves (PSDB-MG) contra a Dilma.

Lembram?

Vamos recordar: o Garotinho elegeu o Sergio Cabral governador do Rio de Janeiro, mas depois o Sergio Cabral deu-lhe um chute no traseiro e se juntou ao Lula.

Depois de se reeleger governador em 2014 com o apoio do Lula e sugar o governo até a última gota, Sergio Cabral também traiu o Lula e em 2014 apoio o Aécio Neves (PSDB-MG) para presidente da República.

O histórico político sujo de Cabral impede qualquer indignação com a sua prisão; a indignação se dava apenas pelo fato de ter permanecido solto.

Mas, tomara que a prisão do Cabral não esteja sendo usada para desviar a atenção para o “pixuleco” de 21 milhões de reais abiscoitado pelo Serra (PSDB-SP).

Sim, porque ninguém falou mais nada sobre o “pixuleco” do Serra (PSDB-SP), assim como não se fala no “pixuleco” do Aécio (PSDB-MG), nem no “pixuleco” do FHC (PSDB-SP)…

Sim, porque o Garotinho amava o Cabral, que traiu o Lula e foi amar o Aécio.

Última cartada do Aécio é derrubar o Temer e assumir a presidência com o golpe no TSE
   18 de novembro de 2016   │     22:44  │  41

Brasília – O advogado do PSDB deixou claro que vai contestar a nova confissão do executivo Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez.

É que Azevedo deu uma ré veloz para desmentir a primeira confissão, quando havia dito que doou 1 milhão de reais à ex-presidente Dilma, e era mentira.

Desmascarado com as provas, ou seja, a cópia do cheque entregue na verdade ao então vice-presidente Michel Temer, o executivo se retratou.

Deve ter confundido os nomes, afinal, Dilma e Temer são nomes muito parecidos. Concordam?

A reação do advogado do PSDB é a última cartada do senador Aécio Neves para dar o golpe, agora no Temer, e derrubar o governo do PMDB.

Aécio não conseguiu vencer a disputa presidencial sequer em Minas Gerais, onde perdeu no primeiro e no segundo turno, mas menos de 24 horas da divulgação do resultado oficial da eleição em 2014 ele entrou com recurso pedindo a cassação da chapa DilmaTemer e- pasmem -, a sua posse como presidente.

Um golpe com (falsa) aparência de legalidade.

E não se enganem porque o golpe comandado pelo Aécio pode dar certo, porque conta com o apoio da mídia. Observem que os escândalos envolvendo o PSDB e, especialmente, o Aécio e o José Serra, são abafados.

Em 2018, o Serra tem mais quatro anos de mandato de senador, mas como sabe que não tem chance de ser indicado candidato a presidente da República porque o PSDB já se decidiu pelo governador Geraldo Alckmin, optou pelo jogo duplo.

Aécio, cujo mandato de senador termina em 2018, já sabe que também não será indicado candidato a presidente e tem duas alternativas:

1)Deixar o PSDB para se lançar na aventura de uma disputa presidencial novamente inglória. E isso implicaria em ficar sem mandato e sem partido forte.

2)Tentar o novo golpe, dessa vez via o Tribunal Superior Eleitoral e contra o Temer, mediante o pedido de cassação da chapa DilmaTemer, dando assim aparência de legalidade à imoralidade.

Moral da história: o inimigo do Temer não é mais o PT e sim o Aécio, que com as suas atitudes é também o inimigo do Brasil.

Não seria a reação dos marajás em favor do “direito” de serem marajás?
   17 de novembro de 2016   │     22:20  │  30

Brasília – Antes de se insurgirem contra a proposta do presidente do Senado, Renan Calheiros, para acabar com a farra que eleva os vencimentos na Magistratura para até sete vezes além do teto constitucional de 33 mil e 700 reais, os juízes federais deveriam responder a pergunta:

– É justo aprovar a Proposta de Emenda Constitucional 241 e deixar intocável esta casta de privilegiados da Magistratura?

Como se sabe, a PEC 241 vai reduzir ganhos para o trabalhador ativo ou aposentado; vai  reduzir os investimentos para a saúde e a educação; vai limitar os investimentos sociais à inflação do ano anterior, enfim, vai gerar perdas em geral.

É justo que a Magistratura fique imune à lei, logo ela, a Magistratura, que tem por princípio inalienável ser a guardiã da lei?

Existem sim aberrações e a alegação dos juízes que estiveram com a presidente do Supremo tribunal Federal, Carmem Lúcia, de que a proposta é a retaliação do Senado às investigações da Operação Lava Jato é extremamente pueril.

É igual à criança que deseja todos os pirulitos para ela. Para os outros, nada.

A pergunta é: se não existe ilegalidade e imoralidade nesses vencimentos; se tudo está de acordo com a lei, então qual o motivo dessa reação da Magistratura? O que eles foram pedir à presidente do STF, para barra a lei legítima e moral?

Não dá para acreditar, mas é essa a impressão que ficou. Ora, se os vencimentos são legítimos, o que então foram pedir à presidente do STF? Para manter a legitimidade, não precisa porque o que é legitimo tem o amparo lei. Para manter a ilegalidade e imoralidade de vencimentos acima de 200 mil reais? Ah, isso acreditamos que a presidente do STF não vai concordar.

Essa reação parece igual à reação do marajá contra a “ameaça aos seus direitos” de ser marajá.

No Rio, PM do BOPE adere aos manifestantes; na Câmara, os golpistas desafiam a lei
   16 de novembro de 2016   │     20:36  │  58

Brasília – O presidente Michel Temer se disse preocupado com a possível prisão do ex-presidente Lula; ele acha que há ameaça de convulsão social que inviabilize o próprio governo.

É verdade.  O Lula lidera todas as pesquisas para a disputa presidencial em 2018 e, com bastante antecedência, já se sabe que o Lula chega em primeiro lugar e haverá segundo turno.

A Operação Lava Jato, apesar de todo o esforço e da vigilância diuturna, implacável e seletiva, ainda não encontrou as provas contra o Lula. O que tem é apenas a convicção do investigador o que, obviamente, é suspeito a priori.

A convicção do investigador não pode e não deve servir de provas nem contra, nem favorável.

Depois do espetáculo circense em Curitiba, protagonizado pelo Ministério Público Federal do Paraná, tudo ficou ainda mais suspeito diante da clarividência sobre o objetivo – que é pegar o Lula, senão ele se candidata a presidente da República em 2018.

Devido aos sucessivos erros cometidos, esse entendimento se generalizou e quando o Temer diz temer pelas consequências da prisão do Lula é porque ele sabe que muita gente também pensa assim.

O país está atravessando uma turbulência que tende a se agravar. A invasão da Câmara por parte de adeptos de um golpe militar deixa claro que a sociedade está dividida; não podemos esquecer que esse mesmo grupo saiu às ruas para derrubar a presidente Dilma, mas não concorda com a solução apresentada.

É preciso entender que os manifestantes, sejam os que saíram às ruas no Rio de Janeiro e obtiveram a adesão de um PM do BOPE, sejam os que invadiram a Câmara defendendo o golpe militar, no fundo se juntam por expectativas comuns.

Afinal, está em curso o desmonte do estado social com perdas salariais especialmente.

Será maldição pelo que fizeram a Pedro II? Porque ainda não fizeram dessa vergonha uma nação…
   15 de novembro de 2016   │     13:32  │  35

Brasília – Os golpistas que derrubaram Pedro II para implantar a República da dor de cotovelo instituíram a pensão vitalícia de 5 mil contos, mas Pedro II recusou.

Era um homem íntegro demais, que estava muito acima daquela corja.

Traído pelo marechal Deodoro da Fonseca, o imperador no mês seguinte ao golpe de 15 de novembro de 1889 sofreu outro abalo.

Em dezembro de 1889 morreu a esposa dele, a imperatriz Tereza Cristina.

É verdade que os ingleses não aprovavam a ligação matrimonial da prole de Pedro II com a elite francesa, e por motivos óbvios, pois a França e a Inglaterra viviam às turras.

Mas, o mais hilário na República dos golpistas é que o marechal Deodoro antecipou o golpe devido a uma dor de cotovelo. Ele tinha se apaixonado pela Baronesa de Triunfo, mas esta preferiu o senador gaúcho Silveira Martins, que o imperador havia nomeado para o lugar do Ouro Preto.

Deodoro não aprovou o nome de Silveira, mas talvez envergonhado, não justificou o veto para o imperador, que decidiu manter a indicação.

Revoltado, Deodoro deu o golpe, derrubou o imperador e o embarcou para o exílio num paquete chamado “Alagoas.” Terá sido para sacanear?

Dizem que Pedro II, ao ver que estava embarcando no “Alagoas”, ironizou os traidores com essa observação:

Já que estão me levando para Alagoas, me deixem em Penedo.

 Mais de 100 anos depois e o República brasileira continua enlameada por golpes. De 1889 até 2016 já são mais de 22 golpes e não há sinal de que está próximo o dia em que se fará dessa vergonha uma nação – como canta o grande Caetano Veloso.