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Em 1997 o presidente era o Lula, a Dilma, o Fernando Henrique ou o marechal Deodoro?
   17 de dezembro de 2015   │     11:13  │  17

Brasília – A Operação Lava Jato foi desmembrada na Operação Sanguessuga Negro para finalmente retroagir e chegar a gênesis do assalto à Petrobras.

E a gênesis é 1997.

Em 1997 o presidente era o Lula, a Dilma, o Fernando Henrique Cardoso ou o marechal Deodoro da Fonseca?

Será que a pressa em mudar o nome da Petrobras para Petrobrax, no governo FHC, tem a ver com a hermenêutica ou era medida preventiva contra possível investigação futura? Algo assim como apagar o rastro?!

É de se admitir que, em 1997, o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras foi montado por especialista gabaritado em desviar dinheiro público camuflando o rastro.

Primeiro eles criaram a Petroserve para receber os repasses financeiros dos contratos firmados entre a Petrobras e a SPM, no percentual entre 3 por cento e 5 por cento. A Petroserve depositava 1 por cento numa Offshores e o dinheiro “lavado e enxaguado” retornava com rastro muito bem camuflado.

Agora sim é que se pode entender a gênesis do desvio de dinheiro na Petrobras e, sobretudo, entender a razão dos pronunciamentos dos tucanos em relação à Operação Lava Jato serem assim, como se diz, sem contundência.

É que, em 1997, o Lula e a Dilma nem sonhavam em chegar à Presidência da República.

No jogo político, o resultado pode ser Golpistas 1 e Legalistas 1?
   16 de dezembro de 2015   │     20:55  │  6

Brasília – Milhares de pessoas no País foram às ruas nesta quarta-feira, 16, para denunciar o golpe, manifestar apoio à presidente Dilma e pedir a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o líder da oposição na Câmara.

Assim como, milhares de pessoas também saíram às ruas pedindo o golpe apelidado de impeachment.

Digamos que deu empate, embora os números mostrem que havia mais gente nas ruas contra o golpe, do que favorável a ele. Isso, sem levar em conta que a manifestação de apoio a Dilma foi realizada em 20 Estados e no Distrito Federal; e a manifestação pregando o golpe se realizou em 25 Estados.

Mas, tudo bem: o jogo está empatado.

E tudo isso acontecendo concomitantemente com o desespero do vice-presidente Michel Temer, ao ver os 80 anos de idade se aproximando e a última chance de ser presidente passando no cavalo selado.

Temer optou por montar no cavalo selado, mandando às favas os escrúpulos, mas o cavalo está na baia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que mesmo se for afastado da presidência continuará a exercê-la por osmose.

O vice-presidente da Câmara é a sombra de Cunha e a sombra só reflete.

O ano de 2015 é o ano que não vai terminar no que se refere à política nacional. Mas é bom ficar de olho nas ruas porque o golpe precisa de um líder e não há líder no mercado.

Temer já está formando o ministério e prometeu um para o senador José Serra, sem levar em conta que se o golpe lograr êxito ele também estará impedido de assumir pela prática dos mesmos crimes que a titular cometeu.

Quando assumiu a presidência da República, Temer também “pedalou” – logo, só outro golpe pode fazê-lo presidente.

Mas, golpe no Brasil deveria ser lema na Bandeira brasileira, de tão corriqueiro.

Temer promove o golpe na República brasileira dos covardes
     │     17:20  │  1

Brasília – Aos 75 anos de idade e consciente de que jamais terá nova chance de chegar tão perto do poder, o vice-presidente Michel Temer entrou em desespero movido pela vaidade – e, obviamente, porque sabe que a chance de chegar à Presidência da República é agora ou jamais.

Temer trama o golpe sórdido, como todo golpe, sem se importar com o que pode acontecer com o País.

Mas, a chance de Temer chegar à Presidência da República está diretamente atrelada a cumplicidade do Supremo Tribunal Federal e a disposição de o STF rasgar a Constituição Federal e sepultar o Direito Constitucional Brasileiro.

Simples assim porque, na possibilidade de os golpistas derrubarem a presidente Dilma, o seu vice-presidente estará duplamente impedido de substitui-la. Duplamente porque:

1) Ninguém vota para vice; o vice-presidente, assim como o vice-governador e o vice-prefeito, são apenas apêndices da chapa com direito à substituição momentânea do titular, exceto em caso de morte daquele.

2) Se isso não bastasse, Temer cometeu os mesmos crimes que a Dilma cometeu no que se refere à fundamentação do pedido de impeachment, que foram as chamadas “pedaladas”. Isto, sem falar que todo mundo “pedala” para fechar as contas públicas e ninguém até hoje foi punido.

E por que apenas a presidente Dilma pode ser punida? Porque não se trata de questionar as “pedaladas” e sim dar o golpe e derrubar o governo legitimamente eleito. Se isso não bastasse, tem o agravante de que a fundamentação do golpe, digo, do impeachment, são as pedaladas no exercício de 2015, que ainda não terminou.

Como se vê, não precisa ser jurista para entender que se trata de golpe. Apenas, para se disfarçar, apelidaram o golpe de impeachment.

Caso, para a desonra do Direito Constitucional Brasileiro e a avacalhação dos juristas brasileiros, o golpe seja consolidado, esvai-se a última esperança de que esta vergonha chamada de República um dia pudesse virar uma nação.

E para melar de fezes a Constituição, tem o agravante de que o golpe está sendo conduzido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aliado de Temer e parceiro nessa empreitada nojenta.

Pensando bem, Cunha e Temer são iguais e só mudam de endereço. Mas será que o Brasil merece Temer e Cunha?

Oh! Que saudade do governo Fernando Henrique Cardoso…
   15 de dezembro de 2015   │     11:00  │  22

Brasília – No governo Fernando Henrique Cardoso é que era bom; o País era feliz e não sabia.

No governo Fernando Henrique Cardoso não existia procurador-geral da República! …

Existia o engavetador-geral da República…

No governo Fernando Henrique Cardoso ninguém ouvia falar no Supremo Tribunal Federal; sabia-se que existia, mas como no governo Fernando Henrique Cardoso não havia procurador-geral da República, mas engavetador-geral da República, todos passaram incólumes.

Entre os que aprontaram no governo Fernando Henrique Cardoso e passaram incólumes estão o Delcídio do Amaral e o Nestor Serveró.

Ah! Que saudade do governo Fernando Henrique Cardoso, quando tudo era livre e imune à investigação; quando não havia Ministério Público nem Polícia Federal investigando, quando tudo acabava em pizza…

Justifica-se o saudosismo. Não se pode criticar o saudosista, pois já imaginou se no governo Fernando Henrique Cardoso tivesse um procurador-geral da República e não um engavetrador-geral da República?! …

Não é bom nem pensar…

Por isso, dá sim uma saudade danada do governo do PSDB quando se podia “pedalar” à vontade e, sobretudo, quando as denúncias sobre má conduta do gestor público eram engavetada e caducavam por decurso de prazo.

Tempo bom, o tempo do governo Fernando Henrique Cardoso, pois é o tempo que não dava em nada…

Golpistas voltam à rua e comemoram os 47 anos do golpe de 1968
   14 de dezembro de 2015   │     15:08  │  12

Brasília – Na comemoração pelos 47 anos do Ato Institucional nº 5, que institucionalizou a ditadura militar no País, a elite ariana voltou às ruas para defender o golpe e a derrubada da presidente Dilma.

O golpe que implantou a ditadura militar foi dado no dia 13 de dezembro de 1968, mediante um ato governamental imposto pela força das armas.

Na manifestação promovida pelos golpistas, neste domingo, 13, mais uma vez não se viu o povo se manifestando, mas apenas a elite ariana. Na manifestação da elite ariana negro e pobre não entram.

Os manifestantes arianos não querem apurar os maus feitos com o dinheiro público, mas ganhar no tapetão a eleição que perderam legitimamente nas urnas. Talvez por isso, ou seja, por se tratar de golpe, não se viu na manifestação da elite ariana o senador Aécio Neves.

Nem o grande líder dos golpistas, o deputado Eduardo Cunha, que até bem pouco era o guru dos golpistas.

Mas não esperem que os golpistas ensarilhem as armas. Sem compromisso com o País e revoltados com a ascensão social dos negros e da classe pobre, eles não darão trégua embora já não consigam convencer nem a eles mesmos a saírem às ruas.