Monthly Archives: julho 2016

Senador Renan define com Temer liquidação da Ceal e do Produban
   19 de julho de 2016   │     17:20  │  5

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), define com o presidente Michel Temer (PMDB-SP) a liquidação definitiva da antiga Companhia Energética de Alagoas ( Ceal ) e do Banco do Estado de Alagoas ( Produban ) levados à falência devido às irresponsabilidades administrativas.

Temer, Renan e mais o novo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), jantam juntos na noite desta terça-feira 19.

Em 1997, a Ceal foi trocada por duas folhas de pagamento dos servidores públicos – das 10 folhas atrasadas – e encampada pela estatal Eletrobrás, mas Temer decidiu vendê-la. Renan quer que o Estado de Alagoas seja indenizado.

Quanto ao Produban, que faliu devido às autorizações de créditos e financiamentos a inadimplentes e pessoas que reconhecidamente não honrariam a dívida, o Estado de Alagoas ainda tem haver retidos pela União e que precisam ser liquidados.

O caso do Produban é o mais complicado porque envolve também corrupção, com a concessão de empréstimos a supostos clientes analfabetos que assinaram os “papagaios” imprimindo a impressão digital com o dedão do pé.

Um ardil criativo sem dúvida, mas fácil de ser identificado – como de fato o foi – devido ao exagero do tamanho do suposto polegar do beneficiário.

Se o senador Renan resolver essas duas pendências que se arrastam desde o final da década de 1980 será um alívio para Alagoas.

A guerra que se nega no Rio de Janeiro, dos pretos contra os quase pretos
   18 de julho de 2016   │     23:40  │  8

Brasília – O problema da insegurança no Rio de Janeiro agora é o “Mil Gol”. E quem é o “Mil Gol” que a polícia tanto procura?

O “Mil Gol” é o chefe do tráfico nas favelas da Zona Oeste do Rio. É o que eles dizem.

Interessante é que as bocas de venda de drogas do “Mil Gol” ficam numa área onde tem uma delegacia da polícia civil a 3 quilômetros e, a 5 quilômetros, tem um quartel da polícia militar.

Isso, sem falar nas Unidades de Polícia Pacificadora.

E quantos “Mil Gol” já não se viu morrer e ressuscitar no Rio de Janeiro?!

Sede das Olimpíadas, o Rio de Janeiro recepcionou o turista francês locando para ele um carro que a polícia procurava como roubado. Parado na rodovia, o turista teve a viagem de laser interrompida.

E olha que o turista locou o carro no Aeroporto do Galeão!

Num país assim torna-se natural votar pelo impeachment contra a corrupção e no dia seguinte ver o marido ser preso por corrupção. Ah! Que tolice…

Para esse estado de guerra estabelecido no Rio de Janeiro, o interessante é que um dos lados beligerante se confunde com a comunidade e é geralmente composto de pretos segregados.

Por isso, desde o “Cara de Cavalo” na década de 1960 até o “Mil Gol” de hoje, são apenas DNAs que se renovam no mesmo crime. Ah, ia esquecendo: em Fortaleza bandidos armados tocaram o terror nas rodovias que ligam o litoral. Eles repetiram o que viram os ídolos fazerem na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Isso quer dizer que os “Mil Gol” estão se espalhando.

Lula lidera a pesquisa Datafolha. Pode isso, Arnaldo?
     │     1:18  │  20

Brasília – Dois resultados na pesquisa Datafolha realizada entre os dias 14 e 15 passados chamaram a atenção. Foram eles:

A liderança do Lula na disputa presidencial em 2018, com 22% das intenções de votos, e a rejeição ao presidente em exercício Michel Temer, que obteve apenas 5% das intenções de votos e sequer iria ao segundo turno.

O Jair Bolsonaro, com 7%, ficaria à frente de Temer.

Temer terá dois anos e meio para reverter esse quadro, se permanecer no governo, mas qualquer que seja o seu êxito a glória irá para o PSDB porque o trio principal na corrida presidencial em 2018 já está escalado com Lula, Marina e Aécio.

E no caso de malogro, o PSDB desembarca do governo.

O Datafolha ouviu 2.792 eleitores e o resultado com os seis primeiros colocados foi o seguinte, pela ordem: Lula em 1º lugar, Marina Silva em 2º lugar, Aécio Neves em 3º lugar, Jair Bolsonaro em 4º lugar, Ciro Gomes em 5º lugar e Michel Temer em 6º lugar.

Agora, a observação mais importante: o Lula está sendo diariamente massacrado e há contra ele toda a má vontade da mídia, enquanto o Aécio Neves é preservado até mesmo nas denuncias mais contundentes.

Para derrotar o Lula em 2018 só juntando todas as forças. Esse resultado deve servir para reflexão porque a tendência do Lula é crescer, em parte pelos erros que os adversários cometerem no governo, em parte porque é da natureza humana solidarizar-se com as vítimas.

Ou seja: os opositores do Lula cometem o erro de estarem transformando-o em vítima, e isso a sociedade já descobriu com as operações policiais midiáticas de foco fixo e único.

A pergunta que começa a ser feita é: por que só se investiga o Lula, se todos estão denunciados?

A ausência de resposta explica boa parte dos 22% que o Lula mantém, apesar de todo o bombardeio que recebe.

Procurador conclui que Dilma não praticou crime de “pedaladas”. E agora, José?
   15 de julho de 2016   │     17:40  │  23

Brasília – O parecer do procurador da República Ivan Cláudio Marx confirma o que já se sabia: não houve as chamadas “pedaladas” no Plano Safra.

As “pedaladas” no Plano Safra fundamentou o pedido de impeachment da presidente Dilma. E se não houve as “pedaladas”, então não houve crime.

Mas, a jurista Janaína Paschoal cobrou 45 mil reais para dar o parecer sustentando o insustentável. Quem pagou os 45 mil reais foi o PSDB.

Se não houve crime, como está comprovado pelo parecer isento do procurador Ivan Cláudio, então o impeachment é golpe.

Ou não?

E o parecer da jurista?

O parecer da jurista apenas confirma o que já se sabe acerca dos pareceres jurídicos, que podem variar de acordo com o cliente – e, notadamente, da sua liquidez; quanto mais rico mais inocente.

Vale lembrar que os ricos presos na Operação Lava Jato foram condenados em 1ª instância, e isso significa que a condenação não é definitiva, ainda que permaneçam presos.

O parecer do procurador negando os crimes que embasaram o impeachment poderia suscitar dúvidas quanto a legalidade do processo que afastou Dilma, mas a questão não é moral e sim política e partidária.

Ou seja: o PSDB quer o poder e como não conseguiria pelo voto, optou pelo golpe.

Não dá para acreditar que a presidência seja devolvida a sua legitima dona, mas a essa altura parece bem melhor para a Dilma assistir o desmonte das conquistas sociais e do próprio País construído nos últimos 15 anos, porque assim ela poderá voltar em 2018 com a bandeira da restauração da unidade social e reconquistas dos ganhos sociais que serão suprimidos.

Isso, sem falar na volta da CPMF, de cujo ônus estará livre.

Por que a Dilma não quer ir à abertura das Olimpíadas?
   13 de julho de 2016   │     23:40  │  11

Brasília – Embora convidada, a presidente afastada Dilma Rousseff decidiu não ir à abertura dos Jogos Olímpicos e há duas versões para as desculpas:

1)Que ela não iria se sentir à vontade, porque caberia ao presidente em exercício Michel Temer fazer as honras da casa.

2)Que iria dividir as vaias.

E haverá vaias?

O momento delicado que o País atravessa, com reflexos na economia, é oriundo muito mais de uma trama política interna da cultura golpista, que propriamente o resultado dos efeitos da crise econômica – que é internacional.

Aliás, a proposta de 80 horas semanais de trabalho é oriunda da França e lá o desemprego e a ameaça terrorista caminham juntos.

No Brasil, o terrorismo é disfarçado nos embates nas favelas contra os traficantes e que, igual ao terror, tem feito vítimas inocentes de balas perdidas.

Mas, a Dilma decidiu não ir à abertura das Olimpíadas e há quem aprove a sua decisão. Caberá ao presidente interino, mas com o governo novo montado e juramentado, recepcionar os visitantes.

E, com isso, assumir a responsabilidade para o êxito do espetáculo.

A expectativa é grande, inclusive porque existem as ameaças de atentado terrorista, e cresce à medida que a abertura dos jogos se aproxima. O Rio de Janeiro ferve.

E ferve porque, apesar da maior mobilização para se garantir segurança pública, o clima no Rio de Janeiro é de confronto. Além dos traficantes tem a milícia que age em mais de cem favelas disputando espaço com o crime.

Os confrontos continuam, inclusive com mortes. Interessante é que os confrontos se dão em todas as áreas onde foram instaladas as UPPs, ( Unidade de Polícia Pacificadora ).

Estão se deslocando para o Rio de Janeiro a maior mobilização militar desde a II Guerra Mundial. Exército, Marinha, Aeronáutica se juntam à Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Força Nacional e Guarda Municipal.

Vamos torcer para que as Olimpíadas no Brasil não seja marcada pelas vaias nem os tiros de balas perdidas.