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Brasília – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ainda não está fazendo companhia ao senador Delcídio do Amaral na prisão porque o seu caso de obstrução do processo de investigação contra ele se restringe à Câmara, mais precisamente ao Conselho de Ética.

Mas é bom não abusar nas investidas, porque o que era obstrução regimental e manipulação interna descambou para ameaça de morte e tentativa de impedir a investigação isenta. Ou seja: virou caso de polícia.

Já são seis tentativas vãs do Conselho de Ética da Câmara de se reunir para apreciar o parecer do relator. Cunha chegou a abrir uma sessão da Câmara sem o número mínimo regimental, apenas com o objetivo de impedir a reunião do Conselho.

É que o Conselho não pode se reunir concomitantemente com o plenário.

As razões exclusivamente pessoais de Cunha levaram à inviabilização ética do pedido de impeachment da presidente Dilma, que ele acatou só, e somente só, quando recebeu a informação de que os três deputados do PT que compõem o Conselho de Ética não iriam mais votar favoráveis a ele.

São 21 votos. Contando os 3 votos do PT, Cunha se livraria do processo por quebra do decoro parlamentar e quando os deputados petistas anunciaram que iriam votar favoráveis à abertura do processo o escore se reverteu.

Por vingança, Cunha anunciou que acatou o pedido de impeachment de Dilma e jogou o País nessa situação delicadíssima porque sabe que ninguém até hoje escapou da cassação no Conselho com a acusação de quebra do decoro.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal acompanham perplexos o comportamento irracional de Cunha, agravado agora com as denúncias de ameaça de morte por parte do ex-relator do Conselho de Ética, deputado Fausto Pinato, que renunciou ao cargo com medo de morrer.

Cunha está desafiando a Lei da Gravidade, na crença absurda e estupida de que poderá revoga-la.

 

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