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Desemprego já atinge a 12 milhões e se aproxima da era FHC. O Temer diz que a culpa não é dele
   30 de setembro de 2016   │     19:01  │  21

Brasília – O desemprego está aumentando e já atingiu a 12 milhões de brasileiros, o maior índice desde o governo Fernando Henrique Cardoso, quando se obteve o registro superior a marca de 15 milhões de desempregados.

O governo Temer está preocupado. O Temer diz que a culpa não é dele e se a culpa não é do Temer, de quem é então?

A presidente Dilma já foi apeada do poder, as pautas bombas que foram impostas na Câmara pelo ex-presidente e ex-deputado Eduardo Cunha para implodir o governo Dilma também já foram desarmadas, então, qual o motivo de o desemprego continuar4 aumentando?

Até mesmo as pedaladas fiscais que embasaram o pedido de impeachment da Dilma, ato continuo a derrubada dela, já não são mais crimes passiveis de cassação do mandato.

Então, por que o desemprego não caiu? Por que a economia não retomou o crescimento, se o único empecilho que lhe travava foi eliminado com a derrubada da Dilma?

Somente quando se encontrar a resposta para essas perguntas é que o País pode retomar o crescimento e estancar o desemprego generalizado. O interessante é a resposta já foi encontrada e não é admitida porque implica em derrubar também o governo Temer.

Sem credibilidade, não há governo.

O Temer sabe disso e, tanto sabe, que ao se referir à marca dos 12 milhões de desempregados ele se apressou em dizer que a culpa não era dele. Claro, a culpa não é do Temer; a culpa é da ilegitimidade do governo Temer.

Simples assim: você investe num País cujo governo não pode sair às ruas para conversar com a nação; não pode sequer visitar outro País sem que seja obrigado a ouvir gritos de protestos?

Dir-se-á que a Dilma também era vaiada, e é verdade. Mas tem o detalhe: a Dilma era vaiada no final e não no começo; já o Temer é vaiado no começo com a nítida leitura de que não terá um final feliz – isso, se conseguir chegar até lá, porque já se comenta que não concluirá o mandato se continuar com esses índices negativos.

A Operação Lava Jato, que agora está sob o controle do ministro da Justiça Alexandre de Moraes, não vai ajudar o Temer a superar as adversidades porque já existe a convicção sobre a seletividade das operações policiais e, pior, o direcionamento das investigações.

E o problema maior para o novo governo é que ele não pode mais culpar o antecessor.

Brasília – Alguém conhece o Careca, o Santo, o Estrela, o Brasileiro, o Corintiano e o Bragança?

Conhece não?

Não tem problema porque a Polícia Federal também não conhece nem conseguiu descobrir até agora, daí a corrupção na construção das linhas 2 e 4 do metrô de São Paulo tem tudo para ficar impune.

Que pena…

Em tempo: a corrupção na construção das linhas 2 e 4 do metrô de São Paulo envolvem o PSDB e, diretamente, o governador Geraldo Alckmin e o atual ministro das Relações Exteriores, José Serra.

Mas, não devem ser eles o Careca e o Santo que constam na lista de propinas da empreiteira Odebrecht.

Não devem ser. Imagina! Se fossem a Polícia Federal tão zelosa e eficiente já teria descoberto.

Lembram-se que a Polícia Federal, mais veloz do que a velocidade da luz, descobriu que as iniciais “JD” eram do José Dirceu? Lembram? Pois sim.

Como? As iniciais “JD” não são de José Dirceu, mas de Juscelino Dourado? Como assim? E o delegado da Polícia Federal Felipe Hille Pace, que tinha comunicado a descoberta, fez o quê?

Ah, pediu desculpas pelo erro. Sei…

Gente! Vamos então ajudar a Polícia Federal a descobrir quem é na verdade esse sexteto antes que eles sejam abduzidos para séculos sem fim!

O que vem por aí depois de domingo 2, é grave?
   27 de setembro de 2016   │     22:04  │  16

Brasília – O que vem por aí depois de domingo 2 vai agitar o País e, exatamente por isso, a base de sustentação do governo Temer pediu para votá-la depois da eleição.

A inflação que deveria cair subiu para 7,3% e o Produto Interno Bruto (PIB), que deveria subir, caiu para 3,3% exigindo urgência na adoção das medidas amargas.

De início, são duas medidas:

1)Fixação do teto para os gastos públicos, o que engloba os municípios, estados e a União. E o teto não pode ser corrigido pela inflação do ano vigente.

2)A Reforma Previdenciária, que deve agitar a nação, daí a base aliada ter pedido para discuti-la depois da eleição.

O governo também está preocupado com a eleição e tem sido ajudado pela Operação Lava Jato. A prisão do ex-ministro Antônio Palocci, sem as provas do crime e embasada apenas na convicção do investigador, é um golpe duro no PT.

Mas, ainda que se possa  dar como certa a reação negativa do eleitorado, deve haver aqueles que entenderam diferente porque desconfiam de tanta carga contra o candidato a prefeito do PT.

E isso porque a premonição do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que antecipou a prisão de Palocci, quanto mais o governo tenta explicar, mais se enrola.

O momento é, sem dúvida, muito difícil para o governo, que tem outros desafios.

Por exemplo: conciliar a nação.

Não basta o apoio do Congresso Nacional, até porque o Congresso Nacional se tiver de optar vai ficar com as ruas. Em 2018 tem eleição e os efeitos das medidas duras, caso superadas as reações das ruas, vai demorar 3 anos.

É complicada a situação, sim, porque as medidas a serem adotadas vão engrossar mais os protestos, quando o fundamental é reduzir os números dos que estão protestando.

Será que o ministro da Justiça adianta para nós os números da Mega da Virada?
   26 de setembro de 2016   │     21:57  │  14

Brasília – São tantas as emoções e as “convicções curitibanas”, que a Operação Lava Jato completa o 35º capítulo confirmando o que já se desconfiava. Pela longevidade e a seletividade nas investigações e prisões, já deu para concluir que se trata de uma operação-midiática-política.

Nos capítulos já exibidos viu-se de tudo:

Prisão de inocente baseada na “convicção” dos promotores da Operação Lava Jato. Levada coercitivamente sob escolta da Polícia Federal para Curitiba, a inocente passou 5 dias negando ser a pessoa que eles procuravam.

Desmentidos na “convicção”, os procuradores se recolheram e o juiz Sergio Moro mandou soltar a inocente.

E pensam que eles se corrigiram? Que nada…

Na semana passada eles pediram a prisão do ex-ministro Guido Mantega, igualmente baseados na “convicção” de que o Mantega era o “italiano” mencionado numa conversa grampeada do empresário Marcelo Odebrecht.

E não era.

Na verdade, tratava-se do ex-ministro Antônio Palocci – que está preso baseado na “convicção” sem as provas, claro, porque as provas são secundárias na investigação seletiva.

Pensa que termina por aí? Qual o quê!

Depois de condená-lo, a Operação Lava Jato descobriu agora que as iniciais “JD” encontradas em documentos da Odebrecht não se referem ao ex-ministro José Dirceu, mas a Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete de Palocci.

Estava na cara que a Operação Lava Jato terminaria mostrando as suas entranhas. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, mostrou esse desvirtuamento e escancarou a seletividade das investigações quando, como se fosse vidente, antecipou a operação que prendeu o Palocci.

Digamos que o ministro é vidente, pois não. Mas, será que o ministro adianta para nós as seis dezenas da Mega Sena da Virada?

O desgoverno Temer e a deforma do ensino médio
   25 de setembro de 2016   │     17:04  │  10

Por Aprigio Vilanova

O governo Temer apresentou, nesta quinta (22/09), a Medida Provisória (MP) que altera o funcionamento do ensino médio no Brasil. A MP foi assinada mesmo a revelia dos especialistas em educação.

A proposta não é nova, a reforma já vinha sendo discutida na Comissão Especial de Educação no Congresso. Mas o fato de ser baixada por MP é um atentado a sociedade brasileira. A MP atropela todas as discussões que vinham se realizando.

O maior dos absurdos é falar em reforma educacional sem ao menos discutir a valorização dos profissionais da educação. O ministro da educação, Mendonça Filho, utilizou países como a Coreia do Sul e a Finlândia para ilustrar a necessidade da reforma.

O problema é que a educação não se faz apenas com a mudança das diretrizes educacionais. O problema do sistema educacional brasileiro vai além. Na mesma semana da assinatura da MP do ensino médio, nossos hermanos argentinos aprovaram a inclusão do cinema na grade curricular.

Caminhamos para trás, com a assinatura da MP disciplinas como artes e educação física podem ser extintas do currículo escolar, ou se tornarem optativas. É grave, muito grave, a MP gerou indignação nos profissionais envolvidos.

E o mais absurdo é o fato de que as propostas receberam apoio de grupos conservadores como o Movimento Brasil Livre (MBL). Caminhamos para desmantelamento do sistema de educação.

E viva a deforma!!!