Brasília – Numa cidade alagoana havia um cabo eleitoral que costumava pedir dinheiro para todos os candidatos. Um dos candidatos a prefeito soube a mandou chama-lo:
– Fulano, você está pedindo dinheiro para o meu concorrente? É verdade isso?
– Calma. Eu estava desfalcando o adversário…
A Operação Lava Jato me lembrou esse cabo eleitoral desfalcando o adversário. São 22 fases e muitos gastos e tudo para um só objetivo: chegar no ex-presidente Lula.
E por que chegar no Lula? Só pode ser para desfalcar o adversário.
Na República brasileira proclamada devido a uma dor de cotovelo e num golpe de traição inominável, tudo é possível.
O senador gaúcho Silveira Martins namorou a Baronesa de Triunfo e o marechal Deodoro, que era apaixonado pela baronesa, ficou furioso.
Quando Pedro II nomeou o senador Silveira Martins para o lugar de Ouro Preto, o marechal Deodoro não gostou e por isso deu o golpe e derrubou Pedro II, numa traição inominável.
Até hoje amargamos a maldição dessa traição, com a história oficial da República brasileira repleta de mentiras que começam com a data da proclamação – que não foi no dia 15, mas na tarde do dia 16.
Isso, sem falar nas cores da bandeira brasileira. O verde e o amarelo homenageiam a Monarquia e a frase “Ordem e Progresso” homenageia o Positivismo de Augusto Comte.
Não é de estranhar que uma República dessa viesse a protagonizar tantos fatos repugnantes e recheados de tramas e golpes.
Só ficamos a indagar o porquê de tanto arrodeio numa operação se o alvo já se sabia que era o Lula?
Depois do Carnaval o Lula vai depor para dizer o que já vem dizendo, ou seja, que o apartamento Triplex ele ia comprar e desistiu do negócio.
Baseado apenas na declaração do porteiro que disse ter visto o Lula e a mulher dele visitando o apartamento, o Ministério Público paulista quer ouvir o ex-presidente. Mas ouvir para quê?
Só pode ser para desfalcar o adversário.