Monthly Archives: outubro 2015

De que lado você fica?
   25 de outubro de 2015   │     21:46  │  7

Brasília – O que aconteceria com o Brasil se, por infelicidade, se desse o golpe e derrubassem a presidente Dilma?

É bom pensar nas consequências, antes de torcer pelo golpe.

Uma das consequências seria a fuga de capitais, porque ninguém investe num País que não se livra da praga golpista.

O período que vem de 1989 até agora é o mais longevo da história da República, no que se refere a estabilidade política, mais o País não se livrou do vírus golpista.

Quando a presidente Dilma observou na entrevista ao jornalista Fareed Zacharias, da CNN em Nova Iorque, para os riscos de se fustigar o impeachment, refere-se à fragilidade da República.

Há os que não se importam com as consequências negativas do golpe, porque o objetivo é tomar o poder.

Mas há também os que se opõe ao governo, mas são contra o golpe.

De que lado você fica?

Quem foi que mandou os 4 “aviões” matarem os policiais?
   23 de outubro de 2015   │     15:25  │  15

Brasília – Pela Internet, mais precisamente pela Gazetaweb, chegou a notícia de que dois policiais militares do serviço secreto da PM alagoana foram brutalmente assassinados por traficantes que dominam o bairro do Barro Duro.

Um amigo que adora e costuma visitar Maceió nas férias do final de ano fez uma observação que me levou à postagem no blog. É o seguinte:

Que no Rio de Janeiro e em São Paulo os traficantes matam policiais ainda dá para entender. Mas em Maceió, que não tem a dimensão geográfica do Rio e de São Paulo, isso é inadmissível.

Concordei de pronto.

Convencionou-se chamar de traficante quem, na verdade, é apenas intermediário. Nunca se prendeu traficante em Maceió, mas apenas “avião” que é o elo de ligação entre o verdadeiro traficante – que nunca foi preso – e o consumidor.

Claro que os policiais foram mortos por ordem do traficante e os quatro acusados cumpriram essa ordem. Não basta prender os executores materiais; é imperioso que eles digam para quem trabalham e de quem é a droga que eles repassam.

Os quatro acusados do crime não têm o poder de negociar a compra da droga e só alguém com poder, e com o poder até de evitar a aproximação da polícia em seus negócios, é que interage com o tráfico – que é internacional.

Imagine se um pé-de-chinelo do Barro Duro ou de outra quebrada qualquer tem cacife para negociar com o produtor! Claro que não tem e se a polícia for investigar as mortes dos policiais sem se aprofundar sobre o abastecedor-mor do mercado, não chegará ao xis da questão.

Ou seja: os policiais não foram mortos porque descobriram os “aviões” que repassam a droga, pois esses são conhecidos no bairro, mas porque descobriram quem abastece e alimenta esse mercado de drogas.

E de nada vai adiantar prender os quatro acusados se não chegar ao “barão” que alimenta o mercado de drogas sem levantar suspeitas. Até porque, ao menor risco de ser descoberto, ele manda matar como mandou os quatro “aviões” matarem os dois policiais.

PSDB pede o indiciamento do morto, é isso?
   21 de outubro de 2015   │     23:59  │  12

Brasília – Perto de completar 126 anos, a República brasileira ainda não foi oficialmente proclamada.

Daí protagoniza cenas que seriam cômicas se não fossem trágicas, como a proposta do PSDB para investigar todos os que podem atrapalhá-lo na disputa pelo poder.

O ex-presidente Lula e a presidente Dilma, claro, encabeçam a lista.

E para disfarçar o interesse partidário o PSDB pediu para também ser investigado, mas somente pelas ações praticadas pelo seu dirigente Sérgio Guerra.

Bravo! Palmas para o PSDB.

Mas e onde encontrar o Sérgio Guerra?

Pois é, onde? O Sérgio Guerra faleceu no ano passado e nem assim é merecedor do respeito do partido que ajudou a fundar e dirigiu.

Guerra não pode se defender e por isso a proposta deixa de ser cômica para ser trágica. Nem os mortos eles respeitam nessa disputa do vale tudo pelo poder.

Imagine um País governado por um partido que não vela seus próprios mortos!

A República agora depende do Supremo Tribunal Federal
     │     13:14  │  5

Brasília – Os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior voltaram a patrocinar o pedido de impeachment da presidente Dilma.

Pelo volume apresentado – foram três caixas – o pedido de impeachment deve estar muito bem fundamentado com provas robustas.

Os documentos foram entregues ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que tem agora mais uma carta para colocar na manga e negociar com o governo a sua instável situação a partir das denúncias de que tem dinheiro depositado na Suíça.

Fundador do PT, o jurista Hélio Bicudo se desencantou ainda no primeiro mandato do presidente Lula quando teve negado o pedido para ser nomeado embaixador.

Lula havia nomeado embaixador três companheiros que não eram do quadro do Itamarati e decidiu que não nomearia mais ninguém que não fosse chanceler.

Sobrou para Bicudo, que não gostou e deixou o PT.

A oposição retirou Bicudo do ostracismo e ele, juntamente com o jurista Miguel Reale Júnior, promove o pedindo de impeachment.

Ao mesmo tempo que o presidente da Câmara recebia o pedido de impeachment, a presidente Dilma estava reunida com o chamado “núcleo duro” do governo discutindo como o governo deve reagir.

Com a situação complicada diante da descoberta da conta bancária na Suíça, Eduardo Cunha joga para ganhar tempo e salvar os anéis e os dedos.

É que o governo brasileiro tem um prazo para pedir a repatriação do dinheiro que Cunha depositou na Suíça. Findo o prazo, o dinheiro é desbloqueado e o Brasil não pode mais repatria-lo.

O pedido de impeachment é o trunfo que o presidente da Câmara tem em mãos, embora ele ainda dependa do Supremo Tribunal Federal para decidir se a Câmara pode ou não dar início ao processo de impeachment.

A República brasileira está nas mãos do Supremo Tribunal Federal.

Agora, ou se faz dessa vergonha uma nação ou a nação estará condenada a ser a República de bananas.

Afinal, quantos Fernando Henrique Cardoso existem?
   20 de outubro de 2015   │     18:12  │  17

Brasília – Exceto para os cegos funcionais, não é novidade para ninguém que existe dois Fernando Henrique Cardoso.

Também conhecido pelas iniciais FHC, um Fernando Henrique Cardoso se aposentou aos 34 anos de idade; o outro Fernando Henrique Cardoso chamou de vagabundos os brasileiros que se aposentam antes dos 60 anos.

Um Fernando Henrique Cardoso criticou a presidente Dilma por criar ministérios com fins políticos; o outro Fernando Henrique Cardoso admitiu que “o presidente não escapa do intrincado jogo do poder”

E arrematou o FHC: “Criei ministérios para atender a aliados” (sic).

Afinal, em qual dos dois Fernando Henrique Cardoso se deve confiar ou é da idiossincrasia do PSDB mentir para atingir os fins?

Filho de general e, exatamente por isso foi blindado durante o chamado “anos de chumbo” da ditadura militar, Fernando Henrique Cardoso foi o pior presidente para as Forças Armadas.

Além de sucatear a tropa, o governo FHC limitou o serviço militar obrigatório a 6 meses. E isto sem falar que não havia munição para os conscritos treinarem e – pasmem! – eles treinavam imitando disparos com a boca.

– Pá! Pá! Pá! Escatambum!

Ridículo, não? Pois era assim que as forças armadas brasileiras treinavam durante o governo do filho do general.

Mas, e aquele Fernando Henrique Cardoso que entregou a Companhia Vale do Rio Doce, a Telebrás e por pouco não entregou a Petrobras, onde se enquadra?

Afinal, são dois ou três Fernando Henrique Cardoso?

É difícil de responder a essa pergunta, daí recomenda-se ler o livro de memórias do Fernando Henrique Cardoso, pois tudo indica que ele se refere a si mesmo, claro, mas na condição de presidente da República.