Brasília – A Petrobras é o sonho de consumo da elite internacional do petróleo, que tem como representantes no Brasil a elite golpista que ora prega a derrubada do governo.

Não por coincidência, no rastro das denuncias envolvendo a Petrobras, o senador José Serra apresentou o projeto abrindo as portas da empresa em 100% para o capital privado.

Entenda-se por capital privado o capital estrangeiro, o que na prática implica em privatização camuflada.

O cerco à Petrobras levou o presidente da empresa, Aldemir Bendine, a depor na CPI e mostrar que a Petrobras continua solida.

Bendine foi sincero quando reconheceu que o volume de investimento e, consequentemente, o lucro da empresa serão menores este ano, mas ainda assim significativos.

A Petrobras vai registrar o lucro de 20 bilhões de dólares este ano, e entre 25 e 27 bilhões de dólares em investimentos.

Os números positivos calaram os golpistas, mas eles não desistem nunca. Esqueceram momentaneamente a Petrobras, porque o fundamental para 2018 é derrotar antes o Lula, impedindo-o de se candidatar.

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Brasília – Diga aí: é para ri ou para chorar?

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, fechou uma avenida para garantir mais segurança e mobilidade à população no caótico trânsito da Capital paulista e recebeu uma multa de 50 mil reais.

O governador Geraldo Alckmin fechou 90 escolas e nenhuma autoridade se manifestou; nenhuma autoridade interviu em defesa dos alunos, dos seus pais e, sobretudo, em defesa da Constituição que garante ser a educação um direito de todos.

Alguém pode explicar?

Queremos crer que não se explica pelo fato do prefeito Fernando Haddad ser do PT e o governador Geraldo Alckmin do PSDB. Isso seria o caos.

Mas, afinal, como explicar a punição para quem garante segurança e mobilidade à população e a impunidade para quem fechou 90 escolas?

É certo que o PSDB é o partido da privatização; saúde e educação no governo do PSDB tem que ser pagas e quem não tem condições de pagar que morra à mingua e fique analfabeto. Pelo menos foi isso o que se viu nos 8 anos do governo Fernando Henrique Cardoso.

Mas, não seria o caso de aparecer alguém para fazer justiça?

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Brasília – O dilema que a imprensa golpista viveu esta semana, por não poder esconder os números da pesquisa de opinião pública favorável ao Lula na disputa presidencial em 2018, lembra o dilema de quem procura chifre na cabeça de cavalo.

Lula lidera a disputa, apesar do bombardeio de que é vítima, e a oposição não tem como esconder os números. Não tem como esconder os números da pesquisa, mas tem como fazê-lo parecer vulnerável.

Tipo assim: Lula lidera a corrida presidencial, mas também lidera a rejeição. Como assim?

É que se deu o jeito de amenizar o resultado da vontade popular manifestada na pesquisa, do mesmo modo que se deu o jeito de envolver o Lula na Operação Zelote, via o filho dele.

Depois do ex-tesoureiro João Vaccari Neto, agora é a vez de se tentar chegar no Lula porque o objetivo não é apurar nem punir os maus feitos, mas evitar que o Lula dispute a eleição presidencial em 1018.

E evitar a qualquer custo, porque a volta do Lula à presidência da República significará a falência da oposição integrada pela elite ariana preconceituosa. É preciso lembrar que nunca, na história da República, um partido ficou tanto tempo no poder.

Ou que significa que, numa na história da República, a elite ariana preconceituosa ficou tanto tempo fora do poder. O medo que essa elite ariana preconceituosa tem do Lula é maior que o pudor que deveria ter.

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Brasília – Mais de 2 mil quilômetros de distância, a morte dos dois policiais do Serviço Secreto da Polícia Militar de Alagoas continua repercutindo.

A repercussão é pertinente, devido à dimensão geográfica diminuta de Alagoas.

Só o inocente pueril ou o culpado disfarçado pode acreditar que os policiais foram assassinados por decisão exclusiva dos quatro “aviões”.

Não foi.

Não foi porque nunca se prendeu traficante em Alagoas. O que se convencionou chamar de traficante é, na verdade, o “avião” ou “vapozeiro”, que atua no mercado varejista.

Os policiais foram mortos porque foram identificados e quem mandou mata-los é o responsável pela distribuição da droga em Maceió.

Simples: a droga não é produzida no morro; a droga chega no morro e não há ninguém no morro com cacife para negociar com o mercado de drogas. Isso é exclusividade de quem tem “bala na agulha” – ou, literalmente, na pistola e pelo menos até hoje nunca foi preso.

Os dois policiais assassinados ainda clamam por justiça. Os “aviões” que os mataram eram apenas cumpridores de ordem.

Sim, e quem deu a ordem para matar os policiais?

Ainda não se sabe quem deu a ordem e espera-se que o Serviço Reservado da PM esteja procurando identifica-lo.

Mas, lembrem-se de que a droga não nasce no morro. Ela chega no morro.

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Brasília – O Ministério Público Federal do Paraná confundiu Marice Correia de Lima com a irmã, Giselda de Lima, e pediu a prisão dela na Operação Lava Jato.

E o juiz Sérgio Moro decretou.

O juiz decretou e até prorrogou a prisão, porque a Marice insistia em negar ser ela a pessoa que os promotores alegavam ser.

E, de fato, a Marice estava certa e a sua prisão foi um ato de violência inominável. Diz-se que, na dúvida, opta-se por deixar o suspeito solto, mas jamais prender um inocente.

A informação que o MP do Paraná deu, garantindo que era a Marice que estava num caixa eletrônica da agência Itaú, se baseou unicamente no “achismo” – ou seja: acho que é ela.

Marice é cunhada do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e “acharam” que ela estava envolvida em desvio de dinheiro.

Presa e constrangida, Marice é a vítima do açodamento da Operação Lava Jato. Foi presa sem que tivesse sido investigada e acusada de um crime que não cometeu.

Graças à Polícia Federal, ela pode finalmente convencer o juiz Moro de que era vítima de uma abominável injustiça.

Foi solta, mas a cicatriz da injustiça ficou.

Ainda no rastro da Operação Lava Jato, tem-se agora as provas robustas e irrebatíveis sobre o envolvimento da Cláudia com a lavagem de dinheiro em bancos na Suíça e ninguém pediu a prisão dela. Por que?

Cláudia é esposa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que foi denunciado pelo procurador-geral da República com base nas provas documentais apresentadas pelo Ministério Público da Suíça.

E por que não se investiga Cunha?

Porque ele tem fórum privilegiado.

Certo. Tudo bem, mas e a Cláudia, mulher dele, também tem direito ao fórum privilegiado?

Não. Não tem.

E por que prenderam a Marice, contra quem não havia provas documentais, e não prendem a Cláudia com todas as provas de que se dispõe?

Não sei. É melhor você perguntar lá no Posto Ipiranga, porque nem sempre o pau que dá em Chico dá em Francisco.

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