Monthly Archives: abril 2016

Os compromissos de Temer para destruir a política social e entregar o Pré-Sal
   24 de abril de 2016   │     18:47  │  16

Brasília – A repercussão internacional sobre o impeachment da presidente Dilma é o entrave que os golpistas não sabem como superar.

O senador Aloisio Nunes (PSDB-SP) foi despachado às pressas para Washington para dizer que o impeachment não era golpe e se antecipar ao discurso da presidente Dilma na ONU, e que a oposição imaginava se referir ao impeachment chamando-o de golpe.

Mas a Dilma frustrou a expectativa. Ela não tocou no assunto.

E não precisava mesmo porque a imprensa internacional repercutiu negativamente a movimentação da oposição para afastar a presidente. O mundo já sabe que o Brasil experimenta mais um golpe, que se espera não logre êxito, mas não se deve esquecer que os golpistas são poderosos podem comprar o número suficiente de votos no Senado.

O próprio Michel Temer, que comanda o golpe aparentemente à distância, já mudou o discurso tentando apagar a imagem que está desenhada sobre a sua conduta reprovável. Um traidor nunca consegue ficar bem na história, ainda que possa se dar bem no golpe.

Temer tem uma reprovação que é unânime, para quem, na infelicidade de o golpe lograr êxito, assumiu sérios e tenebrosos compromissos impopulares para cumprir com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( FIESP ).

A proposta do senador José Serra, de abrir 100% da Petrobras e especialmente do Pré-Sal ao capital estrangeiro, é um desejo da FIESP. Mais que desejo, é imposição. Assim como o fim do programa Maia Médico e do Bolsa Família, esse especialmente, porque reduziu a oferta de peões sujeitos à exploração industrial e comercial.

A mão de obra do pedreiro, servente ou da empregada doméstica foi valorizada a partir do governo Lula e isso causou o terror na classe média alta, que não tem como explorá-la. O golpe apelidado de impeachment tem o compromisso de fazer o país retroceder nesse particular e por isso tem o apoio da elite exploradora da mão de obra.

O governo Temer, se, para a infelicidade do País, vier a assumir com o êxito do golpe apelidado de impeachment, fará a nação sentir saudades do inferno. Temer chegará sem moral e sem moral ninguém consegue administrar a própria casa, quanto mais as casas da nação.

A Dilma vai dizer na ONU, que o impeachment é golpe. E é golpe mesmo
   22 de abril de 2016   │     1:53  │  68

Brasília – A oposição ficou ouriçada quando soube, sábado antes do espetáculo de humor macabro na Câmara votando no domingo o golpe apelidado de impeachment, que a presidente Dilma finalmente cedeu aos conselhos para ir à reunião da Organização das Nações Unidas para dizer que o impeachment é golpe.

E é golpe sim.

A presidente não queria ir. Mas, a repercussão internacional negativa ao golpe apelidado de impeachment fê-la mudar de ideia. E foi bom, porque o mundo já sabe que o impeachment é golpe e basta ler as manchetes da imprensa internacional.

E isso está fazendo a diferença. Na segunda-feira os golpistas despacharam o senador Aloisio Nunes para, se antecipando à fala da Dilma na ONU, dizer que o impeachment não é golpe. Mas é golpe sim.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal que apareceram para falar que o impeachment não é ilegal apenas repetiram o óbvio ululante. Ninguém disse que o impeachment é ilegal; o que se diz e se prova é que o impeachment da Dilma é golpe.

E é golpe sim.

A presidente Dilma tem que dizer isso na assembleia da ONU, porque o mundo já sabe que se trata de um golpe promovido pelo que de mais asqueroso, imoral e nojento predomina na política brasileira. Imagine Eduardo Cunha comandando o golpe e imagine quem votou no golpe do Eduardo Cunha!

Veja quem votou de compare para tirar a su própria conclusão. É golpe ou não é?

Renan diz que no Senado não terá votação sobre o que a família quer ou não
   20 de abril de 2016   │     11:07  │  15

Brasília – Depois de se encontrar com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandoiski, para discutir o processo de votação do impeachment da presidente Dilma aprovado pela Câmara, o presidente do Senado, Renan Calheiros, garantiu que não haverá açodamento e fez questão de mostrar a diferença no procedimento verificado na Câmara em relação ao Senado:

– “A Constituição diz que cabe ao Senado processar e julgar. No Senado, com certeza não vai ter voto em função do que a família quer ou não. O julgamento será de mérito, se há ou não crime de responsabilidade. Vamos em todos os momentos do processo nos guiar pelo cumprimento do papel do Senado Federal”, afirmou Renan.

A posição de Renan não agradou aos golpistas, que esperam o apoio incondicional do Senado sem discussão sobre o mérito do processo de impeachment.

É que não há mesmo fundamentação jurídica para o impeachment da presidente Dilma, e por isso o impeachment é golpe. Além disso, os golpistas estão preocupados com a repercussão internacional negativa e despacharam o senador Aloisio Nunes aos Estados Unidos para tentar explicar que o impeachment não é golpe.

Mas é.

E o pior é que a fundamentação do golpe apelidado de impeachment, que são as pedaladas fiscais, atinge também o vice-presidente Michel Temer, que, além de não ter legitimidade para assumir a presidência, também praticou as chamadas pedaladas fiscais quando assumiu o governo na ausência da presidente por motivo de viajem internacional.

Ou seja: Temer só assumirá a presidência da República se desmoralizar a Justiça brasileira. Porque não há embasamento legal para o impeachment da presidente Dilma e por isso o impeachment é golpe.

Golpe branco, claro, sem o emprego das armas, o que é comum na República brasileira proclamada devido a uma dor de cotovelo incurável do marechal Deodoro. E, obviamente, proclamada mediante um golpe consolidado na tarde do dia 16 de novembro de 1889.

Temer prometeu acabar com a Lava Jato para ganhar apoio do PP
     │     9:12  │  9

Brasília – Apesar dos desmentidos, e não poderia ser diferente, o vice-presidente Michel Temer prometeu ao PP acabar com a Operação Lava Jato. É que o PP é o partido com o maior número de deputados denunciados na Lava Jato.

O deputado Miro Teixeira (RJ) foi o negociador com o PP.

Pode se tratar de bravata, porque o máximo que Temer pode fazer, no caso de o golpe lograr êxito e ele chegar à presidência da República, é conter a Polícia Federal, mas devido à seletividade da Operação Lava Jato tudo é possível.

A Operação Lava Jato mirou e centralizou a investigação apenas no PT, numa seletividade escancarada e comprometedora. É como se os crimes praticados por quem não é do PT estivessem antecipadamente justificados e perdoado.

E não fica só na Operação Lava Jato. Há o caso do avião que transportava 400 quilos de cocaína e que aterrissou no aeroporto na fazendo do tio do senador Aécio Neves, em Claudio-MG. Sabe-se de quem é o aeroporto, sabe-se de quem é o avião, conhece-se o piloto, mas a cocaína não tem dono, logo, não tem crime.

Ou seja: no conluio do golpe tudo é possível. E Temer não leva em conta que 83% das pessoas que foram às ruas para defender o golpe apelidado de impeachment não aceitam que ele assuma o governo.

Ou seja, também querem a saída de Temer.

Sergio Moro: “Não adianta mudar governo pensando que resolve a corrupção”
   18 de abril de 2016   │     11:06  │  29

Brasília – O juiz Sergio Moro surpreendeu na palestra que realizou a convite da Associação Médica do Paraná, quando disse que “não adianta mudar governo pensando que resolve o problema da corrupção”.

E lembrou o que ocorreu na Itália com a Operação Mãos Limpas, que levou ao poder o magnata Silvio Berlusconi.

Lembremos que, na Itália, a Operação Mãos Limpas começou com o assassinato do primeiro ministro Aldo Moro, que foi sequestrado, não pagaram o resgate e os sequestradores o mataram.

Na Câmara Federal, que votou pelo golpe apelidado de impeachment da presidente Dilma, dos 513 deputados que integram o poder 299 respondem a processos e 76 já foram condenados.

E não por coincidência, porque coincidência não existe, foram votos favoráveis ao golpe apelidado de impeachment.

E qual a recompensa?

Claro que é acabar com a Operação Lava Jato, controlar o Ministério Público e a Polícia Federal. Se isto será possível é outra história, mas na disputa pelos votos favoráveis ao golpe apelidado de impeachment a moeda de troca foi essa.

Diante desse quadro, qual a chance da presidente Dilma escapar do golpe apelidado de impeachment? Parece que nenhuma, embora o presidente do Senado, Renan Calheiros, já tenha reiterado de que não agirá com açodamento.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já deu declaração apressando o Senado na decisão que ele quer que seja favorável ao golpe apelidado de impeachment.

Cunha deve acreditar na promessa de Temer para encerrar a Operação Lava Jato, na qual ele está envolvido juntamente com a mulher e a filha.