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Sacripanta, covarde e canalha na noite que o Brasil desceu a ladeira
   18 de abril de 2016   │     0:18  │  23

Brasília – Foi o espetáculo que se imaginou com o resultado que se planejou. O vice-presidente Michel Temer já está formando o governo.

O PSDB trama o golpe, mas não quer participar do governo Temer porque sabe que o desgaste é inevitável.

A votação na Câmara foi marcada por frases como sacripanta, para definir o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e que foi pronunciado pelo deputado alagoano Paulão (PT), e outras como covarde e canalha.

É sem duvida sui generis que o processo esteja sendo conduzido por Cunha, mas a confusão não para por aí. O ex-ministro Ciro Gomes prometeu entrar com ação no Supremo Tribunal Federal contra Temer, pela prática dos mesmos crimes atribuídos a Dilma.

Temer está preocupado e já antecipou a defesa pedindo para o Supremo desmembrar o processo dele do processo da Dilma.

E vamos assim. Está tudo nebuloso na República brasileira do golpe e ninguém arrisca a dizer o que será amanhã, depois de descer a ladeira.

Temer pensa que assume. E se assumir, ele pensa que vai poder governar
   15 de abril de 2016   │     9:59  │  34

Brasília – Carregado com o fardo pesadíssimo da traição e do compromisso em destruir todas as conquistas sociais, o vice-presidente Michel Temer pensa que vai assumir o governo.

E, se assumir, ele pensa que vai poder governar.

A piada sobre que “não há perigo de a situação melhorar” ganha agora o contorno de realidade do dia seguinte, caso a presidente Dilma seja apeada do poder pelo golpe apelidado de impeachment.

Alguns saudosistas sustentam que, em caso de reação, as Forças Armadas intervirão para restabelecer a ordem. Trata-se de delírio, pois será impossível se restabelecer a ordem social no caso de o golpe apelidado de impeachment colocar no poder um traidor.

Para completar o quadro de gravidade que o País atravessa no momento tem-se o fato inédito na história mundial, de o golpe apelidado de impeachment ser dado por alguém acusado de vários crimes, como é o caso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Não será por falta de aviso. Ninguém derruba um presidente legitimamente eleito e que não tem contra si denuncia de enriquecimento ilícito e prática de corrupção, e fica tudo assim, numa boa, como se se tratasse de algo normal e corriqueiro.

Não é.

Temer não tem condições de garantir a governabilidade porque já se descobriu que se trata de um traidor e ninguém respeita o traidor nem admite a traição.

E Eduardo Cunha não tem autoridade moral para derrubar um governo como vindita porque o governo acabou com o canal de corrupção que ele mantinha em Furnas.

Ou seja, o objetivo do golpe apelidado de impeachment não é restabelecer a moral e os bons costumes; pelo contrário, é se vingar pela perda das regalias que permitiam manter contas bancárias em nome de Jesus, por exemplo.

E, para agravar o quadro, a missão de Temer é acabar com os direitos sociais, com a educação pública e frear as investigações criminais que, até agora, blindaram os que se engajaram favoravelmente ao golpe apelidado de impeachment.

E nada é por coincidência.

Documento contra o golpe apelidado de impeachment já tem 186 deputados e 32 senadores
   14 de abril de 2016   │     17:28  │  20

Brasília – Se são necessários 171 votos para barrar o golpe apelidado de impeachment e 186 deputados e 32 senadores integram o movimento em defesa da democracia e contra o golpe apelidado de impeachment, então, aritmeticamente, o golpe apelidado de impeachment não será aprovado para a felicidade geral da nação.

O presidente da Câmara e comandante do golpe apelidado de impeachment, Eduardo Cunha, está possesso e já articula o plano B para nova tentativa de golpe apelidado de impeachment. O plano B envolve o Tribunal de Contas da União, mas tem um obstáculo que é a inclusão do vice-presidente da República, Michel Temer, o subcomandante do golpe apelidado de impeachment.

Temer, que alguns açodados chamam-no de jurista, entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal para separar o processo dele das pedaladas fiscais, que ele também praticou, do processo da presidente Dilma.

É que, no caso de o golpe apelidado de impeachment lograr êxito, ele assumiria a presidência da República e impediria – pense! -, o Supremo Tribunal Federal de julgá-lo e condená-lo. Há precedentes de seletividade dos processos, basta ver o juiz Sergio Moro, que, apesar das robustas e irrefutáveis provas contra a mulher e a filha do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não deve dar sequência ao processo nem mandar conduzi-las coercitivamente à depor para não prejudicar o golpe apelidado de impeachment.

Só pode ser por isso, diante da demora em agir contra a mulher a filha do presidente da Câmara, mesmo diante das robustas e irrefutáveis provas de corrupção.

Cunha, que dizem costuma presidir as reuniões com uma pistola sobre o birô, tem ameaçado deputados. Todos têm medo dele. Na bancada de Alagoas, por exemplo, só os deputados Ronaldo Lessa, Givaldo Carimbão e Paulão não têm medo do Cunha.

Os 186 deputados que integram o movimento em defesa da democracia descobriram que o golpe apelidado de impeachment não objetiva combater a corrupção, mas, ao contrário, barrar as investigações de corrupção e, o mais grave, acabar com os programas sociais como o Bolsa Família, FIES, etc.

Isso ficou claro com a seletividade das investigações. Nenhum dos presos até hora, nenhum deles, tem contra si provas tão robustas e irrefutáveis de práticas de corrupção quanto o Cunha, a mulher e a filha, no entanto, eles permanecem livres e fagueiros. Há também o caso do senador Aécio Neves, que acumula cinco denúncias contra ele na Operação Lava Jato e também continua livre de investigação.

Com a declaração dos 186 deputados contra o golpe apelidado de impeachment, é recomendável já se prepara porque não vai ter golpe apelidado de impeachment.

Ciro Gomes irá ao Supremo para denuncia Temer por também pedalar, se golpe for aprovado
   13 de abril de 2016   │     9:07  │  31

Brasília – O ex-ministro Ciro Gomes voltou a disparar a metralhadora giratória contra os comandantes do golpe apelidado de impeachment.

Se a Dilma cair, no dia seguinte eu entro no Supremo Tribunal Federal com pedido de cassação do Michel Temer pela prática do mesmo crime – disparou Ciro, batendo na pasta onde diz estarem as provas de que Temer também pedalou.

Primeiro é preciso dizer que pedalar não é crime. Todos ( os presidentes da República ) pedalaram. Funciona assim: você ( o presidente da República ) manda o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica antecipar o recurso para pagar despesas de custeio e depois repassa o dinheiro aos bancos. Isso não é crime, nunca foi crime, mas é essa a alegação para sustentação do impeachment da Dilma e por isso o impeachment da Dilma é golpe.

Sobre os autores do pedido de golpe apelidado de impeachment, Ciro só livrou o jurista Hélio Bicudo, devido à idade dele ( 90 anos ), mas disparou contra Miguel Realle Júnior.

– É ( Miguel Realle Junior ) tucano, é do PSDB e foi ministro do Fernando Henrique Cardoso. Não preciso dizer mais nada.

Ciro voltou a defender a presidente Dilma:

Como é que uma pessoa absolutamente honesta, que não cometeu nenhum crime, vai ser retirada do poder por um bando de corruptos, de picaretas?!

E disparou contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha:

Esse ( Eduardo Cunha ) é um bandido antigo, há muito tempo vem cometendo os seus crimes impunemente. Não tem autoridade moral nenhuma.

Ciro, que pretende disputar a presidência da República em 2018, denunciou a cultura golpista brasileira e considerou toda essa mobilização golpista uma insatisfação pelo resultado adverso das urnas. “

-Eles não estão preocupados com o País. Eles estão revoltados porque perderam a eleição. Pois esperem 2018”, disse.

O Ciro Gomes tem razão. Não existe impeachment, o que está em curso é um golpe de Estado à brasileira. E Michel Temer não pode, nem deve assumir a presidência da República na hipótese de o golpe apelidado de impeachment lograr êxito.

Nós aqui no blog já dissemos isso. Michel Temer não pode assumir a presidência da República porque não foi eleito; ninguém vota para vice-presidente; o vice-presidente é única e exclusivamente o apêndice da chapa para a presidência da República.

E tanto é assim, que na tentativa de escamotear a verdade e lastrear a mentira divulgaram nas redes sociais que Temer obteve 54 milhões de votos. Como assim? Obteve de quem esses votos? Quem foi que votou em Michel Temer? Onde estão as provas concretas desses votos? Logo, Temer não pode assumir a presidência.

E também não deve assumir porque Temer cometeu “o mesmo crime” pelo qual se fundamentou o pedido de golpe apelidado de impeachment contra a presidente Dilma.

É por isso que o golpe apelidado de impeachment deixará rastro para os recursos daqueles que, iguais ao ex-ministro Ciro Gomes, podem desmascarar o golpe apelidado de impeachment.

Paulo Maluf está livre dos processos porque vota a favor do golpe, ou…
   12 de abril de 2016   │     21:52  │  13

Brasília – … Ou porque vai votar a favor do golpe apelidado de impeachment o Paulo Maluf está livre dos processos, que o impediam de viajar para fora do país?

Essa é uma sentença Matemática segundo a qual a ordem dos fatores não altera o produto. E o produto é: Paulo Maluf está livre dos processos que o impediam de viajar para fora do país, porque vai votar a favor do golpe apelidado de impeachment.

E ainda não querem que se diga que não se trata de golpe apelidado de impeachment…

Maluf há décadas não podia colocar os pés na fronteira com Livramento, no Uruguai, quanto mais viajar aos Estados Unidos. Mas, agora pode.

Pelo menos para o Maluf o golpe apelidado de impeachment já valeu. E assim como votou fervorosamente no golpe apelidado de impeachment na comissão, na Câmara, votará em plenário no domingo.

O deputado Paulo Maluf poderia até justificar o voto assim:

Como vota o deputado Paulo Maluf?

E Maluf responderia:

Contra a corrupção neste país, senhor presidente, eu voto sim.

E Maluf será ovacionado pelos asseclas, muitos deles com uma folha corrida parlamentar ou fora dela extremamente comprometedora.

Que País é esse?

Sei lá. Diz um nome aí, vai. Qualquer coisa serve.