Brasília – Não sei se foi bem isso o que se viu e ouviu na Globo, no Jornal Nacional, mas quer dizer que um dos delatores voltou a afirmar que o senador Aécio Neves também recebeu dinheiro desviado da Petrobras ou foi de Furnas?
Tanto faz porque o fundamental é investigar a Petrobras, Furnas, a empresa ou órgão público que for; afinal, a Operação Lava Jato já está desmembrada mesmo…
Se é tudo mesmo assim como que se vê e se ouve, então por que o Aécio também não está no rol dos investigados?
Não sei; só sei que foi assim: apesar da citação ninguém encontrou o elemento de prova nem substância nas revelações e optou-se por dar tudo por “desouvido” – e essa palavra “desouvido”eu inventei agora, para se contrapor mais efusivamente ao verbo ouvir.
Isso se dá porque já foram citados alguns nomes do PSDB que escaparam porque já faleceu – que é o deputado federal Sérgio Guerra; ou não se sabe bem ainda o motivo de terem sido citados e estão fora da Operação Lava Jato.
Mas pode ser que se trate de outra fase operacional.
Concomitantemente, no noticiário chamou atenção o desempregado que distribuía o currículo para os motoristas no meio do trânsito e foi flagrado pela reportagem. Digam-me uma coisa: se o desempregado fosse entregar o currículo de empresa em empresa, ou se estivesse inscrito no cadastro do Sine, será que não seria mais direto?
Não sei se o melhor desfecho da história do desempregado seria ele reaparecer na suíte da matéria empregado ou se o desfecho melhor é ele reaparecer continuando ainda desempregado?
Vocês decidem.
Fechando o noticiário, tem a colaboração da presidente Dilma para o cenário dantesco. A presidente disse e se desdisse de acordo com a plateia e isso está incutindo confusão na cabeça das pessoas – umas porque já são predispostas a se contraporem por opção política; outras porque ficarão confusas mesmo.
Sim, e fica também a pergunta: investigar o Lula, pode; investigar o Aécio, não pode?