Quem pode e quem não pode, segundo a Lava Jato
   29 de julho de 2015   │     20:17  │  1

Brasília – Autor do primeiro escândalo da República, Rui Barbosa se demitiu e se mandou para a Europa deixando o rombo incalculável e milhões de ações de empresas fictícias.

O golpe é conhecido como Encilhamento.

Conhecendo o golpe que Rui Barbosa deu com as ações de empresas que não existiam, em 1925 o pai do mais tarde presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, recusou a proposta de um corretor da Bolsa de Valores de Nova Iorque que veio lhe oferecer ações:

Quando até meu engraxate está comprando ações, é sinal de que tem algo errado – respondeu o pai do Kennedy.

E assim o pai do Kennedy se livrou da tragédia com a quebradeira na Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, e que levou muita gente a se suicidar.

O Rui Barbosa que promoveu o golpe da República brasileira conhecido como Encilhamento é o mesmo Rui Barbosa a quem se atribui a frase: “De tanto ver triunfar a nulidade, a humanidade sentirá vergonha de ser  honesta .”

Linda frase. Mas, com certeza, caberia melhor em quem nunca se envolveu com desonestidade – o que não é o caso do autor.

Ocorre que a memória curta do brasileiro permite a ressurreição de falsos heróis, e isto tem sido a prática usual da história do Brasil há priscas eras.

Esquece-se rápido e facilmente.

Esqueceram, por exemplo, do escândalo do navio comemorativo dos 500 anos do descobrimento do Brasil, que não conseguiu navegar e está encalhado no mar da Bahia como “elefante branco”.

E quem contratou a construção do navio? Alguém se lembra?

Só para reavivar: foi o governo Fernando Henrique Cardoso.

Assim como, o rombo descoberto na Sudene, no governo FHC, foi resolvido com uma medida radical que consistiu em acabar com a Sudene para, assim, acabar também com as provas.

Não havia, na época do FHC, Ministério Público, Polícia Federal nem juiz disposto a apurar os desmandos ou o governo FHC é ininvestigável?

Ah, já sei: o que passou, passou.

O leque escancarado das investigações que ora se processam a partir do Paraná, e que atinge o governo e aliados, parece mostrar que existe dois Brasis – um que tudo pode e outro que está na mira da lei ágil e abrangente.

É igual ao Rui Barbosa promotor do escândalo do Encilhamento e o Rui Barbosa autor da frase sobre honestidade. O primeiro é o autor do primeiro escândalo da República e o outro é o pensador e conselheiro da moralidade.

Não dá mais para disfarçar que o objetivo das operações comandadas a partir do Paraná é chegar ao ex-presidente Lula, nem que para isso tenha-se de percorrer atalhos.

Parece até que os atalhos já estão sendo seguidos mediante provocações, como a prisão e a humilhação imposta ao vice-almirante Othon, um brasileiro que orgulha o País, e o envolvimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que, à parte a pertinência da denuncia, é sem dúvida o atalho para se chegar ao que a oposição golpista torce avidamente – que é o terceiro turno da eleição

 

COMENTÁRIOS
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  1. Amigo do Povo

    Que bom que você voltou a malhar o FHC, embora 92 % da nação não de a mínima para isto. Chora, porque para chorar vc não paga nada, mas não vai adiantar e ficar no saudosismo e pior ainda, porque a galera vai lembrar que não tinha PT. Depois da mentirada toda da reeleição, a petralhada acha que vai convecer alguém ? Com desemprego em alta, inflação alta, etc ? A gente reage ao que sente , e não ao que viveu no passado. Perderam.

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