Monthly Archives: março 2016

O juiz que prega o golpe e o ataque de Lobão ao ministro Teori Zavaschi
   23 de março de 2016   │     17:42  │  4

Brasília – Não dá para deixar passar despercebido a postagem do músico Lobão

Incitando a violência contra a família do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori

Zavascki. É grave; é gravíssimo.                                                             

E tudo isso acontecendo paralelamente às manifestações de ódio com pregação velada

Para o golpe, que, por vergonha, eles chamam erroneamente de impeachment.

Nada de impeachment. É golpe.

E, pasmem, um golpe liderado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o apoio

Dos deputados Paulinho da Força e Roberto Freire. Pensem num triolê republicano!…

E, se isso não bastasse, tem os dois lamentáveis episódios que feriram gravemente a

Justiça brasileira:

1) A decisão do juiz Itagiba Catta Preta, que nas horas de folga é ativista defendendo o golpe, impedindo a posse do ex-presidente Lula no Gabinete Civil.

2) A decisão do juiz Sergio Moro de entregar à imprensa o grampo telefônico do Lula com a conversa com a presidente Dilma.

Por ser ativista em prol do golpe e por sair às ruas gritando fora Dilma, fora Lula e fora PT, o juiz Catta Preta deveria ter-se averbado suspeito para julgar o inimigo.

Era o que se esperava de um juiz.

A justificativa de que separa o ativista prol golpe do juiz não é verdadeira; o juiz não é um ser extraterrestre imune as emoções, sentimentos e, pior, ressentimentos.

Foi triste, sim, o episódio.

Já o juiz Sergio Moro, no mínimo, faltou com respeito ao Supremo Tribunal Federal, quando entregou à imprensa documentos que deveriam ser encaminhados à Corte Suprema, especialmente por envolver um grampo telefônico com conversas da presidente Dilma.

Essas duas atitudes comprometeram o trabalho da Operação Lava Jato e isto se já não bastasse o fato de a Operação Lava Jato estar apurando as irregularidades do meio para o fim, ou seja, não estar apurando o começo.

Como entender o esquema, se tudo começou em 1998, no governo Fernando Henrique Cardoso, e a Operação Lava Jato ter pulado essa fase para se ater exclusivamente a partir do governo Lula e Dilma?

Tudo isso está comprometendo o trabalho de investigação. E se não bastasse, tem-se o exemplo do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que está esquecido depois de ter declarado que começou a praticar as irregularidades na empresa no governo FHC.

E por que não apuram o governo FHC?

Ninguém responde.

Mas, nem tudo está perdido. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, resgatou a dignidade da Justiça. É certo que os estragos feitos são irreparáveis, mas a decisão do ministro Teori traz o alento àqueles que primam pela lisura e se orgulham de uma Justiça justa, sadia e honesta.

Parabéns ministro Teori.

 

 

Ministro Teori Zavascki resgata a dignidade da Justiça brasileira
     │     15:18  │  10

Brasília – Dois lamentáveis episódios feriram gravemente a Justiça brasileira:

1) A decisão do juiz Itagiba Catta Preta, que nas horas de folga é ativista defendendo o golpe, impedindo a posse do ex-presidente Lula no Gabinete Civil.

2) A decisão do juiz Sergio Moro de entregar à imprensa o grampo telefônico do Lula com a conversa com a presidente Dilma.

Por ser ativista em prol do golpe e por sair às ruas gritando fora Dilma, fora Lula e fora PT, o juiz Catta Preta deveria ter-se averbado suspeito para julgar o inimigo.

Era o que se esperava de um juiz.

A justificativa de que separa o ativista prol golpe do juiz não é verdadeira; o juiz não é um ser extraterrestre imune as emoções, sentimentos e, pior, ressentimentos.

Foi triste, sim, o episódio.

Já o juiz Sergio Moro, no mínimo, faltou com respeito ao Supremo Tribunal Federal, quando entregou à imprensa documentos que deveriam ser encaminhados à Corte Suprema, especialmente por envolver um grampo telefônico com conversas da presidente Dilma.

Essas duas atitudes comprometeram o trabalho da Operação Lava Jato e isto se já não bastasse o fato de a Operação Lava Jato estar apurando as irregularidades do meio para o fim, ou seja, não estar apurando o começo.

Como entender o esquema, se tudo começou em 1998, no governo Fernando Henrique Cardoso, e a Operação Lava Jato ter pulado essa fase para se ater exclusivamente a partir do governo Lula e Dilma?

Tudo isso está comprometendo o trabalho de investigação. E se não bastasse, tem-se o exemplo do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que está esquecido depois de ter declarado que começou a praticar as irregularidades na empresa no governo FHC.

E por que não apuram o governo FHC?

Ninguém responde.

Mas, nem tudo está perdido. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, resgatou a dignidade da Justiça. É certo que os estragos feitos são irreparáveis, mas a decisão do ministro Teori traz o alento àqueles que primam pela lisura e se orgulham de uma Justiça justa, sadia e honesta.

Parabéns ministro Teori.

Roberto Villanova

22 de março de 2016

Brasília – O comentário na Capital Federal não é mais a Operação Lava Jato, que já não surpreende, mas o acordo que o PSDB propôs ao vice-presidente Michel Temer.

O senador José Serra conversou com Michel Temer e garantiu-lhe a presidência da República para o “mandato tampão” de pouco mais de dois anos, mas se e somente se Temer concordar com as seguintes condições:

1) Não disputar a reeleição em 2018.

2) Total isenção na eleição municipal este ano.

3) Nomear um ministério de notáveis, o que significa: escolhido em comum acordo e com o aval do PSDB.

4) Não promover a caça às bruxas.

Dizem que o Temer riu da proposta e que respondeu:

Assim vocês querem me engessar.

Trata-se daquela máxima que diz assim: é pegar ou largar. O golpe, apelidado de impeachment, está definido e o vice-presidente não tem escolha.

Se Temer não aceitar as condições lhe imposta, então a chapa DilmaTemer será cassada e haverá nova eleição presidencial. Se Temer aceitar vira a rainha Elizabeth, que reina, mas não governo – todavia, ele escreve no currículo que foi presidente da República e ainda se livra da macula de ter sido cassado junto com a presidente.

Quer dizer então que não há sinceridade em nada do que se está assistindo em relação a essas ações espetaculosas?

É o que eles dizem…

O que eles estão esperando para dar o golpe?
   22 de março de 2016   │     11:09  │  12

Brasília – O golpe já está decidido e falta só maquiá-lo com o involucro tênue da legalidade.

E igual ao telespectador de novela, há os que se emocionam com o enredo, há quem acredite que reinventaram a roda e que a cruzada moralista está em curso e é legitima e inédita.

Ah, coitados…

Mas nada demais, num país do Saci Pererê, mula sem cabeça, caipora e novelas. E já que é o país das novelas, nada mais pertinente que uma operação judicial-policial midiática transcorra em capítulos.

E já são 25 capítulos, com direito ao vale a pena ver de novo.

A novela é gravada pela manhã e exibida à noite em horário nobre. Os atores incansáveis se esforçam a cada capítulo para passarem emoção e cara de indignação.

O golpe, apelidado de impeachment, vai se arrastar pelo tempo suficiente para se dar aparência de legalidade e de moralidade à ilegalidade e à imoralidade.

O obstáculo é a preocupação com o expressivo contingente de brasileiros que não assistem à novela, e se assistem não se emocionam com o enredo, e sai às ruas para defender a legalidade e a moralidade, ou seja, contra o golpe apelidado de impeachment.

É o contraponto com os golpistas, que não se sentem incomodados de se sentarem em torno de Eduardo Cunha, Paulinho da Força, Roberto Freire e asseclas.

Deve ser porque semelhante atrai semelhante.

Seguimos aí brincando de que somos um país que descobriu a justiça ágil, eficiente e fulminante. Afinal, o brasileiro gosta de ser enganado e fazer o quê?

Por que ainda não se decretou a prisão do Lula?
   21 de março de 2016   │     17:13  │  15

Brasília – Que o objetivo da Operação Lava Jato é pegar o Lula, isso não é novidade. Mas, agora deu-se o impasse com a desnecessária condução coercitiva do Lula combinada com a justificativa estapafúrdia de que se pretendeu preservá-lo.

Preservá-lo de quê?

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, anulando a nomeação do Lula para o Ministério do Gabinete Civil, é igual à senha para o ataque fatal ao Lula com a decretação da sua prisão.

Há dois aspectos fundamentais a serem reparados:

1) O ministro Gilmar Mendes, pelos posicionamentos que o caracterizam como opositor velado ao governo, ao PT e ao próprio Lula deveria se averbar suspeito para decidir sobre a nomeação do Lula para o ministério e não o fez.

2) A decisão do ministro Gilmar Mendes pode ser a senha à decretação da prisão do Lula, que é o real objetivo da Operação Lava Jato.

E por que (ainda) não se decretou a prisão do Lula?

Só pode ser por dois motivos: a reação no Supremo Tribunal Federal, exceção do ministro Gilmar Mendes, contra os excessos praticados pelo juiz Sergio Moro e o temor da reação popular que pode levar a uma insubordinação geral.

A dúvida atroz é: prender o Lula para investiga-lo ou investiga-lo para prendê-lo, se for o caso?

O correto, o legítimo e o legal é investigar para prender, jamais prender para investigar. E eles não tem provas contra o Lula, tem apenas ilações, tanto é assim que os despachos são sempre empregando os verbos seria, teria, iria, etc.

Essa ânsia para se atingir o Lula levou o ex-presidente à condição de vítima, assim como os excessos praticados pela Operação Lava Jato estão comprometendo o trabalho da justiça. Já não dá mais para camuflar o objetivo político e eleitoral da Operação Lava Jato, quando o objetivo deveria ser único e exclusivamente judicial.

O presidente do Supremos Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowisk, deve estar pressentido algo de grave que está para acontecer e convocou uma reunião da Corte Suprema para prevenir o pior.

E o pior que pode acontecer agora é a decretação da prisão do Lula. Até porque, a prisão do Lula significa passar recebido às definições e às especulações sobre o real objetivo da Operação Lava Jato.