Brasília – A delação do (ainda) senador Delcídio do Amaral ( ex-PT) é a metralhadora giratória de quem se faz segundo a música do Raul Seixas que diz assim:

Jogue as cartas e leia a minha sorte/

Tanto faz a vida como a morte/

O pior de tudo eu já passei.

Delcídio atirou para todos os lados porque sabe que o seu caso é o verdadeiro caso sério, do qual ele terá de ralar muito para, no mínimo, se livrar da punição maior.

Mas, vamos por parte. Para entender o enredo é imperioso conhecer a história e a história de Delcídio começa em 1998, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando foi nomeado para a Petrobras.

Portanto, ele não é criação do PT e sim do PSDB, assim como o Nestor Serveró também é. Almejando se eleger governador do Mato Grosso do Sul, Delcídio se aliou ao governador Zeca do PT e se filiou ao PT para disputar a sucessão de Zeca.

E aí já tinha se aproximado do Lula, com prestígio suficiente para indicar o sucessor dele na Petrobras – e escolhido foi Nestor Serveró, que já trabalhava com ele desde o governo FHC.

Essa é a história e agora tem-se aí o enredo com a delação que mais parece o “samba do crioulo doido”, ao juntar e misturar as duas principais correntes políticas, chefes dos poderes e ex-presidente da República.

No desespero, Delcídio denunciou o que jamais vai poder provar e por isso empregou o verbo tipo assim: teria, seria, iria…

Mas, em compensação, ele encrencou profundamente o ministro da Educação, Aloisio Mercadante, que foi atingido pela mesma arma da qual Delcídio se diz vítima – que é a gravação da conversa por um celular camuflado.

Citado por Delcídio, o presidente do Senado, Renan Calheiros, defendeu que a punição deve ser aumentada para quem faz delação sem provas. Os ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso rebateram as acusações alegando que nunca trataram de negócios com Delcídio.

O senador Aécio Neves, que, segundo Delcídio, manteve um diretor em Furnas no governo Lula e venceu a queda-de-braço com o PTB e até o próprio PT, se beneficiou financeiramente da empresa.

A confusão está feita na República brasileira cuja bandeira nacional homenageia a Monarquia ( o verde e o amarelo ) e a cultura monarquista substituiu rapidamente os títulos de “nobre” e “conde” por “excelência” e “doutor”.

Será que o Delcídio decidiu falar até o que não pode provar porque descobriu que o objetivo primordial não é investigar, mas sangrar o governo?

COMENTÁRIOS
3

A área de comentários visa promover um debate sobre o assunto tratado na matéria. Comentários com tons ofensivos, preconceituosos e que que firam a ética e a moral não serão liberados.

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do blogueiro.

  1. PEDRO

    É Uma Vergonha Esse BOB Fazer Esses Comentários,Porque Ele Ainda Não Percebeu Que Não É ATO POLÍTICO e Sim Uma Revolta Devido Essas Provas Claras de ROUBO E DESCASO POLÍTICO. A GAZETAWEB Não Pode Permitir Esse Cara Só Fazendo Comentários de Um FANÁTICO POLÍTICO Pelo PT.

  2. Pedro filho

    Gazetaweb, por favor, socorro, tira esse BOBaca das suas fileiras. O cara tá senil. Vocês não se envergonham? Cadê o padrão de qualidade? Vocês agora são da imprensa marrom?

  3. Carvalho

    Quer perguntas, aí vão algumas:
    * Por que até antes de ser preso, Delcídio era o homem de confiança do governo?
    * Por que Aloísio Mercadante ainda não foi preso?
    * Por que o Bob, que fala tanto em golpe, não fala um “ai” do verdadeiro golpe que está sendo perpetrado no nosso país, com Lula assumindo o cargo de ministro (primeiro ministro, dizem) para fugir da investigação da justiça federal, num ato que a justiça e a jurisprudência do STF considera desvio de finalidade, estando a presidente Dilma cometendo o crime de obstrução da justiça?
    Pensa que o povo é bobo, Bob? Já que a quadrilha que você defende não tem escrúpulos, e que o parlamento não escuta as vozes das ruas, a salvação será recorrer aos militares. Se prepare para fugir para Cuba que te pariu.

Comments are closed.